Palavra do leitor
- 30 de julho de 2008
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Desistir... jamais!
Estive de férias por duas semanas. Poucos dias antes de deixar meu trabalho para descansar, eu vinha suportando as adversidades com uma paciência que nunca tive, pensando: "Falta pouco para eu não ter que agüentar mais isso". Eu sabia que o "não agüentar mais isso" seria temporário, mas estava tão decidida a fazer minhas férias durarem para sempre, que não gostava nem de pensar no dia da volta.
Só que esse dia chegou. Tive que retornar ao trabalho. E, na véspera, eu já sofria insuportavelmente com isso. A enxaqueca, que me deu uma trégua durante as férias, reapareceu, na noite anterior. E tão forte, dessa vez, que tive náuseas e chorei de dor. O remédio não fazia efeito. A oração do meu marido também não.
Percebi, ali, o quanto odeio meu trabalho. A infra-estrutura que a empresa oferece é excelente, mas o ambiente é opresso e o que faço já me saturou. Infelizmente, porém, não tenho a opção de largar tudo. Meu lar depende do meu salário tanto quanto do salário do meu marido.
Tudo o que eu desejava era uma nova oportunidade, para mudar de atividade e de “ares”. Queria muito que Deus se compadecesse de mim e me abrisse uma porta num outro lugar imediatamente. Pensava nisso quando me senti incomodada para ler a Bíblia. Fui até o quarto, peguei-a na estante e tentei recomeçar a leitura de onde havia parado, um dia antes. Mas, folheando-a, eu me detive no capítulo 5 do livro de Romanos, e os versículos 3 e 4, naquela hora, lembraram-me mansamente do objetivo das tribulações: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança".
Eu desejava, na verdade, que Deus me dissesse algo como: "porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã" (Js 5:12b), sinalizando que finalmente eu deixaria o suplício profissional que vivo para experimentar as delícias de um novo e melhor emprego. Mas, ao contrário, o Senhor deu-me a certeza de que eu retornaria ao trabalho chato de sempre, no último lugar do mundo onde eu gostaria de estar. Mas Ele também me fez entender racionalmente que o tempo da minha vitória vai chegar. Eu só preciso tirar o proveito ideal da situação que tenho vivido. Preciso deixar que a tribulação produza seus frutos na minha vida, para que eu nunca mais me esqueça de que o Deus que não muda está comigo, vê minhas aflições, continua trabalhando nelas o meu caráter e entende que o meu sofrimento é doloroso de suportar.
O melhor, então, é prosseguir, esquecendo o que já passou e olhando para frente, como disse Paulo aos Filipenses. E isso pode ser exatamente o que Deus quer também de você: que você colha os frutos da tribulação, indo adiante, sem remoer as dores que já ficaram para trás.
Só que esse dia chegou. Tive que retornar ao trabalho. E, na véspera, eu já sofria insuportavelmente com isso. A enxaqueca, que me deu uma trégua durante as férias, reapareceu, na noite anterior. E tão forte, dessa vez, que tive náuseas e chorei de dor. O remédio não fazia efeito. A oração do meu marido também não.
Percebi, ali, o quanto odeio meu trabalho. A infra-estrutura que a empresa oferece é excelente, mas o ambiente é opresso e o que faço já me saturou. Infelizmente, porém, não tenho a opção de largar tudo. Meu lar depende do meu salário tanto quanto do salário do meu marido.
Tudo o que eu desejava era uma nova oportunidade, para mudar de atividade e de “ares”. Queria muito que Deus se compadecesse de mim e me abrisse uma porta num outro lugar imediatamente. Pensava nisso quando me senti incomodada para ler a Bíblia. Fui até o quarto, peguei-a na estante e tentei recomeçar a leitura de onde havia parado, um dia antes. Mas, folheando-a, eu me detive no capítulo 5 do livro de Romanos, e os versículos 3 e 4, naquela hora, lembraram-me mansamente do objetivo das tribulações: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança".
Eu desejava, na verdade, que Deus me dissesse algo como: "porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã" (Js 5:12b), sinalizando que finalmente eu deixaria o suplício profissional que vivo para experimentar as delícias de um novo e melhor emprego. Mas, ao contrário, o Senhor deu-me a certeza de que eu retornaria ao trabalho chato de sempre, no último lugar do mundo onde eu gostaria de estar. Mas Ele também me fez entender racionalmente que o tempo da minha vitória vai chegar. Eu só preciso tirar o proveito ideal da situação que tenho vivido. Preciso deixar que a tribulação produza seus frutos na minha vida, para que eu nunca mais me esqueça de que o Deus que não muda está comigo, vê minhas aflições, continua trabalhando nelas o meu caráter e entende que o meu sofrimento é doloroso de suportar.
O melhor, então, é prosseguir, esquecendo o que já passou e olhando para frente, como disse Paulo aos Filipenses. E isso pode ser exatamente o que Deus quer também de você: que você colha os frutos da tribulação, indo adiante, sem remoer as dores que já ficaram para trás.
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