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Palavra do leitor

Despertar

"Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a ideia da eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim" (Ec 3.11).

O texto supra faz contraponto com a declaração do filósofo Thomas Moynihan, em matéria publicada na Uol, "é melhor sermos finitos; crença na eternidade banaliza ações". A ideia aqui não é contestar, nem debater filosofia, entretanto é necessário ponderar sobre o que emana da famigerada árvore do "conhecimento", a qual, sempre aparece em oposição à Árvore da Vida. Afinal, a eternidade é exaustivamente anunciada segundo o livro que "sophia" despreza, visto que afirma: "Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna" (Jo 6.47).

O contexto fala não apenas de uma, mas, de duas eternidades: uma com Deus e a vida eterna outra separada dele, na eterna condenação conforme escrito em sua palavra: "Irão estes para o suplício eterno, porém os justos para a vida eterna (Mt 25.46). Esta passagem fala do juízo de todas as nações, quando o Juiz fará separação das "ovelhas e dos cabritos" (Mt 25;32), visto que estes viram a "grande Luz" (Is 9.2) entretanto amaram "mais" as trevas do que a Luz; por quê? Desprezaram a salvação eterna.
Portanto, a rejeição ao fato da eternidade deve ser entendida como mero subjetivismo berrando contra o absoluto, objetivo; Deus. É o ser limitado contestando o infinito. É o peixinho ornamental em seu aquário contestando a existência do oceano, dos rios, dos mares e demais peixes, baseando-se no fato que para ele, somente as águas de seu cativeiro tem existência real. Entretanto, parece sensato refletir, se em contrapartida não seriam as atitudes humanas que banalizaram a perspectiva da eternidade, a qual os assombra lançando mão deste ardil tentando apagar a consciência desta realidade? Sendo assim, é inevitável que o pessimismo filosófico ressurja como fantasma entre os escombros do ceticismo da racionalidade. Afinal, se não existisse eternidade, Deus e a fé não teriam sentido.

Percebe-se que diante da consciência da morte eterna, a reação do espírito degenerado em sua liberdade morta consiste em relutar contra a eternidade que Deus colocou no coração humano caracterizando aquilo que disse Caim depois de assassinar Abel: "serei fugitivo e vagabundo..."(Gn 4.14), fazendo coro com o que disse seu pai Adão: "Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me" (Gn 3.10). Este incidente tem ressonância na consciência humana, há sete milênios, visto que toda humanidade descende de Adão tendo em "Caim" a personificação de seu casuísmo crônico, e tenta livrar-se desse espectro ontológico apagando a consciência da eternidade e a eternidade; da consciência.

Destarte, conscientes que admitindo a existência da eternidade, resta um encontro dos caimitas (céticos) com os filhos da luz personificados em Abel, morto por Caim, simplesmente por que Deus; dele se agradou. Com o advento do tempo do fim a consciência fúnebre dos céticos entra em pânico devido à soturna expectativa, só que em vez de se renderem, arrependerem-se e aceitarem a salvação eterna em Cristo, preferem "descartar" a eternidade, depois choramingar e fazer o drama do coitadismo melodramático, o que caracteriza um atestado do pânico desmedido resultante justamente da perda da originalidade eterna. Isso explica a nudez, o medo e fuga de Adão.
Talvez o filósofo em questão tenha uma parcela de razão quanto à "banalização" das ações considerando-se o verbete em sua origem. O termo [banal], além do sentido "comum e trivial" significa "pertencente ou vassalo do senhor feudal". Neste sentido qualquer que professa fé no Eterno e na eternidade comporta-se de forma "banal", ou seja: em submissão ao Pai da eternidade, e Dono do maior "feudo" habitável, do Sistema Solar; o Planeta Terra. O salmo 24.1 diz: "Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e os que nele habitam".

Destarte, o que tem banalizado as ações humanas não é crença na eternidade porém, a subversão dos valores eternos pelo ato de transgressão contra Aquele que colocou a eternidade no coração humano. O problema com o qual o ceticismo universal se debate é que aceitou a ideia de "ser como Deus" e tudo o que está conseguindo perceber após sete mil anos é, não apenas um planeta, mas, o próprio sistema solar encontra-se moribundo e seus deuses acuados; é o despertar prometido pela serpente! "Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal" (Gn 3.5). Portanto, foi esta crença e ação consequente que desprezou (banalizou) a eternidade e não o contrário.

O que dói na consciência é acordar desta utopia, em meio à atual distopia e perceber que a promessa "sereis como Deus" só vale para esta existência, a qual, também agoniza aguardando ser redimida do cativeiro da corrupção. (Rm 8.19-23). Nesta passagem a própria criação chora o dano sofrido, por ações de caráter e natureza banal.
Caxias Do Sul - RS
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