Defraudador de bens alheios

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“Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens. Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela”. Lc16.1,2.

A desonestidade não é nova. Parece que está impregnada em alguns seres humanos. Ela tem feito pessoas perderem o emprego e até levado alguns a responder processos, dependendo da gravidade do caso ou da denúncia de quem se viu prejudicado. Jesus fala de um homem rico que foi informado que seu administrador estava sendo-lhe infiel na administração. O resultado foi a perda do emprego. Nesse caso, o rico não podia perder. Em nome do bem da empresa, perdeu o emprego o trabalhador sem chance de explicações, embora se tratasse de um defraudador.

Ao fazer uma compra em determinado estabelecimento comercial, paguei e teria o troco de R$ 00,1 centavo, mas a moça do caixa me disse que essa moeda não existe. Tudo bem, não atribuí a ela a desonestidade, ela não tinha culpa, porque o sistema operacional é assim. Fiquei pensando no que Jesus falou. O alto capital demitiu o defraudador. Hoje mudou de lado o perdedor. Milhões de brasileiros deixam todos os dias centavos em nome do sistema operacional que aprendeu falar “não tem troco”.

Entendo que Jesus valoriza a honestidade. E você que é leitor desse texto não pense que estou querendo consertar o mundo nem o sistema operacional. Ele não tem culpa, só tem comando. Estou pensando apenas em nossa vida cristã, no nosso serviço no reino, no nosso testemunho diante dos homens, nas pequenas coisas que fazemos. O texto completo é Lc16.1-13. Após o desonesto usar de estratégias para receber aplausos de comparsas, Jesus estreita o discurso e diz sobre a necessidade de ser fiel e põe o homem para pensar como tomar sua própria decisão sobre sua postura. “Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?” Lc16.12

Muito tempo antes de Jesus falar sobre honestidade, o profeta Isaías já insistia no assunto e dizia: “Os teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. Is1.23 Os discípulos de Jesus foram instruídos em primeiro lugar, mas a mensagem de honestidade e fidelidade chegou até nós e precisamos dela para receber o que é nosso: O CÉU. Centavos são moedas insignificantes, mas são de quem as ganhou. Jesus disse ainda: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.” Lc16.10. As questões do reino de Deus são justas, por isso Jesus reprovou a atitude desse administrador defraudador de bens alheios.

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Opinião do leitor