Palavra do leitor
- 04 de maio de 2023
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Desobedecer para obedecer
O rei do Egito ordenou às parteiras dos hebreus, que se chamavam Sifrá e Puá: ‘Quando vocês ajudarem as hebreias a dar à luz, verifiquem se é menino. Se for, matem-no; se for menina, deixem-na viver’. Todavia, as parteiras temeram a Deus e não obedeceram às ordens do rei do Egito; deixaram viver os meninos." Êxodo 1.15-17
Toda obediência é uma desobediência e toda desobediência é uma obediência. Se refletirmos bem, na escolha de dizer "sim" para determinada coisa, automaticamente dizemos "não" para outras muitas coisas. O texto em destaque é um ótimo exemplo disso.
As parteiras hebreias receberam a ordem do rei do Egito para matarem todo menino que viesse a nascer. O texto diz que por temor a Deus, elas desobedecem à ordem do rei. Se por um lado houve uma desobediência à autoridade do rei, por outro lado, houve uma clara obediência à vontade divina.
Há na atitude dessas mulheres um fator de grande importância a ser considerado. Conforme o exemplo do texto de Êxodo nos apresenta, o que motivou as parteiras a serem obedientes foi o temor a Deus ("...as parteiras temeram a Deus e não obedeceram às ordens do rei."). O temor consiste em uma disposição da mente que surge com a consciência de um perigo iminente. Mas no caso das parteiras, qual seria esse perigo? Poderíamos pensar que o medo das consequências de uma desobediência à ordem do rei seria a base da resposta. Entretanto, se assim fosse, elas teriam matado todos os meninos que nascessem. Contudo, elas não fazem isso, mostrando que o perigo iminente dizia respeito ao risco de desagradarem ao Senhor. Veja, temer a Deus não consiste em sermos movidos por culpa ou por um medo paralisante. Temer a Deus é ser movido por amor, pois não queremos desagradar àquele que nos amou primeiro.
Nas mais variadas situações de nossas vidas, a questão principal girará em torno de respondermos constantemente à pergunta: a quem vamos obedecer e a quem vamos escolher desobedecer? Não há como servir a dois senhores, portanto, a escolha de obediência também será uma desobediência e vice-versa.
Em obediência a Deus, vamos desobedecer à ordem de vivermos em prol de nossas paixões carnais? Em obediência a Deus vamos desobedecer aos ensinos pecaminosos que nos são transmitidos de geração a geração? Em obediência a Deus vamos desobedecer ao desejo de mentir para obter vantagens sobre as pessoas? Se for necessária a desobediência para vivermos em obediência, vamos nos submeter a esse chamado?
Pequenas ou grandes, as escolhas que fizermos terão consequências. Como cristãos, precisamos nos lembrar que provamos o nosso amor a Deus obedecendo àquilo que ele nos pede, Jesus nos ensina em João 14.21 que "aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama..."
Se preciso for desobedecer a criação para obedecer ao Criador, que a graça divina nos ajude a assim fazer.
Toda obediência é uma desobediência e toda desobediência é uma obediência. Se refletirmos bem, na escolha de dizer "sim" para determinada coisa, automaticamente dizemos "não" para outras muitas coisas. O texto em destaque é um ótimo exemplo disso.
As parteiras hebreias receberam a ordem do rei do Egito para matarem todo menino que viesse a nascer. O texto diz que por temor a Deus, elas desobedecem à ordem do rei. Se por um lado houve uma desobediência à autoridade do rei, por outro lado, houve uma clara obediência à vontade divina.
Há na atitude dessas mulheres um fator de grande importância a ser considerado. Conforme o exemplo do texto de Êxodo nos apresenta, o que motivou as parteiras a serem obedientes foi o temor a Deus ("...as parteiras temeram a Deus e não obedeceram às ordens do rei."). O temor consiste em uma disposição da mente que surge com a consciência de um perigo iminente. Mas no caso das parteiras, qual seria esse perigo? Poderíamos pensar que o medo das consequências de uma desobediência à ordem do rei seria a base da resposta. Entretanto, se assim fosse, elas teriam matado todos os meninos que nascessem. Contudo, elas não fazem isso, mostrando que o perigo iminente dizia respeito ao risco de desagradarem ao Senhor. Veja, temer a Deus não consiste em sermos movidos por culpa ou por um medo paralisante. Temer a Deus é ser movido por amor, pois não queremos desagradar àquele que nos amou primeiro.
Nas mais variadas situações de nossas vidas, a questão principal girará em torno de respondermos constantemente à pergunta: a quem vamos obedecer e a quem vamos escolher desobedecer? Não há como servir a dois senhores, portanto, a escolha de obediência também será uma desobediência e vice-versa.
Em obediência a Deus, vamos desobedecer à ordem de vivermos em prol de nossas paixões carnais? Em obediência a Deus vamos desobedecer aos ensinos pecaminosos que nos são transmitidos de geração a geração? Em obediência a Deus vamos desobedecer ao desejo de mentir para obter vantagens sobre as pessoas? Se for necessária a desobediência para vivermos em obediência, vamos nos submeter a esse chamado?
Pequenas ou grandes, as escolhas que fizermos terão consequências. Como cristãos, precisamos nos lembrar que provamos o nosso amor a Deus obedecendo àquilo que ele nos pede, Jesus nos ensina em João 14.21 que "aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama..."
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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