Palavra do leitor
- 17 de junho de 2013
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Deram o primeiro passo: sSairam do armário!
Este é um assunto que eu vinha evitando, tendo em vista que tenho testemunhos pessoais de rigoroso respeito e amor cristão pelas pessoas, e não gostaria de tratar da matéria de modo grosseiro, leviano e de dedo em riste, com faz a maioria.
Lembro-me, p. ex., de dezembro de 1960 quando me apresentei ao Exército, para exames de saúde, com vistas a servir às Forças Armadas. Não fui incorporado devido ao pequeno peso, era bem magrinho.
Mas havia, na fila, aguardando a vez, cerca de 80 garotos, como eu, desnudos e descalços.
Todavia, entre os candidatos, havia um rapaz homossexual, muito envergonhado diante daquela turma toda; havia cochichos entre 2 ou 3 aqui, mais 2 ou 3 no meio da fila, e igual número no final, mas, em momento algum, nenhum de nós ousou desrespeitar aquele rapaz tão deslocado em relação aos demais.
Era uma época em que não havia “discursos” pró isso ou pró aquilo, mas havia respeito mútuo, fosse qual fosse a situação ou o problema.
Terminados os exames alguns foram dispensados, outros agendados para serem incorporados.
Sai do quartel para o ponto de ônibus quase que acompanhado de perto por aquele rapaz [parecia que ele buscava uma proteção!], que tomou a mesma condução que eu.
Embora tímido, como sempre fui, cumprimentei aquele menino, respeitosamente, sem dar a entender que sabia o que ele vivia e que hoje chamam de “opção sexual”.
Não o convidei para ir à Igreja, não lhe dei um folheto, e não disse a ele sobre a importância de uma vida com Deus no controle dos nossos atos; nunca mais o vi.
Em novembro de 1972, já casado e com filhos, mudamos de Juiz de Fora para São Paulo, convidado pelo Diretor Geral da Empresa, na qual trabalhei por 44 anos, para exercer um cargo de chefia de um dos Departamentos da Administração Geral.
Havia ali uma funcionária que, disseram-me, era garota de programa [à época a denominação era outra e mais pesada]. Uns dois meses após trouxeram-me o pedido de demissão dela para que eu desse o acordo.
Minutos depois ela adentrou à minha sala e disse, em lágrimas: “Vim me despedir do senhor, para agradecer-lhe muito, pois é a primeira vez em minha vida que tive a oportunidade de conversar com um ‘chefe’ sem que houvesse, de sua parte, qualquer indício de ‘segundas intenções’; toda vez que entrei aqui, para tratar de assuntos do serviço, recebi atenção e tratamento dignos e sem desrespeito, sem quaisquer insinuações maldosas, como sempre ocorreu em outras empresas e com chefes anteriores”.
Para glória de Deus, e não minha, tive um colega de trabalho que contraiu HIV; em uma 5ª feira me avisaram que o médico disse que ele não passaria de sábado.
Fui imediatamente ao Hospital. Quando entrei no quarto ele se assustou, conversamos e, antes de sair orei por ele com imposição de mão [outro susto dele]. No sábado, recebi a notícia que ele havia se recuperado e tido alta.
Algumas semanas após retornou ao serviço [só esperou engordar um pouco], e, após alguns meses, teve uma recaída, voltou ao Hospital e pediu: “não me visitem, nem orem por mim, estou cansado e quero partir”. De fato, faleceu, mas salvo, pois recebeu o Senhor Jesus naquela oração por ele!
Outros casos houve, mas o espaço aqui é limitado.
As histórias, verídicas, entraram aqui para ilustrar o texto no sentido de direcioná-lo à necessidade que temos não só de respeitar o ser humano, seja ele o que for, mas não deixar de passar a ele a mensagem que recebemos da parte do Deus único, verdadeiro e eterno, cuja palavra é para sempre [o que não fiz nas duas histórias].
Deus abomina o pecado, mas ama o pecador, o que provou com toda a sua misericórdia, enviando o seu Filho unigênito para morte de cruz, para que todo o que nele crê (Jo 3. 16) não pereça mas tenha a vida eterna; sendo necessário que o Senhor Jesus seja recebido, individualmente, mediante a fé, por cada um de nós, no coração, para termos o direito de passarmos a ser considerados filhos de Deus, família de Deus (Jo. 1. 12-13).
Nós, também, temos que abominar o pecado [que é tudo o que desagrada o coração de Deus], mas temos que amar o pecador (I Jo. 3. 16), e levar a ele o Evangelho do Senhor e Salvador Jesus, quer seja oportuno, quer não, conforme ensinamento em nome de Deus, que Paulo ministrou a Timóteo (II Tm 4. 2-5).
Já disse em outro texto que não é a Igreja, não é o padre, não é o pastor, não é o bispo, e nem é o papa que cria normas, leis, mandamentos; todos nós estamos pregando a Palavra de Deus, entregue a nós para ser testemunhada até aos confins do mundo (At. 1. 8) para que todos sejam salvos, conforme é da vontade do Pai (II Pe. 3. 9).
E para se alcançar a salvação há um só Caminho, o Senhor Jesus (Jo. 14. 6); cabe a nós, na condição de pecadores: confessar o pecado, arrependermo-nos, receber o Senhor Jesus, e obedecê-lo abandonando o pecado (Pv 28. 13).
“Sair do armário” expressão usada hodiernamente, corresponde, até certo ponto, ao primeiro passo [confessar].
Dê os passos seguintes e serás salvo!
Lembro-me, p. ex., de dezembro de 1960 quando me apresentei ao Exército, para exames de saúde, com vistas a servir às Forças Armadas. Não fui incorporado devido ao pequeno peso, era bem magrinho.
Mas havia, na fila, aguardando a vez, cerca de 80 garotos, como eu, desnudos e descalços.
Todavia, entre os candidatos, havia um rapaz homossexual, muito envergonhado diante daquela turma toda; havia cochichos entre 2 ou 3 aqui, mais 2 ou 3 no meio da fila, e igual número no final, mas, em momento algum, nenhum de nós ousou desrespeitar aquele rapaz tão deslocado em relação aos demais.
Era uma época em que não havia “discursos” pró isso ou pró aquilo, mas havia respeito mútuo, fosse qual fosse a situação ou o problema.
Terminados os exames alguns foram dispensados, outros agendados para serem incorporados.
Sai do quartel para o ponto de ônibus quase que acompanhado de perto por aquele rapaz [parecia que ele buscava uma proteção!], que tomou a mesma condução que eu.
Embora tímido, como sempre fui, cumprimentei aquele menino, respeitosamente, sem dar a entender que sabia o que ele vivia e que hoje chamam de “opção sexual”.
Não o convidei para ir à Igreja, não lhe dei um folheto, e não disse a ele sobre a importância de uma vida com Deus no controle dos nossos atos; nunca mais o vi.
Em novembro de 1972, já casado e com filhos, mudamos de Juiz de Fora para São Paulo, convidado pelo Diretor Geral da Empresa, na qual trabalhei por 44 anos, para exercer um cargo de chefia de um dos Departamentos da Administração Geral.
Havia ali uma funcionária que, disseram-me, era garota de programa [à época a denominação era outra e mais pesada]. Uns dois meses após trouxeram-me o pedido de demissão dela para que eu desse o acordo.
Minutos depois ela adentrou à minha sala e disse, em lágrimas: “Vim me despedir do senhor, para agradecer-lhe muito, pois é a primeira vez em minha vida que tive a oportunidade de conversar com um ‘chefe’ sem que houvesse, de sua parte, qualquer indício de ‘segundas intenções’; toda vez que entrei aqui, para tratar de assuntos do serviço, recebi atenção e tratamento dignos e sem desrespeito, sem quaisquer insinuações maldosas, como sempre ocorreu em outras empresas e com chefes anteriores”.
Para glória de Deus, e não minha, tive um colega de trabalho que contraiu HIV; em uma 5ª feira me avisaram que o médico disse que ele não passaria de sábado.
Fui imediatamente ao Hospital. Quando entrei no quarto ele se assustou, conversamos e, antes de sair orei por ele com imposição de mão [outro susto dele]. No sábado, recebi a notícia que ele havia se recuperado e tido alta.
Algumas semanas após retornou ao serviço [só esperou engordar um pouco], e, após alguns meses, teve uma recaída, voltou ao Hospital e pediu: “não me visitem, nem orem por mim, estou cansado e quero partir”. De fato, faleceu, mas salvo, pois recebeu o Senhor Jesus naquela oração por ele!
Outros casos houve, mas o espaço aqui é limitado.
As histórias, verídicas, entraram aqui para ilustrar o texto no sentido de direcioná-lo à necessidade que temos não só de respeitar o ser humano, seja ele o que for, mas não deixar de passar a ele a mensagem que recebemos da parte do Deus único, verdadeiro e eterno, cuja palavra é para sempre [o que não fiz nas duas histórias].
Deus abomina o pecado, mas ama o pecador, o que provou com toda a sua misericórdia, enviando o seu Filho unigênito para morte de cruz, para que todo o que nele crê (Jo 3. 16) não pereça mas tenha a vida eterna; sendo necessário que o Senhor Jesus seja recebido, individualmente, mediante a fé, por cada um de nós, no coração, para termos o direito de passarmos a ser considerados filhos de Deus, família de Deus (Jo. 1. 12-13).
Nós, também, temos que abominar o pecado [que é tudo o que desagrada o coração de Deus], mas temos que amar o pecador (I Jo. 3. 16), e levar a ele o Evangelho do Senhor e Salvador Jesus, quer seja oportuno, quer não, conforme ensinamento em nome de Deus, que Paulo ministrou a Timóteo (II Tm 4. 2-5).
Já disse em outro texto que não é a Igreja, não é o padre, não é o pastor, não é o bispo, e nem é o papa que cria normas, leis, mandamentos; todos nós estamos pregando a Palavra de Deus, entregue a nós para ser testemunhada até aos confins do mundo (At. 1. 8) para que todos sejam salvos, conforme é da vontade do Pai (II Pe. 3. 9).
E para se alcançar a salvação há um só Caminho, o Senhor Jesus (Jo. 14. 6); cabe a nós, na condição de pecadores: confessar o pecado, arrependermo-nos, receber o Senhor Jesus, e obedecê-lo abandonando o pecado (Pv 28. 13).
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