Dicotomia

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Devido à recente pandemia a cristandade abordou muito sobre a volta de Jesus Cristo. Foi assim na virada do primeiro milênio da era cristã. Nada mais natural, religioso e humano esse rumor apocalíptico.

Demasiadamente religioso é achar, igualmente, que homens e mulheres são essencialmente bons, desde que sejam justos, façam boas obras e não cometam pecados grosseiros.

A religião afirma bastar o crente fugir de pecados do mundo que o Senhor arrebatará. É curioso manterem véus sobre isso. A Grande Tribulação, por exemplo, é abordada por Pré e pós milenistas, mas ao largo, convenientemente.

A Bíblia divide a GT em dois períodos de três anos e meio: o primeiro, com avanço socio econômico global e pacífico, e o segundo sendo extremamente amargo, antes e depois da vinda do Senhor Jesus (Dn 7:25, Mt 2:4:21; 1Ts 5:3).

As primícias (vencedores) serão colhidas na primeira metade da GT (Jesus virá oculto; um ladrão no fim da noite da Graça. 1Ts 5:2,3), e verão a Estrela da Manhã (2Pe 1:16,19). Os que já dormiram no Senhor ressuscitarão antes.

Os perseguidos na outra metade (Ml 4:1,2; Ap 7:14) serão arrebatados visivelmente (Mt 24:27). Verão o Sol da Justiça, mas quem não amadureceu irá para as Trevas Exteriores ao Reino (Mt 5:26, 8:12, 22:13, 25:30), outro assunto velado.

Moisés não entrou em Canaã (Nm 20:12, Dt 32:51); irou contra o povo, fazendo-o pensar que Deus é quem estava irado. João Batista não desfez seu grupo, que rivalizava os futuros apóstolos (Mt 9:14 e 11: 3,11; Jo 3:29,30).

Se figuras chave na formação do povo de Deus não ficaram impunes, a cristandade multifacetada ficará?

Se basta ser bom e não pecar, por que Paulo (1Co 9:27; Fp 3:11) temia ser reprovado para o Reino? Este, mais um assunto velado na cristandade. Esta, que reduz a profunda abrangente dispensação divina apenas em céu e inferno.

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Opinião do leitor