Palavra do leitor
- 20 de março de 2007
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Deveres dos crentes um para com os outros
Em 1 Pedro, 4, 7-11, encontramos alguns deveres dos crentes uns para com os outros.
Inicialmente, como dever mútuo, é apontado o amor. Quando é dito que o amor cobre multidão de pecados, podemos entender no sentido de que os que se amam perdoam-se mutuamente, ou ainda de que Deus perdoará os pecados dos que praticam o amor fraterno.
Em Coríntios 13, vemos que o amor é o dom supremo, nada vale sem amor. No versículo 13 podemos ler: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor."
E não falamos aqui do amor romântico, do amor dos pais, do amor dos filhos. Falamos do amor entre todos, sem fazer acepção de pessoa. Amar quem nos ama, a quem julgamos que mereça o nosso amor, é fácil. O desafio é amar desinteressadamente, sem esperar receber retorno ou mesmo gratidão por isso.
Depois de falar do amor, dom supremo que deve existir entre os crentes, é destacada a hospitalidade, exortando a que sejamos hospitaleiros uns com os outros, sem murmuração.
A hospitalidade é um dom muito especial dado por Deus, e muitas vezes ignorado por nós. Em nosso dia a dia, cheio de preocupações e correrias, não tiramos um tempo para receber o irmão que nos procura. Muitas vezes, o que se busca é apenas uma palavra amiga, um bom ouvinte, ou o aconchego de um abraço. Quantas vezes somos indiferentes às necessidades dos nossos irmãos. Passamos por eles nos corredores da igreja, os cumprimentamos, mas não somos capazes de um verdadeiro olhar de solidariedade.
Somos ainda exortados a servir uns aos outros, segundo os dons que recebemos.
Sobre o uso dos dons espirituais que cada um recebeu, encontramos em Romanos 12, a necessidade de seu devido uso. Vemos no versículo 4: Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada.
Cada um de nós é bom em alguma coisa. Um é médico, outro agricultor, outro advogado. Outros ainda cozinham muito bem, costuram, ou mesmo sabem transmitir conforto com suas palavras. Assim, devemos estar prontos a servir ao próximo conforme os nossos dons. Quando ouvimos a palavra servir, ficamos de orelha em pé. Servir quer dizer doar-se, trabalhar em prol do outro. E isso nos assusta. Nos traz um sentimento de "estar sendo usado". "Quem trabalha de graça é o relógio". É isso que ouvimos ou até mesmo dizemos quando precisamos ajudar ao próximo.
Cristo nos deu uma importante lição na semana de sua paixão. Seus discípulos precisavam aprender que a grandeza de um seguidor está na disposição para servir.
Por isso mesmo, Jesus Cristo deu uma lição bem objetiva: lavou os pés dos discípulos. O serviço que caberia ser feito por um servo da casa foi realizado por quem se despiu de sua glória e, como Paulo declarou, "a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz".
Pensando no ato de Jesus lavar os pés dos seus discípulos, podemos fazer algumas perguntas:
- Nossas mãos, que manejam a espada do Espírito, sabem pegar uma toalha para servir aos outros com humildade?
- Essas mãos que sabem folhear e estudar a bíblia, sabem também trabalhar para ajudar a aliviar pesados fardos?
- Esse coração ardoroso para o Senhor, está pronto a manifestar o amor de Deus no serviço mais humilde para os outros?
Saibamos servir com alegria, seja através de uma vassoura, de uma toalha, de um sabonete... Não precisamos ficar envergonhados ou preocupados com o que os outros irão falar. Devemos, sim, inspirarmo-nos no exemplo de Cristo, que diz: "Eu sou como quem serve".
Todos, na comunidade, têm o seu papel, que contribui para o funcionamento do todo. Cada membro da comunidade é importante, desempenha um papel que faz falta se ele deixar de fazer. Assim, a mensagem central é que todos receberam diferentes dons, da multiforme graça de Deus. Devemos empregar esses dons para servir, dividindo com os irmãos o que recebemos do Pai. E devemos estar sempre atentos para agirmos de acordo com o exemplo que nos foi dado por Cristo.
O versículo 11 de 1 Pedro, 4, é bem claro nesse sentido, servindo de orientação para as nossas atitudes: Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
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