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Palavra do leitor

Deus, um delírio?

O denominado Século XXI parece não acreditar mais em nada e se limita a deixar tudo seguir seu rumo próprio. É bem verdade, desde que não altere os dogmas e as ortodoxas de uma civilização submergida a uma ideal narcisista, voltado para si, a léguas de distância de ponderar sobre a validade e legitimidade de todo um discurso de sucesso, aparentemente, a disposição.

Nessa esteira sobre os holofotes da informação em tempo real, as informações passam e perpassam (por nossos olhos conectados aos meios virtuais) numa velocidade tresloucada e sem condição de depuração.

Agora, já, imediato, faça, avance, realize são os carros chefes de realidades moldadas a um capitalismo sem uma fé que me leve ao próximo, a vida e aos preceitos cardeais de uma responsabilidade, por aquilo que está ao meu redor.

Sem sombra de dúvida, muitos apologistas da derrocada e sepultamento definitivo de Deus, enfrentam, quer queiram ou não, um aflorescer no tocante ao divino. Evidentemente, numa tonalidade diferenciada, deparamo – nos com uma busca unilateral, cada vez, mais, regida pela definição propositiva de amar a algo supremo, como a mim mesmo.

Lamentavelmente, a sentença de Nitchtze, quando crivou e determinou que Deus esteja morto, ainda permanece nas linhas e entrelinhas de uma vontade não ocorrida. Muitos estufam o peito e ressoam altissonantemente a falácia dos adversários da fé cristã, por exemplo; agora, longe de qualquer bitolagem, ao observar como os homens prosseguem a se valer do nome de Deus para entrarem numa escola (como no Paquistão) e ceifarem vidas inocentes, de raptarem meninas (como na Nigéria), de serem bombas itinerantes (homens bombas), de destroçarem com a liberdade e o direito e dever de cada ser humano de ser livre (a menina que recebeu o prêmio Nobel da paz, porque, simplesmente, queria estudar) e outros exemplos de causar arrepios, tristezas e desumanizações, sejamos sinceros, não nos leva reavaliarmos específicas situações?

Digo isso, porque o próprio Jesus, segundo o texto da MATEUS 05, das bem aventuranças, chama os discípulos para os enredos de ir a direção distinta de uma sede virulenta, endêmica, patogênica e insana pelo poder, a qual cometida e acomete os homens (sejam ditadores seculares ou eclesiásticos).

Vou adiante, atribuir a crença em um Deus mais subproduto e fruto de uma visão deformada, ater – me – ei a fé cristã, do Cristo Ressurrecto, depois de folhear pelas páginas da história e flagrar atos e práticas tiranocidas e genocidas de homens defensores de um mundo, sem qualquer veia pulsátil transcendente, não nos leva a também reavaliarmos específicas situações?

Não por menos, ao se enveredar pelas andanças de arautos de uma linha evangélica de lideranças e líderes personalistas e performáticos, ícones do sucesso logrado por meio de uma ligação predestinadora com Deus, de um dualismo, sempre presente e necessário, entre a fé triunfalista e ufanista e o mundo decrépito e hediondo, devo reconhecer, bate um estado de o por qual motivo e sem nenhuma resposta?

Infelizmente, veneramos um Deus inserido nos dentes dessa engrenagem ora alcunhada de progresso, de crescimento exponencial, de uma felicidade de conquistas e vitórias, a qual, de maneira alguma, enfrenta as vicissitudes da vida, transporta para o além, o divino, terceiros os marginalizados e caricaturadas (parecidas com zumbis urbanos), como nas Kracolândias, com a aceitação pacífica da prostituição infantil (nas praias e litorais), com o conformismo diante do ciclo vicioso da corrupção, com a alienação de nossos jovens (pelo qual os meninos são levados ao delírio de uma ostentação, a todo e a qualquer custo, e as meninas a se portarem como objetivos a uma cultura da fetichização e banalização de seu corpo).

Em meio a tantas contradições e contrariedades, lá no fundo, não banirmos a Graça de nossa história (e aqui falo da minha)? De observar, mormente os avanços perpetrados pelos homens, podemos falar de uma ética de respeito ao próximo equivalente? Vangloriamo – nos de participarmos do mundo, por meio das ferramentas virtuais, e, mesmo assim, olharmos para o nosso vizinho, como um forasteiro.

Deveras, há uma pletora de opções para ir a Cruz, mas será que nos norteiam a encontrarmos a oportunidade a fim de submergir numa relação aberta, franca e livre, com o Criador, o próximo e a vida? Em certos momentos, incorro – me no delírio de uma fé que vai solapar todas as minhas mancadas, que vou fazer meu pé de meia, que vou viver minha fé e cada um por si, que não olha para quem está ao meu lado, que não atenta para as fronteiras do próximo, que não delimita o pecado as fronteiras de uma conotação sexual.

Por enquanto, somente espero, em 30-12-2014, parar e rever se não espelho uma fé cristã delirante e, caso assim o seja, Deus, verdadeiramente, tem sido um delírio, na minha vida.
São Paulo - SP
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