Palavra do leitor
- 05 de agosto de 2021
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Deus: promotor ou conivente com a Covid-19?
"A questão da fé não implica ser, em certos momentos, contra Deus, mas viver, sem ao menos perceber, sem Deus’’.
A célebre obra escrita por Dostoievski, intitulado de os Irmãos Karamazov, em um de seus capítulos, a qual apresenta a negação do personagem Ivan, com relação a se opor, terminantemente, a um Deus voltado a se importar com pessoas. Afinal de contas, suas palavras se direcionam a como acreditar num Deus de amor, de misericórdia, de justiça, de compaixão, quando crianças são torturadas, quando inocentes são submetidos ao sofrimento, quando milhares de vítimas atingidas por uma pandemia mortífera, como a Covid-19?
Vira e mexe, ouço e, talvez, você ou vocês ouvem, as afirmações de ser o sofrimento uma forma de Deus nos trazer de volta, de chamar a nossa atenção, de demonstrar sua soberania. De observar, não ouvimos também ser Deus onipotente, não sujeito a nenhuma impossibilidade, onisciente, a par de todas as coisas, fonte de bondade e de justiça, então, se permite o sofrimento, por mais alegações surjam, como numa tentativa de fundamentação do mal e da dor, particularmente, fico sem compreender essa bondade, essa vida, essas boas novas. Então, o por qual motivo creditar e acreditar, validar e confirmar na aceitação da figura de um Deus movido por um estado de, por exemplo, caso não o sigamos, como declaram, por aí, poderemos ser vitimas de uma intervenção implacável, fulminante, impiedosa, sem qualquer razão. Não posso deixar de ser claro, mantenho minha fé em Deus, evidentemente, não mais como antes e muitos que leem o que escrevo ou gravo, por meio das redes sociais, já perceberam. Em meio a essas ponderações, filiar-me as narrativas de um Deus de amor, onipotente, onisciente, onipresente, misericordioso e permissivo a enredos do mal, do sofrimento, da desumanização, como em Auschwitz, com milhares e milhares de judeus dizimados, impiedosamente, nas mais variadas práticas de atrocidades, durante a Segunda Guerra Mundial, chega ao absurdo.
Mais recentemente, aqui, pelas bandas do século 21, a avassaladora pandemia virulenta ora denominada Covid-19, com cristãos e ateus, com homens e mulheres, com jovens e idosos, com ricos e pobres, com negros e brancos, com heterossexuais e homossexuais, com judeus e árabes, como eu (atingido pelo vírus e permaneci por, aproximadamente, um mês, numa UTI) , marcado por pessoas boas e não perfeitas, as quais não escaparam, não estão mais entre nós e esta constatação me conduz a concreta realidade de nem tudo ser um final feliz.
Vou adiante, não espero a unanimidade de ninguém, longe, longe e longe disso, apesar dessas declarações, relaciono-me com uma fé personificada no Deus ser humano Jesus Cristo, a fé comprometida a um respeito específico e claro em favor da vida humana. Por conseguinte, não consigo ser parte de discursos do sofrimento, como sendo Deus o causador ou conivente ou permissivo, porque, caso seja, não seria o culpado e o responsável, por tantas desgraças, por tantas calamidades, por tantos desajustes, por tantas desordens, por tantos vazios, por tantas nulidades, por tantas hostilidades, por tantas ofensas, por tantos abusos, por tantas arbitrariedades ou não?
Tive a oportunidade de dizer já, uma vez de ser Deus munido de liberdade, de livre-arbítrio, de agir segundo sua natureza e caráter, dotado de todo o poder e não controlado pelo seu poder (Mateus 19.26, Lucas 1.37, Gênesis 17.1), haveria via de o elencar na dimensão de ser permissivo e promotor ou provocador do sofrimento? Sem delongas, Deus dispõe de todas as condições para impedir, para anular, para derrubar com o sofrimento e o por qual motivo não o faz? Será devido a ser permissivo ou promotor sofrimento para nos ensinar, para nos chamar a atenção, com a linha de raciocínio de nos voltarmos ao mesmo, tão somente, em eventos de dissabores?
Ora, Deus permitiu ou participou da interrupção de vidas, por causa da Covid-19, como uma resposta as famílias enlutadas de que são forte o bastante para suportar tamanhas perdas ou como uma forma de recompensar a fé e a lealdade, lá na frente, ou tirou pessoas de uma realidade de pesos para um plano superior e melhor ou o mal não passa de um estágio necessário para nos lembrarmos de que há um Deus, lá em cima, um inferno, bem abaixo da terra, e um céu. Negar seria uma tolice, o mal é real, o mal mata pessoas de frio, de fome, de balas perdidas, das mais diversas violências e seria rejeitar a verdade de Deus agir, segundo sua natureza e caráter, não para arruinar, mas restaurar e reconciliar.
Ademais, até seria convidativo eleger o Deus permissivo ou promotor do sofrimento, entretanto, não consigo e opto pelo Deus que quer nos ajudar com esperança, com coragem, com destemor, com fé, com criatividade, com compaixão e justiça para não deixar de reconhecer o quanto o mundo é injusto e, mesmo assim, oferece-nos o ânimo para não desistir da vida, do próximo e nós mesmos.
A célebre obra escrita por Dostoievski, intitulado de os Irmãos Karamazov, em um de seus capítulos, a qual apresenta a negação do personagem Ivan, com relação a se opor, terminantemente, a um Deus voltado a se importar com pessoas. Afinal de contas, suas palavras se direcionam a como acreditar num Deus de amor, de misericórdia, de justiça, de compaixão, quando crianças são torturadas, quando inocentes são submetidos ao sofrimento, quando milhares de vítimas atingidas por uma pandemia mortífera, como a Covid-19?
Vira e mexe, ouço e, talvez, você ou vocês ouvem, as afirmações de ser o sofrimento uma forma de Deus nos trazer de volta, de chamar a nossa atenção, de demonstrar sua soberania. De observar, não ouvimos também ser Deus onipotente, não sujeito a nenhuma impossibilidade, onisciente, a par de todas as coisas, fonte de bondade e de justiça, então, se permite o sofrimento, por mais alegações surjam, como numa tentativa de fundamentação do mal e da dor, particularmente, fico sem compreender essa bondade, essa vida, essas boas novas. Então, o por qual motivo creditar e acreditar, validar e confirmar na aceitação da figura de um Deus movido por um estado de, por exemplo, caso não o sigamos, como declaram, por aí, poderemos ser vitimas de uma intervenção implacável, fulminante, impiedosa, sem qualquer razão. Não posso deixar de ser claro, mantenho minha fé em Deus, evidentemente, não mais como antes e muitos que leem o que escrevo ou gravo, por meio das redes sociais, já perceberam. Em meio a essas ponderações, filiar-me as narrativas de um Deus de amor, onipotente, onisciente, onipresente, misericordioso e permissivo a enredos do mal, do sofrimento, da desumanização, como em Auschwitz, com milhares e milhares de judeus dizimados, impiedosamente, nas mais variadas práticas de atrocidades, durante a Segunda Guerra Mundial, chega ao absurdo.
Mais recentemente, aqui, pelas bandas do século 21, a avassaladora pandemia virulenta ora denominada Covid-19, com cristãos e ateus, com homens e mulheres, com jovens e idosos, com ricos e pobres, com negros e brancos, com heterossexuais e homossexuais, com judeus e árabes, como eu (atingido pelo vírus e permaneci por, aproximadamente, um mês, numa UTI) , marcado por pessoas boas e não perfeitas, as quais não escaparam, não estão mais entre nós e esta constatação me conduz a concreta realidade de nem tudo ser um final feliz.
Vou adiante, não espero a unanimidade de ninguém, longe, longe e longe disso, apesar dessas declarações, relaciono-me com uma fé personificada no Deus ser humano Jesus Cristo, a fé comprometida a um respeito específico e claro em favor da vida humana. Por conseguinte, não consigo ser parte de discursos do sofrimento, como sendo Deus o causador ou conivente ou permissivo, porque, caso seja, não seria o culpado e o responsável, por tantas desgraças, por tantas calamidades, por tantos desajustes, por tantas desordens, por tantos vazios, por tantas nulidades, por tantas hostilidades, por tantas ofensas, por tantos abusos, por tantas arbitrariedades ou não?
Tive a oportunidade de dizer já, uma vez de ser Deus munido de liberdade, de livre-arbítrio, de agir segundo sua natureza e caráter, dotado de todo o poder e não controlado pelo seu poder (Mateus 19.26, Lucas 1.37, Gênesis 17.1), haveria via de o elencar na dimensão de ser permissivo e promotor ou provocador do sofrimento? Sem delongas, Deus dispõe de todas as condições para impedir, para anular, para derrubar com o sofrimento e o por qual motivo não o faz? Será devido a ser permissivo ou promotor sofrimento para nos ensinar, para nos chamar a atenção, com a linha de raciocínio de nos voltarmos ao mesmo, tão somente, em eventos de dissabores?
Ora, Deus permitiu ou participou da interrupção de vidas, por causa da Covid-19, como uma resposta as famílias enlutadas de que são forte o bastante para suportar tamanhas perdas ou como uma forma de recompensar a fé e a lealdade, lá na frente, ou tirou pessoas de uma realidade de pesos para um plano superior e melhor ou o mal não passa de um estágio necessário para nos lembrarmos de que há um Deus, lá em cima, um inferno, bem abaixo da terra, e um céu. Negar seria uma tolice, o mal é real, o mal mata pessoas de frio, de fome, de balas perdidas, das mais diversas violências e seria rejeitar a verdade de Deus agir, segundo sua natureza e caráter, não para arruinar, mas restaurar e reconciliar.
Ademais, até seria convidativo eleger o Deus permissivo ou promotor do sofrimento, entretanto, não consigo e opto pelo Deus que quer nos ajudar com esperança, com coragem, com destemor, com fé, com criatividade, com compaixão e justiça para não deixar de reconhecer o quanto o mundo é injusto e, mesmo assim, oferece-nos o ânimo para não desistir da vida, do próximo e nós mesmos.
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