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Palavra do leitor

Deus Requer Santificação aos Cristãos – Parte 6

"Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados". [Hb 10.12-14]

Se Jesus não tivesse se oferecido como sacrifício, para expiar nossa culpa e pecados, jamais poderíamos ser salvos e, por conseguinte santificados de fato, para que pudéssemos ser aceitos por Deus.

A oferta do Seu corpo em sacrifício na cruz, para satisfazer a justiça de Deus foi de tal ordem, que por esta única oferta somos aperfeiçoados para sempre, por meio da santificação que se tornou possível por Sua morte e ressurreição.

É por meio da fé neste sacrifício e em toda a obra que Jesus realizou, e tem realizado ainda por nós, no céu, intercedendo junto ao Pai como nosso Sumo Sacerdote, que podemos nos tornar agradáveis a Deus, e receber dEle os dons e as graças prometidos aos que creem, para que sejam santificados.

Agora, tudo isto não é por mera teologia, ou doutrina sobre a nossa salvação, mas é a mais profunda e infinita história do verdadeiro amor, demonstrado pelo Pai por nós, e o Filho pelo Pai.

É aqui que tudo se resolve, e o problema do pecado é dissolvido, ou seja, nas profundezas do amor de Deus, porque não há maior motivação para vivermos da maneira certa, senão o amor que devotamos a Deus, a nós mesmos e aos outros.

Foi por amor que Jesus se santificou a Si mesmo, para que fôssemos santificados. Foi por amor que Ele se humilhou, se entregou a nós e morreu naquela terrível cruz. É por este mesmo amor, que devemos nos consagrar a Ele com todo o nosso ser e vontade. Somente pelo amor podemos vencer multidões de transgressões. Onde faltar este amor por Deus de nossa parte, não seremos sequer movidos a resistir ao pecado, porque o mal só pode ser vencido pelo bem, ou seja, onde há o verdadeiro amor ágape.

Deus abriu esta fonte, para que pudéssemos ser purificados pelo sangue do Senhor de nossos pecados, mas esta purificação se mostra eficaz, apenas naqueles que buscam se lavar continuamente no mesmo, como no dizer de Hebreus 10: 26.

"se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados."

E acrescenta para o caso deste pecar conscientemente, e não por ignorância, que repele de nós o perdão de Deus:

"pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários." (v.27).

A razão disso é que esta atitude configura a profanação do sangue da aliança com o qual a pessoa foi santificada, e o ultraje do Espírito Santo, quanto à disponibilidade de graça que foi pisada e rejeitada, para que não se pecasse impiamente (v. 28 e 29). Deus promete se vingar daqueles que procederem de tal forma no meio do Seu povo, e os julgará (v.30).
E o autor de Hebreus conclui: "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo." (v.31)
Então se exige da parte de todo crente, um andar em temor e tremor diante do Senhor, pela fé em Jesus, levando o pecado muito a sério, já que é capaz de produzir tal prejuízo horrível, até mesmo na vida de um crente.

Por isso Jesus diz "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço." O novo mandamento que Jesus nos deu de nos amarmos uns aos outros assim como ele nos amou só pode ser cumprido se nascermos de novo do Espírito e se vivermos e andarmos no Espírito, porque o amor ágape que é espiritual e divino somente pode existir e se manifestar desse modo, porque é um grau de amor muito mais elevado do que o simples amor eros (entre cônjuges), ou filéo (entre amigos). O amor ágape exige que sejamos obedientes aos mandamentos de Jesus para que possamos permanecer em unidade de amor com Ele. Daí sermos sempre exortados na Palavra a vigiarmos e a orarmos sem cessar, para que não nos afastemos do Senhor, por falta de obediência à Sua vontade.

Jesus não é ministro do pecado, nem nos salvou em nossos pecados, mas para nos libertar do pecado, de maneira que tudo o mais na vida cristã decorrerá deste princípio indispensável da fé, que nos une ao Senhor Jesus Cristo, para que O sirvamos e O adoremos em Seu corpo, que é a Igreja; para o benefício do corpo, e para a glória do Pai.
Nossas boas obras serão verdadeiras e glorificarão a Deus, se partirem do referido princípio e pela operação do Espírito Santo em nós que, é quem opera todas as graças, dons e serviços segundo a Sua boa vontade.
Rio De Janeiro - RJ
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