Palavra do leitor
- 28 de janeiro de 2013
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Deixem o Natal chegar!
Neste último Natal, tive o privilégio de escrever uma mensagem para todos os meus vizinhos e numa das noites de dezembro a Alzenir minha esposa e minha filha Aninha ajudaram a enrolar as mensagens, como um pergaminho e o prenderam com lacinhos de presente então em uma das noites de dezembro , na calada da noite eu pude finalmente entregar esta mensagem nas 102 casas do meu condomínio. Às vezes, gestos simples podem dizer muito e com muito pouco a vida das pessoas pode ser abençoada. Transcrevo a seguir a mensagem compartilhada neste natal.
Deixem o Natal chegar!
Mas a terra que andava aflita não permanecerá na obscuridade.
Quase levei um susto ao perceber, aqui no condomínio as primeiras luzes de Natal. O ano passou tão depressa... Às vezes nem conseguimos refletir.
Lembro-me do Natal, especialmente, os da minha infância. Em nossa casa não tínhamos o hábito de trocar presentes, mas reuníamos toda a família para a ceia. Comíamos peru, farofa, arroz, maionese e é claro panetone. Eu não sabia muito bem para que o panetone servia, mas meus pais me faziam come-lo mesmo assim... Comia-o meio a contra gosto, mas antes arrancava todas as frutas cristalizadas, não sei bem por que, mas eu me lembro destas coisas...
Em nossa casa recebíamos também algumas pessoas, amigos que distantes de suas famílias, encontravam em nós a família que eles poderiam ter naquele momento.
No Natal, aprendi sobre solidariedade, pois nesta época, quando adolescente, participei de alguns projetos sociais, visitando realidades bem diferentes da minha, aprendi que para muita gente o Natal não é tão farto assim, que existem carências profundas neste mundo e realidades que não são tão fáceis de compreender.
Descobri quando criança que o Natal é a data do nascimento de Jesus, e quando jovem ao estudar história e teologia que não é bem assim... Jesus de fato nasceu e o seu nascimento é um marco para história e cultura humana e segundo creio, ele é o Deus encarnado. Mas segundo estudos, o nascimento de Jesus teria se dado em outra época, a data exata seria incerta. Até mesmo o ano do seu nascimento estaria defasado. A convenção do Natal seria uma adaptação de uma antiga celebração romana... Creio que isto também seja verdade, mas com o tempo, esta foi à data separada para celebrar-se o nascimento de Jesus.
Alguns são contra presépios, árvores, presentes e luzes nesta data, pelas mais diversas razões... Para alguns a comemoração seria uma incoerência, pois com tanta miséria, com tanta injustiça para que celebrarmos uma festa?
Este é o pensamento até mesmo entre alguns cristãos. São contra as festividades e tradições que envolvem esta data. Criticam o consumismo, envolvendo o período, criticam o sincretismo.
Considero todas estas objeções, mas não compartilho desta visão negativa. O verdadeiro Natal não pode ser ofuscado, pois a sua maior finalidade consiste em fazer-nos lembrar...
Lembrarmos que dentro da gente ainda existe aquela criança que se encanta com luzes, e que retira frutas cristalizadas do panetone .
Lembrarmos que nunca estamos sozinhos no meio das nossas dores e medos, existe mais alguém que é real e se importa conosco... Lembrarmos que nem sempre a vida precisa ser tão frenética, tão corrida, podemos parar e considerar um pouco aquilo que de fato é importante.
Lembrarmos que a Luz brilhou dissipando as trevas, trazendo vida ao cenário desolado do mundo. Lembrar-nos que pelo menos uma vez no ano, podemos todos celebrar a vida e a vinda de Deus ao mundo. Lembrarmos que o Eterno decidiu se revelar no rosto de um bebê, que neste momento, não faz diferença se somos ricos ou pobres, mas apenas se estamos abertos para recebê-lo em nossos lares. Pois uma casa humilde pode vir a ser um palácio, se nela estiver abrigado, o Rei dos Reis.
Por isto, meus caros vizinhos não percam esta oportunidade, decorem as suas casas, reúnam-se com os seus amigos, sejam solidários, comemorem com presentes, façam o que estiver ao seu alcance, deixem o Natal chegar.
Dos seus vizinhos,
Manoel, Alzenir e Anninha
Deixem o Natal chegar!
Mas a terra que andava aflita não permanecerá na obscuridade.
Quase levei um susto ao perceber, aqui no condomínio as primeiras luzes de Natal. O ano passou tão depressa... Às vezes nem conseguimos refletir.
Lembro-me do Natal, especialmente, os da minha infância. Em nossa casa não tínhamos o hábito de trocar presentes, mas reuníamos toda a família para a ceia. Comíamos peru, farofa, arroz, maionese e é claro panetone. Eu não sabia muito bem para que o panetone servia, mas meus pais me faziam come-lo mesmo assim... Comia-o meio a contra gosto, mas antes arrancava todas as frutas cristalizadas, não sei bem por que, mas eu me lembro destas coisas...
Em nossa casa recebíamos também algumas pessoas, amigos que distantes de suas famílias, encontravam em nós a família que eles poderiam ter naquele momento.
No Natal, aprendi sobre solidariedade, pois nesta época, quando adolescente, participei de alguns projetos sociais, visitando realidades bem diferentes da minha, aprendi que para muita gente o Natal não é tão farto assim, que existem carências profundas neste mundo e realidades que não são tão fáceis de compreender.
Descobri quando criança que o Natal é a data do nascimento de Jesus, e quando jovem ao estudar história e teologia que não é bem assim... Jesus de fato nasceu e o seu nascimento é um marco para história e cultura humana e segundo creio, ele é o Deus encarnado. Mas segundo estudos, o nascimento de Jesus teria se dado em outra época, a data exata seria incerta. Até mesmo o ano do seu nascimento estaria defasado. A convenção do Natal seria uma adaptação de uma antiga celebração romana... Creio que isto também seja verdade, mas com o tempo, esta foi à data separada para celebrar-se o nascimento de Jesus.
Alguns são contra presépios, árvores, presentes e luzes nesta data, pelas mais diversas razões... Para alguns a comemoração seria uma incoerência, pois com tanta miséria, com tanta injustiça para que celebrarmos uma festa?
Este é o pensamento até mesmo entre alguns cristãos. São contra as festividades e tradições que envolvem esta data. Criticam o consumismo, envolvendo o período, criticam o sincretismo.
Considero todas estas objeções, mas não compartilho desta visão negativa. O verdadeiro Natal não pode ser ofuscado, pois a sua maior finalidade consiste em fazer-nos lembrar...
Lembrarmos que dentro da gente ainda existe aquela criança que se encanta com luzes, e que retira frutas cristalizadas do panetone .
Lembrarmos que nunca estamos sozinhos no meio das nossas dores e medos, existe mais alguém que é real e se importa conosco... Lembrarmos que nem sempre a vida precisa ser tão frenética, tão corrida, podemos parar e considerar um pouco aquilo que de fato é importante.
Lembrarmos que a Luz brilhou dissipando as trevas, trazendo vida ao cenário desolado do mundo. Lembrar-nos que pelo menos uma vez no ano, podemos todos celebrar a vida e a vinda de Deus ao mundo. Lembrarmos que o Eterno decidiu se revelar no rosto de um bebê, que neste momento, não faz diferença se somos ricos ou pobres, mas apenas se estamos abertos para recebê-lo em nossos lares. Pois uma casa humilde pode vir a ser um palácio, se nela estiver abrigado, o Rei dos Reis.
Por isto, meus caros vizinhos não percam esta oportunidade, decorem as suas casas, reúnam-se com os seus amigos, sejam solidários, comemorem com presentes, façam o que estiver ao seu alcance, deixem o Natal chegar.
Dos seus vizinhos,
Manoel, Alzenir e Anninha
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