Palavra do leitor
- 11 de maio de 2018
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Deus não se limita as promessas!
O título pode parecer uma contradição, um desatino, uma incoerência ou uma provocação.
Sinceramente, filio – me a mais uma provocação e com a intenção de perceber um Deus não limitado a uma leitura exclusivista, em favor de uns, enquanto outro, tem o destino de serem figuras marginalizadas, posso dizer, dentro de um plano cósmico, eterno e de salvação.
Ouso, abordar duas biografias, tratados como personalidades de afronta, de oposição, de ser o mal encarnados, ou seja, trago ao palco dessa narrativa, tanto a figura de Esaú quanto de Ismael, Genesis 33. 01 a 18 e 21. 01 a 20. É bem verdade, acostumamos – nos a ouvir sobre a saga de Jacó, com suas artimanhas e, muitas vezes, não compreendemos, o por qual motivo as bênçãos de Deus foram para o mesmo. Afinal de contas, valeu – se de enganos, maquinações, estratagemas, atos e práticas nada louváveis, repulsivos e, num adágio popular, procedeu com uma sórdida esperteza ou uma estampada pilantragem.
No outro lado da moeda, Ismael acabou por ser descartado, expulso, banido, com a apatia do denominado pai da fé, Abraão, ao qual preferiu fazer vistas grossas e jogar para um intento de Deus, em tudo isso. Sei lá! Deveras, quem teve sua primogenitura surrupiada, visto como um competidor a ser derrubado e descartado, senão Esaú?
Vou adiante, qual a finalidade de uma promessa conivente a prejudicar uns e contemplar outros (jargões como, me fazem elucubrar sobre isso: Deus me poupou de uma doença, mas o do outro lado, não; Deus me guardou de malefícios, mas o do outro lado, não; Deus me livrou de um acidente e o do outro lado, não; Deus me abriu uma porta e do outro lado, não; Deus impediu uma bala perdida, um assalto, uma escassez e por ai vai, mas do outro lado, não) e, tudo isso, se resume sobre a promessa do Senhor, como se fosse uma espécie de divisor de águas, entre bons e maus, certos e errados, justos e iníquos, crentes e pagãos, puros e pecadores, virgens e não e a lista não tem fim.
Agora, Esaú e Ismael acabaram por ser meios para lográ-lo de promessas voltadas a amparar uns, aqui, Jacó e José? Evidentemente, não vou adentrar, em questões de relativizar, de diminuir, de descredenciar o assunto das promessas, referente aos filhos de Deus; todavia, sou levado a me deparar com um Deus compromissado a transcender, a ir além, a sobrepujar, a não se ater as cartilhas de, caso não esteja mergulhado nas promessas, acabará como um alienado, distante da Graça, sem ser visto como filho, como imagem e semelhança desse ato inspirativo criador.
De observar, Ismael se encontra no deserto, na mais crua e nua situação de abandono, de ser o pomo da discórdia da crueldade de Raquel, ao qual, logo, deveria ser riscado do mapa, como se nunca existisse. Arrisco dizer, Ismael se deparou como uma forma de aborto, de interrupção de sua história, de sua liberdade de escolha e, segundo a tese das promessas, de que o filho escolhido, por Deus, para ser o sucesso de Abraão, era merecedor e todas as intervenções necessários e, com o ensejo de isso se cumprir, comportar – se – iam, como um desígnio maior e supremo.
Mesmo assim, Ismael e Hagar são descobertos e ajudados por um Deus não limitado as fronteiras de (olha, nada posso fazer, porque vocês não são partes de minhas promessas, de meus ritualismos, de minhas liturgias, de meus adoradores) e os direciona a se refazerem.
De maneira semelhante, Esaú também não foi submetido a um ciclo de punições e desgraças, porque não teve sua primogenitura e, neste aspecto, descobrimos que não são os rótulos, títulos, consagrações, reconhecimentos que determinam dois mundos. O mundo dos abençoados e, em contrapartida, dos desgraçados.
Tristemente, quantas pessoas são estigmatizadas, são manchadas, são desfiguradas e conduzidas a suportar pesos de culpas e condenações, por não estarem elencadas nas promessas de Deus e, por isso, arcam com dissabores e maldições, a torto e a direita.
Em direção oposta, Esaú e Ismael são os reflexos de um Deus não atrelado a fazer isso, aquilo ou acolá, porque se apresenta como pertencente tais promessas. Sem sombra de dúvida, mostra e demonstra Sua decisão pelo ser humano, em Cristo Jesus, não importa se você está nas promessas moldadas pelos religiosos, pelos místicos, pelos evocadores de uma espiritualidade de acepções, de indiferenças, de rivalidades, de penitências.
Novamente, insisto, Esaú e Ismael não tiveram a promessa da primogenitura, de serem protagonistas, de não serem escolhidos para aspirações maiores, com base no discurso de uma fé de uns sim e outros não. Estranhamente, o Deus da vida, do viver, passa, por cima, inclusive dessas promessas, vai ao deserto e inunda Ismael de esperança e Esaú, em meio a desolação, porque foi tratado como um nada, e os envolve com Salmos 121.
Sinceramente, filio – me a mais uma provocação e com a intenção de perceber um Deus não limitado a uma leitura exclusivista, em favor de uns, enquanto outro, tem o destino de serem figuras marginalizadas, posso dizer, dentro de um plano cósmico, eterno e de salvação.
Ouso, abordar duas biografias, tratados como personalidades de afronta, de oposição, de ser o mal encarnados, ou seja, trago ao palco dessa narrativa, tanto a figura de Esaú quanto de Ismael, Genesis 33. 01 a 18 e 21. 01 a 20. É bem verdade, acostumamos – nos a ouvir sobre a saga de Jacó, com suas artimanhas e, muitas vezes, não compreendemos, o por qual motivo as bênçãos de Deus foram para o mesmo. Afinal de contas, valeu – se de enganos, maquinações, estratagemas, atos e práticas nada louváveis, repulsivos e, num adágio popular, procedeu com uma sórdida esperteza ou uma estampada pilantragem.
No outro lado da moeda, Ismael acabou por ser descartado, expulso, banido, com a apatia do denominado pai da fé, Abraão, ao qual preferiu fazer vistas grossas e jogar para um intento de Deus, em tudo isso. Sei lá! Deveras, quem teve sua primogenitura surrupiada, visto como um competidor a ser derrubado e descartado, senão Esaú?
Vou adiante, qual a finalidade de uma promessa conivente a prejudicar uns e contemplar outros (jargões como, me fazem elucubrar sobre isso: Deus me poupou de uma doença, mas o do outro lado, não; Deus me guardou de malefícios, mas o do outro lado, não; Deus me livrou de um acidente e o do outro lado, não; Deus me abriu uma porta e do outro lado, não; Deus impediu uma bala perdida, um assalto, uma escassez e por ai vai, mas do outro lado, não) e, tudo isso, se resume sobre a promessa do Senhor, como se fosse uma espécie de divisor de águas, entre bons e maus, certos e errados, justos e iníquos, crentes e pagãos, puros e pecadores, virgens e não e a lista não tem fim.
Agora, Esaú e Ismael acabaram por ser meios para lográ-lo de promessas voltadas a amparar uns, aqui, Jacó e José? Evidentemente, não vou adentrar, em questões de relativizar, de diminuir, de descredenciar o assunto das promessas, referente aos filhos de Deus; todavia, sou levado a me deparar com um Deus compromissado a transcender, a ir além, a sobrepujar, a não se ater as cartilhas de, caso não esteja mergulhado nas promessas, acabará como um alienado, distante da Graça, sem ser visto como filho, como imagem e semelhança desse ato inspirativo criador.
De observar, Ismael se encontra no deserto, na mais crua e nua situação de abandono, de ser o pomo da discórdia da crueldade de Raquel, ao qual, logo, deveria ser riscado do mapa, como se nunca existisse. Arrisco dizer, Ismael se deparou como uma forma de aborto, de interrupção de sua história, de sua liberdade de escolha e, segundo a tese das promessas, de que o filho escolhido, por Deus, para ser o sucesso de Abraão, era merecedor e todas as intervenções necessários e, com o ensejo de isso se cumprir, comportar – se – iam, como um desígnio maior e supremo.
Mesmo assim, Ismael e Hagar são descobertos e ajudados por um Deus não limitado as fronteiras de (olha, nada posso fazer, porque vocês não são partes de minhas promessas, de meus ritualismos, de minhas liturgias, de meus adoradores) e os direciona a se refazerem.
De maneira semelhante, Esaú também não foi submetido a um ciclo de punições e desgraças, porque não teve sua primogenitura e, neste aspecto, descobrimos que não são os rótulos, títulos, consagrações, reconhecimentos que determinam dois mundos. O mundo dos abençoados e, em contrapartida, dos desgraçados.
Tristemente, quantas pessoas são estigmatizadas, são manchadas, são desfiguradas e conduzidas a suportar pesos de culpas e condenações, por não estarem elencadas nas promessas de Deus e, por isso, arcam com dissabores e maldições, a torto e a direita.
Em direção oposta, Esaú e Ismael são os reflexos de um Deus não atrelado a fazer isso, aquilo ou acolá, porque se apresenta como pertencente tais promessas. Sem sombra de dúvida, mostra e demonstra Sua decisão pelo ser humano, em Cristo Jesus, não importa se você está nas promessas moldadas pelos religiosos, pelos místicos, pelos evocadores de uma espiritualidade de acepções, de indiferenças, de rivalidades, de penitências.
Novamente, insisto, Esaú e Ismael não tiveram a promessa da primogenitura, de serem protagonistas, de não serem escolhidos para aspirações maiores, com base no discurso de uma fé de uns sim e outros não. Estranhamente, o Deus da vida, do viver, passa, por cima, inclusive dessas promessas, vai ao deserto e inunda Ismael de esperança e Esaú, em meio a desolação, porque foi tratado como um nada, e os envolve com Salmos 121.
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