Palavra do leitor
- 15 de dezembro de 2021
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Deus "Sonhador"
"O homem sonha e faz planos, mas Deus sempre realiza a Sua vontade", Pv 19;21 Bíblia Viva.
Há algum tempo o cristianismo foi atingido por uma avalanche denominada "Sonhos de Deus". O fenômeno resulta da evocação do que caracteriza uma tentação no coração humano, a obsessão, do ter, do poder e prazer, que revelam anseios da alma decadente, insaciável, idólatra.
Esta anomalia é mencionada como: "concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida, as quais, não procedem do Pai, mas do mundo" 1 Jo 2;16. Este é inimigo de Deus, Tg 4;4. Isso caracteriza sofrência mundana!
Ademais, sonhos são incompatíveis com o Eterno, visto que não dorme, sabe, e pode todas as coisas, Sl 121;4. Aliás, sonhos pertencem aos seres criados e caídos, e muitos não se realizam. Devido ao conflito entre o desejado, e o abismo que o separa da realização há frustração, revolta, desânimo, aflição de alma etc., o que seria incompatível com O Todo Poderoso.
O Senhor não precisa "sonhar" basta ordenar e tudo se faz, Sl 33,9. O sonho sempre remete ao futuro, o que não se aplica a Deus, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente, Hb 13;8. Deus não tem passado, tampouco futuro, visto ser Eterno. O Senhor nunca foi tampouco será; O Verbo se conjuga sempre no tempo presente; "De eternidade à eternidade Tu {És} Deus", Sl 90;2. Em todos os tempos Ele É..!
Mesmo que o termo "sonho" possa ter sentido diverso na amplitude linguística, se aplicado a Deus, Ele cai para o padrão antropológico. Sonhos têm parentesco com imaginação, ideais, fantasia, desejo, devaneios, ficção, quimera etc., e tem como contraste a realidade, a verdade, o fato, as coisas que são, o imutável. Ademais, não há relato que Jesus tivesse sonho noturno, ou da categoria acima, afinal, Ele é Deus, Is 9;6.
Portanto, é mais coerente contrapor aos "sonhos" de Deus, a realização de Sua Soberana Vontade! Porém, quando fala através do sonho, o propósito é "abrir os ouvidos e selar Sua instrução, para apartar o homem do seu desígnio, e livrá-lo da soberba; para guardar sua alma da cova e sua vida de passar pela espada", Jó 33;14-18. Segundo esta palavra trata-se de alerta para livramento pessoal. Não é este o enfoque da histeria que afeta o Cristianismo.
Os sonhos dados a Faraó Gn 41, a Nabucodonosor Dn 2;1-45, Abimeleque Gn 20;3, aos Midianitas Jz 7;13-23, e outros preanuciaram juízo. Quanto ao sonho de José, Deus comunicou previamente sua vontade, devido à necessidade de salvar, e preservar Israel, Gn 45;5, e para quebrar a soberba do tirano do Egito. "Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: Para em ti mostrar meu poder, e para que meu nome seja anunciado em toda a terra" Rm 9;16.
No contexto convém observar o texto que segue, copiado de um estudo sobre o tema: "Jesus veio ao mundo com uma missão. Ele tinha um {grande sonho}, que era reconciliar o ser humano com o Pai. Ele veio para morrer na cruz em nosso lugar e ressuscitar, vencendo tudo por nós".
Ora, se é "missão", logo não é sonho! O missionário está a serviço, cumpre uma ordem, um encargo; o que na verdade foi pesadelo tal, que o fez suar "gotas de sangue", Lc 22;44. Nesta agonia o Senhor orou: "Pai se possível afasta de mim esse cálice", Mt 26;39. A obra da cruz não foi descrita como "sonho" divino, mas como o preço da redenção, imposto pela transgressão humana.
Quando o ser humano pecou, não deixou opção para Deus senão negar a Si mesmo, despir-se de Sua Glória, fazer-Se semelhante aos homens, e morrer por eles, o que é descrito como maldição Gl 2;12-14, foi o preço da redenção.
O Senhor não foi para a Cruz porque tinha um sonho, mas por causa do pecado; O Eterno jamais sonhou ir para a Cruz, mas a utopia humana de "ser como Deus" Gn 3;5, O pregou no madeiro, para cumprir a justiça, por amor e misericórdia. A mais dura realidade!
Chama atenção que na histeria dos "sonhos de Deus", ninguém deseja o sonho do padeiro mor, Gn 40;16-20, mas sempre recorrem a José do Egito, pois almejam sua fama, poder e triunfalismo; uma camuflagem com a cara de Mamom. É o sonho daquele que disse: "tudo te darei se prostrado me adorares", MT 4;8-9.
Pelo visto, os "sonhos de Deus" tem conotação de realização pessoal, fama e glória mundana. Quão diferente era a concepção do verdadeiro cristão: "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" Fp 1;21. Essa era a realização do "sonho" do servo, alinhado à Vontade do Senhor. O discípulo, não precisa sonhar, pois se contenta com o que tem; a vida eterna, que é a realidade de Deus.
Resta que não se encontra em toda a Bíblia qualquer alusão a um Deus sonhador, todavia fala de um {peso} no coração por haver criado o ser humano. "Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso pesou-lhe em seu coração", Gn 6;6.
Por fim, a teo-logia, do sonhos de Deus certamente tem fundamento Extra bíblico, em outro Jesus, 2 Co 11;4. O único que "sonhou" subir acima das estrelas {Is 14;13}, se tornou deus deste século 2 C;4;4, e continua vendendo
Há algum tempo o cristianismo foi atingido por uma avalanche denominada "Sonhos de Deus". O fenômeno resulta da evocação do que caracteriza uma tentação no coração humano, a obsessão, do ter, do poder e prazer, que revelam anseios da alma decadente, insaciável, idólatra.
Esta anomalia é mencionada como: "concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida, as quais, não procedem do Pai, mas do mundo" 1 Jo 2;16. Este é inimigo de Deus, Tg 4;4. Isso caracteriza sofrência mundana!
Ademais, sonhos são incompatíveis com o Eterno, visto que não dorme, sabe, e pode todas as coisas, Sl 121;4. Aliás, sonhos pertencem aos seres criados e caídos, e muitos não se realizam. Devido ao conflito entre o desejado, e o abismo que o separa da realização há frustração, revolta, desânimo, aflição de alma etc., o que seria incompatível com O Todo Poderoso.
O Senhor não precisa "sonhar" basta ordenar e tudo se faz, Sl 33,9. O sonho sempre remete ao futuro, o que não se aplica a Deus, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente, Hb 13;8. Deus não tem passado, tampouco futuro, visto ser Eterno. O Senhor nunca foi tampouco será; O Verbo se conjuga sempre no tempo presente; "De eternidade à eternidade Tu {És} Deus", Sl 90;2. Em todos os tempos Ele É..!
Mesmo que o termo "sonho" possa ter sentido diverso na amplitude linguística, se aplicado a Deus, Ele cai para o padrão antropológico. Sonhos têm parentesco com imaginação, ideais, fantasia, desejo, devaneios, ficção, quimera etc., e tem como contraste a realidade, a verdade, o fato, as coisas que são, o imutável. Ademais, não há relato que Jesus tivesse sonho noturno, ou da categoria acima, afinal, Ele é Deus, Is 9;6.
Portanto, é mais coerente contrapor aos "sonhos" de Deus, a realização de Sua Soberana Vontade! Porém, quando fala através do sonho, o propósito é "abrir os ouvidos e selar Sua instrução, para apartar o homem do seu desígnio, e livrá-lo da soberba; para guardar sua alma da cova e sua vida de passar pela espada", Jó 33;14-18. Segundo esta palavra trata-se de alerta para livramento pessoal. Não é este o enfoque da histeria que afeta o Cristianismo.
Os sonhos dados a Faraó Gn 41, a Nabucodonosor Dn 2;1-45, Abimeleque Gn 20;3, aos Midianitas Jz 7;13-23, e outros preanuciaram juízo. Quanto ao sonho de José, Deus comunicou previamente sua vontade, devido à necessidade de salvar, e preservar Israel, Gn 45;5, e para quebrar a soberba do tirano do Egito. "Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: Para em ti mostrar meu poder, e para que meu nome seja anunciado em toda a terra" Rm 9;16.
No contexto convém observar o texto que segue, copiado de um estudo sobre o tema: "Jesus veio ao mundo com uma missão. Ele tinha um {grande sonho}, que era reconciliar o ser humano com o Pai. Ele veio para morrer na cruz em nosso lugar e ressuscitar, vencendo tudo por nós".
Ora, se é "missão", logo não é sonho! O missionário está a serviço, cumpre uma ordem, um encargo; o que na verdade foi pesadelo tal, que o fez suar "gotas de sangue", Lc 22;44. Nesta agonia o Senhor orou: "Pai se possível afasta de mim esse cálice", Mt 26;39. A obra da cruz não foi descrita como "sonho" divino, mas como o preço da redenção, imposto pela transgressão humana.
Quando o ser humano pecou, não deixou opção para Deus senão negar a Si mesmo, despir-se de Sua Glória, fazer-Se semelhante aos homens, e morrer por eles, o que é descrito como maldição Gl 2;12-14, foi o preço da redenção.
O Senhor não foi para a Cruz porque tinha um sonho, mas por causa do pecado; O Eterno jamais sonhou ir para a Cruz, mas a utopia humana de "ser como Deus" Gn 3;5, O pregou no madeiro, para cumprir a justiça, por amor e misericórdia. A mais dura realidade!
Chama atenção que na histeria dos "sonhos de Deus", ninguém deseja o sonho do padeiro mor, Gn 40;16-20, mas sempre recorrem a José do Egito, pois almejam sua fama, poder e triunfalismo; uma camuflagem com a cara de Mamom. É o sonho daquele que disse: "tudo te darei se prostrado me adorares", MT 4;8-9.
Pelo visto, os "sonhos de Deus" tem conotação de realização pessoal, fama e glória mundana. Quão diferente era a concepção do verdadeiro cristão: "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" Fp 1;21. Essa era a realização do "sonho" do servo, alinhado à Vontade do Senhor. O discípulo, não precisa sonhar, pois se contenta com o que tem; a vida eterna, que é a realidade de Deus.
Resta que não se encontra em toda a Bíblia qualquer alusão a um Deus sonhador, todavia fala de um {peso} no coração por haver criado o ser humano. "Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso pesou-lhe em seu coração", Gn 6;6.
Por fim, a teo-logia, do sonhos de Deus certamente tem fundamento Extra bíblico, em outro Jesus, 2 Co 11;4. O único que "sonhou" subir acima das estrelas {Is 14;13}, se tornou deus deste século 2 C;4;4, e continua vendendo
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