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Palavra do leitor

Deixem que Deus se defenda!

A questão religiosa está como pano de fundo em inúmeros conflitos, seja por uma ação direta, supostamente em defesa de Deus, seja como consequência da forma de pensar Deus. A violência impera em todos os sentidos e em todas as áreas de nossa existência e, na maioria dos casos, os envolvidos são religiosos, alguns se justificando como defensores dos interesses de Deus.

Quanta guerra, quanta luta, quanta insatisfação é gerada por afirmações e contra-afirmações que dizem respeito a Deus. Alguns cristãos, favoráveis e conscientes de Sua existência, confundindo a propagação do evangelho com a imposição de vontade, atacam aqueles que não aceitam a existência ou os conceitos divinos estabelecidos na Bíblia Sagrada. Semelhantes aos fundamentalistas imaginam estarem lutando as guerras de Deus.

Nada mais incongruente. Como pode um Ser Todo-Poderoso, depender de reles mortais para se impor ou estabelecer Sua vontade? Será que não percebemos que, quando agimos assim, depreciamos Deus invés de dignificá-lo? Será que não ouvimos Deus em nossos corações dizendo insistentemente: PAREM DE GUERREAR! PAREM DE SE MATAR!? Não há qualquer justificativa para tanta beligerância em nome de Deus.

Quando a Bíblia fala das guerras protagonizadas pelo “povo de Deus”, basta uma olhada mais apurada para perceber que o objetivo pretendido era o estabelecimento de uma nação, ou seja, os beneficiados eram o próprio “povo de Deus” e não o Deus do povo. Era lutar por eles mesmos. Até mesmo quando fala da guerra espiritual menciona que devemos utilizar peças de defesa, quando “nós” somos atacados, para fins de resistência pessoal. Já a arma de ataque, a espada do Espírito, é utilizada para “salvação”, ou seja, em benefício de outros (Ef. 6:11-18). Paulo enfatiza que nossa guerra não era contra a carne ou o sangue, não era e não é contra as pessoas, citando, ainda, que nossas armas eram espirituais e poderosas em Deus para destruição de fortalezas (espirituais).

O que a história humana nos mostra é que, muito do problema é causado pelo religiosos que iniciam suas vidas em Deus, mas, à proporção que o tempo passa, caem na armadilha do “já O conheço suficientemente”. Daí, vem a inversão. A boa mensagem, que vem do trono de Deus para nossos corações, é colocada de lado, dando lugar a má mensagem, que parte do nosso coração para o trono de Deus e para as pessoas. Como nosso coração é mau... Não é por esta razão que alguns dizem que Deus só lhe abençoa se você der ou fizer alguma coisa para Ele? Pense: “o menor é abençoado e defendido pelo maior ou o maior é abençoado e defendido pelo menor?”

Ah! Os religiosos profissionais, merecidamente, tão criticados por Jesus, começam a “falar e pensar o que Deus não fala e não pensa”. Eles, os profissionais, não entendem Deus, pois, para entendê-lo, devem se permitir mudar o coração mau em um bom coração (Jo.3:3-16). Estes profissionais desenvolvem, consciente ou inconscientemente, a idéia de que Deus precisa das nossas guerras para se impor e ser respeitado como Deus.

O que há por trás desta forma de pensar é a tentativa de excluir nossas responsabilidades, é ”buscar em Deus” a desculpa para nosso mau coração. O apóstolo Tiago nos desmascara quando informa o pano de fundo de nossas guerras e pelejas. “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Ainda acrescenta que tudo é causado pela cobiça e inveja (Tg. 4:1,2).

O Ser humano busca se esconder em Deus, porque é mais fácil e acomoda mais quando nos dizemos defender “Deus”. Assim sendo, estupidez e intolerância é praticada porque pretende-se estabelecer o reino de Deus na terra, impondo aos demais homens ritos e conceitos que supostamente Deus quer. Para que isto aconteça, acham-se no direito de utilizar todos os meios imagináveis e inimagináveis, até mesmo cruéis. Na verdade, insanidade.

Quando examinamos o “Espírito” dos escritos sagrados, constatamos a grande distância entre a mensagem e alguns dos seus humanos mensageiros. Invariavelmente, o que nos é apresentado é um Deus que não faz acepção de pessoas, que ama a todos, e que respeita o livre arbítrio de suas criaturas. Nós, no entanto, discriminamos, odiamos e violamos o direito dos outros.

A mesma Bíblia que nos estimula a desejar amar e respeitar Deus, apela aos que O segue que amem seus amigos e, também, seus inimigos. Isto pressupõe a não utilização de palavras e ações que firam o outro em sua integridade física, moral e espiritual, incluso aí, o dever de respeitar o direito que outros possuem de não acreditar, discordar e não aceitar. Seria como se Deus dissesse: “Não briguem por mim, deixem que Eu mesmo me defendo e, através do meu Espírito, posso “convencê-los” do pecado, da justiça, do juízo”.

Se realmente ouvimos e desejamos seguir os princípios divinos, precisamos entender que Deus prefere a convergência e não a divergência em torno de seu Nome.
Salvador - BA
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