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Palavra do leitor

Diálogo sobre a guerra

Em 2024 comemora-se oitenta anos do famoso "Dia D", também conhecido como "Operação Overlord", um conjunto de manobras militares que marcou o início do fim da Segunda Guerra Mundial.

Fico imaginando o que os soldados sentiram e viveram naquele dia histórico. Pensando nisso, escrevi o texto abaixo onde tento descrever aquele momento por meio de um suposto diálogo entre dois soldados aliados diante da tensão e do desconhecido.

— Você acha que as guerras são inevitáveis? Será que podemos um dia acabar com elas e vivermos em paz? — Interrogou John com um olhar meio perdido.
— Há um tempo atrás pensava que sim, que os homens por meio da diplomacia iriam pôr fim a todos os conflitos entre as nações, — respondeu Michael.
— E hoje, não acredita mais?
— Não. Depois de conhecer a história da Criação, Queda e Redenção, conceitos que aprendi desde cedo, entendi que as guerras, todas elas, são na verdade, uma amostra clara e visível da maior das guerras existentes no interior do homem: a separação deste do seu Criador causada pelo Pecado. Como consequência direta disso, a rebeldia contra Deus é manifestada nas relações humanas, agora quebradas.

Surpreso com a resposta profunda do amigo, John prosseguiu:

— Mas será que Deus não nos dará mais uma chance de construirmos um mundo melhor e mais justo?
— Deus nos dá chances todos os dias de sermos pessoas melhores e de fazermos algo melhor para o mundo. Somos seus braços e suas pernas. Sua soberania governa o mundo, porém, de maneira magnífica, Ele nos usa em seus movimentos e seus planos.
— É a velha dicotomia "Soberania divina "versus" Responsabilidade humana". Jamais saberemos, de fato, onde começa e termina cada uma.
— Sim, este é mais um dos mistérios que envolvem nossa existência, respondeu Michael.
— E o que dizer sobre o caráter? — Será que já trazemos no nosso DNA aquilo que haveremos de ser e devemos, portanto, nos conformar com a realidade e apenas seguir o plano traçado? — Prosseguiu o primeiro numa espécie de interrogatório existencial.
— Penso que somos como uma "tábula rasa", como diziam os racionalistas, e vamos sendo moldados de acordo com o ambiente e as condições impostas pela sociedade. Porém, antes de tudo, recebemos desde a concepção, pela "lei natural", um conjunto de princípios que serão basilares na construção do nosso ser.
— Haverá algum limite para a maldade humana na guerra? Há possibilidade de alguma ética dentro de um conflito? Sempre me pergunto, — disse John agora franzindo a testa.

O amigo continuou:

— Jamais podemos nos surpreender com as ações de um homem quando este está sob a direção dos seus instintos mais carnais. Sempre pode vir algo pior de um coração desprovido de verdadeira humanidade.
— Sim. "O homem natural não discerne das coisas espirituais, antes, só consegue realizar aquilo que seu coração rebelde deseja".
— E a rebeldia é a irmã mais nova do orgulho, aquele pecado que fez nossos primeiros pais se afastarem, deliberadamente, do Deus Criador.

Como que fazendo uma conclusão, John arrematou:

— Talvez as guerras sejam, então, isto: uma mistura bombástica de orgulho, rebeldia, do uso errado da responsabilidade humana, enfim, dos devaneios e distorções de um coração hedonista que busca, desenfreadamente, a auto realização e o prazer acima de tudo.
— E somado a tudo isso, um desejo incontrolável por independência e ao mesmo tempo por poder? — acrescentou o companheiro Michael.
— Mas não há dentro de cada um de nós, em algum nível, todos esses sentimentos? — Não há também em nós guerras sendo travadas? — Batalhas sendo arquitetadas? — Forças se digladiando, cada uma para satisfazer nossos apetites sem-fim e nossos deuses de estimação? —Quem poderá sondar nossas reais motivações?

Um silêncio se fez como resposta...E partiram para guerrear!

Tony Oliveira - Autor do livro "Pingos da Graça".
Para outros textos do autor, acesse: https://pingosdagraca.wordpress.com/
Brasília - DF
Textos publicados: 76 [ver]
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