Palavra do leitor
- 21 de setembro de 2016
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Déja Vu
Os povos e sua frágil liberdade: recorrem ao extremismo como recurso único de autopreservação. A Turquia radicalizando com os golpistas; Europeus versus Refugiados; Reino Unido fora da UE; Rússia ressuscitando o cerceamento da URSS (copiando o firewall chinês); O republicano Trump arrepiando a liberal democracia norte americana (e seu quintal: o mundo); Até no Brasil uma maré vermelha nos Três Poderes tentou impor limites à imprensa e ao Marco Civil da Internet...
Para a geração Y tais mudanças representam o que há de mais retrógrado na humanidade; para os místicos New Age é o recrudescimento marginal a Aquarius; para alguns protestantes e evangélicos é o risco apocalíptico sob o caudilhismo do Anticristo. De maneira não menos cristã e sem excessos há algo nos bastidores: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi...” (Ec 3:15) Passando ao largo, terroristas de carteirinha ou lobos solitários da violência se proliferam por aí.
Contudo, o liberalismo sociocultural parece uma onda quebrando na praia do déja vu evangelical. Houve um curto período (no Brasil, anterior a Edir Macedo e seus análogos; nos EUA, antes de 1940) em que o Evangelho de Cristo não era associado a uma entidade religiosa, apesar do protestantismo ou catolicismo. Alguns recebiam (ou não) a Palavra de Deus de maneira simples, não obstante o rótulo de “pregador” ser atribuído. Lá, no país de A.W.Tozer *, outra forma de “autoritarismo” era denunciada; aquela que se configurava no início do século vinte e já se contextualizara em outras épocas, assim como nos dias de hoje: a super autoridade do clérigo.
Quanto à impositiva gestão clerical (TOZER, 2007, p.39) escreveu: “A posição atual de Cristo nas igrejas evangélicas pode ser comparada à de um rei numa monarquia limitada, constitucional. O rei (algumas vezes despersonalizado pelo termo "a Coroa") não passa em tal país de um símbolo agradável de unidade e lealdade, tal como uma bandeira ou hino nacional. Ele é louvado, festejado e sustenta¬do, mas sua autoridade como rei é insignificante. De maneira nomi¬nal lidera a todos, mas nas horas de crise alguém mais toma as de¬cisões. Nas ocasiões solenes aparece em suas roupagens reais a fim de pronunciar o discurso insípido, incolor, colocado em seus lábios pelos verdadeiros senhores do país. Toda a situação pode não passar de um faz-de-conta inócuo, mas tem suas raízes no passado e nin¬guém quer desistir dele”. Ainda alerta (p.41):
“... A autoridade de Cristo é ignorada a fim de manter uma entidade que ensina, entre outras coi¬sas, a autoridade de Cristo. As causas que produziram o declínio da autoridade do Senhor são várias... Uma delas é o poder do costume precedente e tradição nos grupos religiosos mais antigos. Como a lei da gravitação, essas coisas afetam cada elemento da prática religiosa dentro do grupo, exercen¬do uma pressão firme e constante em uma direção. Essa direção, como é natural, é a da conformidade com o estado de coisas, o status quo. O costume e não Cristo é senhor nesta situação. E a mesma condição foi transmitida (talvez num grau um pouco menor) a outras igrejas, tais como os tabernáculos, as holiness churches, as igrejas pentecostais e fundamentais e as muitas igrejas indepen¬dentes e não-denominacionais que se veem por toda parte”. (Citações com mais de 50 anos: No Brasil a cristandade “se vira” do mesmo jeito)
*Aiden Wilson Tozer nasceu em 1897, Pennsylvania/EUA. Alguns Livros: À Procura de Deus;Como Provar os Espíritos;O Melhor de A.W. Tozer (Mundo Cristão-p.39,41)
Para a geração Y tais mudanças representam o que há de mais retrógrado na humanidade; para os místicos New Age é o recrudescimento marginal a Aquarius; para alguns protestantes e evangélicos é o risco apocalíptico sob o caudilhismo do Anticristo. De maneira não menos cristã e sem excessos há algo nos bastidores: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi...” (Ec 3:15) Passando ao largo, terroristas de carteirinha ou lobos solitários da violência se proliferam por aí.
Contudo, o liberalismo sociocultural parece uma onda quebrando na praia do déja vu evangelical. Houve um curto período (no Brasil, anterior a Edir Macedo e seus análogos; nos EUA, antes de 1940) em que o Evangelho de Cristo não era associado a uma entidade religiosa, apesar do protestantismo ou catolicismo. Alguns recebiam (ou não) a Palavra de Deus de maneira simples, não obstante o rótulo de “pregador” ser atribuído. Lá, no país de A.W.Tozer *, outra forma de “autoritarismo” era denunciada; aquela que se configurava no início do século vinte e já se contextualizara em outras épocas, assim como nos dias de hoje: a super autoridade do clérigo.
Quanto à impositiva gestão clerical (TOZER, 2007, p.39) escreveu: “A posição atual de Cristo nas igrejas evangélicas pode ser comparada à de um rei numa monarquia limitada, constitucional. O rei (algumas vezes despersonalizado pelo termo "a Coroa") não passa em tal país de um símbolo agradável de unidade e lealdade, tal como uma bandeira ou hino nacional. Ele é louvado, festejado e sustenta¬do, mas sua autoridade como rei é insignificante. De maneira nomi¬nal lidera a todos, mas nas horas de crise alguém mais toma as de¬cisões. Nas ocasiões solenes aparece em suas roupagens reais a fim de pronunciar o discurso insípido, incolor, colocado em seus lábios pelos verdadeiros senhores do país. Toda a situação pode não passar de um faz-de-conta inócuo, mas tem suas raízes no passado e nin¬guém quer desistir dele”. Ainda alerta (p.41):
“... A autoridade de Cristo é ignorada a fim de manter uma entidade que ensina, entre outras coi¬sas, a autoridade de Cristo. As causas que produziram o declínio da autoridade do Senhor são várias... Uma delas é o poder do costume precedente e tradição nos grupos religiosos mais antigos. Como a lei da gravitação, essas coisas afetam cada elemento da prática religiosa dentro do grupo, exercen¬do uma pressão firme e constante em uma direção. Essa direção, como é natural, é a da conformidade com o estado de coisas, o status quo. O costume e não Cristo é senhor nesta situação. E a mesma condição foi transmitida (talvez num grau um pouco menor) a outras igrejas, tais como os tabernáculos, as holiness churches, as igrejas pentecostais e fundamentais e as muitas igrejas indepen¬dentes e não-denominacionais que se veem por toda parte”. (Citações com mais de 50 anos: No Brasil a cristandade “se vira” do mesmo jeito)
*Aiden Wilson Tozer nasceu em 1897, Pennsylvania/EUA. Alguns Livros: À Procura de Deus;Como Provar os Espíritos;O Melhor de A.W. Tozer (Mundo Cristão-p.39,41)
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