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Palavra do leitor

De ovnis, ets, bules que voam e o arrebatamento

Visões são reais. Ezequiel é um exemplo. Capítulo 3 diz ter sido levado até ao rio Quebar e outros lugares no Iraque. O Espírito o enviou aos cativos com uma voz de grande estrondo e o ruído de asas, de rodas.

No capítulo 10 e 22 asas, barulho de rodas, semelhança de mão de homem (dedo de um ET ou Luva de piloto de jato?), tudo com um colorido de 'berilo', cristal de alumínio, coloração translúcida, transparente. Seria o fogo das turbinas de um jato? Disco voador?
O aspecto era como se tivesse uma roda no meio de outra roda (trem de pouso?), típico de objetos não identificados também, e tudo cheio de 'olhos' ao redor igual às 'janelinhas' dos discos voadores?

A figura dos ETs está bem identificada durante toda a descrição nesses capítulos, dizem. Inventei?

Pululam na internet um horror de teses evangélicas dizendo que Ezequiel viu isso tudo aí.

A linguagem não fica difícil de enganar evangélico trouxa. Hoje se fala das aparições de objetos não identificados, figuras estranhas, ETs, ÓVNIS. Ezequiel, até pelo próprio nome (‘Deus fortalecerá’), talvez fosse um homem cheio de energia cósmica, um ET espiritual.

Como ele poderia fazer uma descrição dessas, perguntam, tão precisa e pormenorizada de extraterrestres e suas máquinas voadoras?

Podia porque com Deus tudo é possível, até mesmo o impossível, dizem a turba de oligofrênicos. Em linguagem primitiva, claro, ele descreveria parte do aparato tecnológico daquilo a que se compara hoje aos aviões de guerra. Se você não acreditar em ÓVNIS, essa seria a opção: avião.

Descreveria as várias partes dessas máquinas de guerra: asas, rodas e trono coberto por uma abóbada brilhante que em linguagem atual seria o cockpit de um avião?

Discorreria também sobre seres com aparência humana que só podem ser os pilotos dessas aeronaves? O ruído estrondoso e forte dos motores, o fogo visível das turbinas bem como os mísseis que estes aparelhos carregam?

Ezequiel já naquela época também emularia Einstein com a sua teoria da relatividade viajando no espaço e no tempo --- de Tel-Abibe até a Mesopotâmia em um instante?

Outros acham que suas descrições referem-se mesmo a anfíbios e tanques com aquela cúpula giratória. E por aí vai o besteirol evangélico ultraconservador troncho e bronco.

Encantador mesmo é o ARREBATAMENTO que entra aí sorrateiramente. E colocado por baixo da porta da casa do morador dessas bobagens que de manhã percebe que há correspondência revelacional postada na calada da noite.

Alguns milênios depois de Ezequiel, apareceu na Inglaterra um sujeito disposto a suplantar as visões e mandou ver essa brotoeja chamada ARREBATAMENTO.

Em Morgan Edwards (1722-1795) tem-se, "A distância entre a primeira e a segunda ressurreição será de aproximadamente mais de mil anos. [...] Digo aproximadamente mais porque os mortos ressuscitarão e os vivos serão transformados quando Cristo aparecer nos ares... eles subirão ao paraíso [...]. O objetivo [é] julgar os santos ressuscitados...”.

Mas foi J. N. Darby (1800-1881) que teve idéias extravagantes e alucinógenas para valer. A ‘bíblia’ de Scofield que veio depois foi só o glacê no bolo:

1. Renascidos em Cristo seriam ejetados, literalmente, da história;
2. O presente Estado de Israel seria, literalmente, o instrumento de Deus nos ‘últimos dias’;
3. Ele [Darby], literalmente, foi o consolidador do ‘pré-milenarismo’.

Afinal, o que aqueles que acreditam em ÓVINIS, avião a jato e nas visões tresloucadas de Ezequiel, os devaneios de um Darby, as divisões em dispensações de um maníaco (teológico) como Scofield açodado por alguns deslumbrados aqui em muitos artigos de ULTIMATO que acreditam no ARREBATAMENTO têm em comum?

Todos crêem que a Bíblia é a Palavra inspirada. Vão à bíblia e tentam ‘adequá-la’ o mais próximo possível a essa pressuposição de Darby. Fazem com textos bíblicos avulsos o mesmo que menino colecionador faz com figurinhas de jogador de futebol em um álbum.

Em seguida, escolhe-se um modelo teológico que permite combinar as duas coisas; isto é, uma pressuposição (a bíblia é infalível) com um método (literalismo histórico, tanto quanto possível).

A roupagem do marketing para vender o produto pode ser confessional, histórico social, alegórico, só para citar alguns pela via de instituições (igreja, seminários) e pessoas que se vendem não por conhecimento, mas por autoritarismo (agentes televisivos e livrescos). Está feito a mandinga!

Agora é só deixar a imaginação correr livre, leve e solta, mesmo porque não existe aparato acadêmico para dizer que isso ou aquilo está certo ou errado.

Como assim? Assim: tudo o que um ‘estudioso’ disser ou escrever, ter-se-á uma ‘manada’ --- grande ou pequena --- para acreditar nele.

Nada no mérito, mas na ‘autoridade’ de quem diz.

Quem acredita em ÓVNIS, ETs, disco voador, duendes? Quem acreditar que Ezequiel pensou em avião a jato crerá também que um piloto da TAM será subitamente ejetado.

E têm todo o direito.

Tudo é possível ao que crê!
P - RN
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