Palavra do leitor
- 27 de agosto de 2011
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Diga ao amigo e a cadelinha que marchem!
(Êxodo 14.5b; Josué 1.6c)
"Marchar pra onde?" Moisés poderia ter perguntado. Afinal, eles estavam encurralados entre a perseguição de Faraó e o afogamento no Mar Vermelho que estava bem a sua frente. Marchar, aos olhos humanos, era impossível.
"Como assim eu?" Josué poderia ter dito, ao ouvir de Deus, que ele é quem faria o povo conquistar a terra prometida (Js 1.6). Ao dizer "Tu farás" (forma do verbo que expressa uma ação direta de Josué) O Senhor queria que Josué entendesse a necessidade de confiar e agir. Confiar que, mesmo não sendo uma potência militar, Deus é quem faria, através de Josué, com que o povo vencesse (Js 1.5). E agir, mostrando aos demais povos que a confiança não era teórica e sim, prática. A Terra já era dada por Deus. Todavia, a exemplo do Reino dos Céus, ela seria tomada por esforço (Mt 11.12). Aos olhos humanos, era impossível aquele "jovem guerreiro" substituir o Moisés do Pentateuco. Entretanto ele não precisava de autoconfiança. E sim, de confiança em Deus.
É incrível como, ao ler passagens Bíblicas como essa, pensamos quase que automaticamente que seríamos melhores se estivéssemos na mesma situação. Esse pensamento se dá por que para nós, com toda a Bíblia na mão servindo nos servindo de plano de fundo, temos uma visão mais longa do que os personagens. É como observar uma borboleta na vitrine: Pra quem está fora é lindo. Já quem está dentro, está, como se diz no sertão da Paraíba, “Aperreado”.
Sábado, dia 3 de maio de 2008, eu estava em João Pessoa e precisava retornar para Caraúbas no sertão da Paraíba, pois tínhamos Escola Bíblica no domingo pela manhã. Para percorrer cerca de 240 km até lá, Albert Bruno (uma amigo de ministério), eu, minha cadela pincher e as bagagens, fomos de carona com um irmão até um povoado chamado “Café do Vento” em Sobrado/PB. De lá pegamos mais uma carona em uma carreta e evangelizamos o motorista até Campina Grande, dois ônibus e evangelizamos os passageiros até a famosa “Praça do Meio do Mundo”. Um caminhão e evangelizamos até a cidade de Serra Branca/PB, outro carro e louvamos, via estrada de barro, até o menor município do Estado: Coxixola/PB. Ainda faltavam mais ou menos 20 km de chão até Caraúbas/PB. Eram 14h30min. Oramos: “Manda outro carro Deus!” E esperamos. O tempo passou e já era 18h15min. Era como se Deus estivesse me dizendo: “Marche!”. Mas como assim? Já estava escuro e são 20 km e só vejo o Mar (Mato) a nossa frente!
Depois de tentar me convencer sobre o contrário, Pensei sobre o seguinte: O Senhor não deixou o povo de Israel se afogar naquelas águas e não nos deixaria só naquele dia. Apenas precisávamos confiar e marchar. Começamos a andar. Cantamos louvores, pregamos para nós mesmos, etc. Vez por outra mudávamos os lados para aliviar o peso das bagagens nas mãos. Depois de 5 km andados e alguns riachos atravessados; naquela noite sem lua e tendo uma cadelinha como “coluna de fogo” (ela que guiava) vi a luz distante do que parecia ser uma moto (sempre quis contar um testemunho em que eu via uma luz). O barulho confirmou e ela passou por nós. Minutos depois aquele jovem motoqueiro voltou e nos ofereceu carona: “Olha: eu não sei quem são vocês. Não façam nada comigo pois eu só quero ajudar. Senti vontade de voltar pois vi vocês aqui sozinhos no escuro e andando no meio do nada. Vocês são doidos?” Depois de rir, agradeci o cuidado do jovem e repliquei que seria difícil, pois éramos três, tínhamos bagagens e uma cadela. Mas ele insistiu e lá fomos nós imprensados em meio à disposição daquele rapaz.
O Senhor havia providenciado o escape de onde menos esperávamos. Só precisamos dar os primeiros passos. O fardo de Israel não precisava ter sido de quarenta anos no deserto. Bastava bem menos. Mas eles esqueceram de confiar. Murmuraram e reclamaram retardando a promessa.
Quanto tempo ainda ficaríamos lá, se tivéssemos esperado e reclamado? Provavelmente aquele jovem passaria e nos veria ali sentados pensando ele que já tínhamos chegado onde queríamos. Marche. Diga a quem está estacionado que marche. Não olhe para as dificuldades, você não precisa abrir o mar. Deixe isso com Deus. Apenas marche!
"Marchar pra onde?" Moisés poderia ter perguntado. Afinal, eles estavam encurralados entre a perseguição de Faraó e o afogamento no Mar Vermelho que estava bem a sua frente. Marchar, aos olhos humanos, era impossível.
"Como assim eu?" Josué poderia ter dito, ao ouvir de Deus, que ele é quem faria o povo conquistar a terra prometida (Js 1.6). Ao dizer "Tu farás" (forma do verbo que expressa uma ação direta de Josué) O Senhor queria que Josué entendesse a necessidade de confiar e agir. Confiar que, mesmo não sendo uma potência militar, Deus é quem faria, através de Josué, com que o povo vencesse (Js 1.5). E agir, mostrando aos demais povos que a confiança não era teórica e sim, prática. A Terra já era dada por Deus. Todavia, a exemplo do Reino dos Céus, ela seria tomada por esforço (Mt 11.12). Aos olhos humanos, era impossível aquele "jovem guerreiro" substituir o Moisés do Pentateuco. Entretanto ele não precisava de autoconfiança. E sim, de confiança em Deus.
É incrível como, ao ler passagens Bíblicas como essa, pensamos quase que automaticamente que seríamos melhores se estivéssemos na mesma situação. Esse pensamento se dá por que para nós, com toda a Bíblia na mão servindo nos servindo de plano de fundo, temos uma visão mais longa do que os personagens. É como observar uma borboleta na vitrine: Pra quem está fora é lindo. Já quem está dentro, está, como se diz no sertão da Paraíba, “Aperreado”.
Sábado, dia 3 de maio de 2008, eu estava em João Pessoa e precisava retornar para Caraúbas no sertão da Paraíba, pois tínhamos Escola Bíblica no domingo pela manhã. Para percorrer cerca de 240 km até lá, Albert Bruno (uma amigo de ministério), eu, minha cadela pincher e as bagagens, fomos de carona com um irmão até um povoado chamado “Café do Vento” em Sobrado/PB. De lá pegamos mais uma carona em uma carreta e evangelizamos o motorista até Campina Grande, dois ônibus e evangelizamos os passageiros até a famosa “Praça do Meio do Mundo”. Um caminhão e evangelizamos até a cidade de Serra Branca/PB, outro carro e louvamos, via estrada de barro, até o menor município do Estado: Coxixola/PB. Ainda faltavam mais ou menos 20 km de chão até Caraúbas/PB. Eram 14h30min. Oramos: “Manda outro carro Deus!” E esperamos. O tempo passou e já era 18h15min. Era como se Deus estivesse me dizendo: “Marche!”. Mas como assim? Já estava escuro e são 20 km e só vejo o Mar (Mato) a nossa frente!
Depois de tentar me convencer sobre o contrário, Pensei sobre o seguinte: O Senhor não deixou o povo de Israel se afogar naquelas águas e não nos deixaria só naquele dia. Apenas precisávamos confiar e marchar. Começamos a andar. Cantamos louvores, pregamos para nós mesmos, etc. Vez por outra mudávamos os lados para aliviar o peso das bagagens nas mãos. Depois de 5 km andados e alguns riachos atravessados; naquela noite sem lua e tendo uma cadelinha como “coluna de fogo” (ela que guiava) vi a luz distante do que parecia ser uma moto (sempre quis contar um testemunho em que eu via uma luz). O barulho confirmou e ela passou por nós. Minutos depois aquele jovem motoqueiro voltou e nos ofereceu carona: “Olha: eu não sei quem são vocês. Não façam nada comigo pois eu só quero ajudar. Senti vontade de voltar pois vi vocês aqui sozinhos no escuro e andando no meio do nada. Vocês são doidos?” Depois de rir, agradeci o cuidado do jovem e repliquei que seria difícil, pois éramos três, tínhamos bagagens e uma cadela. Mas ele insistiu e lá fomos nós imprensados em meio à disposição daquele rapaz.
O Senhor havia providenciado o escape de onde menos esperávamos. Só precisamos dar os primeiros passos. O fardo de Israel não precisava ter sido de quarenta anos no deserto. Bastava bem menos. Mas eles esqueceram de confiar. Murmuraram e reclamaram retardando a promessa.
Quanto tempo ainda ficaríamos lá, se tivéssemos esperado e reclamado? Provavelmente aquele jovem passaria e nos veria ali sentados pensando ele que já tínhamos chegado onde queríamos. Marche. Diga a quem está estacionado que marche. Não olhe para as dificuldades, você não precisa abrir o mar. Deixe isso com Deus. Apenas marche!
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