Palavra do leitor
- 27 de janeiro de 2014
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Da cestinha-creche à carroça coletora [de lixo]
Estamos no século XXI, a humanidade alcançou, há muito, mais uma fase do progresso, da urbanização das pessoas que abandonaram o campo migrando para as cidades, preferencialmente, para os grandes centros.
A humanidade passou por algumas fases, após a idade da pedra, entre outras: a família matriarcal; a patriarcal [com o surgimento da agricultura], pois o marido voltou do trabalho externo [caça e pesca] para o serviço em seu próprio domicílio; nuclear [marido, esposa e filhos] com o advento da indústria, que levou os jovens a migrarem para as cidades; agora, vivemos a era do casal trabalhando fora.
Há os que defendem que as crianças devem crescer sob o amparo da mãe, com os familiares; outros há que defendem a “terceirização” (sic) por entenderem que a criança deve aprender, desde o berço, a socializar-se.
Quando eu trabalhava secularmente, em frente de casa havia um CEI – Centro de Educação Infantil, creche conveniada com a Prefeitura; ao sair para o trabalho, antes das 7 horas, os pais chegavam com cestinhas, as quais continham os seus bebês. Quando eu voltava do trabalho, por volta de 18:30 hs, chegavam os pais e recolhiam suas crianças para o retorno ao lar. Eu sempre dizia, lendo a placa do CEI de um modo diferente: “casa do menor abandonado!”
Em um dos meus livros contei essa história, em 2001, sobre essa situação à qual as famílias se submetem para que o orçamento doméstico [despesas] caiba na renda familiar, e esta não se esgote antes do salário seguinte.
Hoje definição de um padrão de família já não mais há; temos as mais variadas formações familiares, envolvendo terceiras pessoas, resultado das separações, quando passam a conviver, por exemplo, marido, 2ª. esposa [3ª., etc.] e vice-versa, filhos (as) do 1º. matrimônio e seguintes.
Por derradeiro, já admitidas em várias nações civilizadas, surgem as famílias em que o casal, não é, necessariamente, de homem com mulher, pois surgiram as uniões homo-afetivas, com as consequentes adoções de filhos toleradas pela sociedade.
Pergunta-se, entre os que nos opomos a essa degradação moral, “o que aprenderão essas crianças?” O que entenderão elas como padrão familiar, como costumes sadios, bem como éticos, morais e espirituais?
Os CEI’s entram em férias no final de dezembro, e em janeiro e julho estão em recesso, quando pais e mães têm que achar outra solução para que os filhos sejam cuidados, enquanto trabalham.
Agora, janeiro/2014, segundo a Prefeitura de SP, as famílias foram avisadas que ficariam de plantão 91 polos para as crianças cujas mães não encontrassem companhia para seus filhos.
Todavia, uma senhora jovem, 35 anos, ex-presidiária, Fabiana da Silva, catadora de lixo nas residências dos ricos, talvez não tenha recebido a comunicação da Escola.
Ela passou a levar, em sua carroça, um filho e 3 sobrinhos; assumindo, assim, os riscos inerentes dessa atitude perigosa, face à loucura do trânsito na capital paulista.
Há, ainda, a possibilidade de contaminação por doenças, face ao descuido com a higiene das crianças levadas junto com o lixo na dita carroça (FSP 18.01.2014 C8); segundo ela a coleta ficou limitada face ao espaço ocupado pelas crianças, aumentando também o peso.
Alegou que, na creche de um dos sobrinhos, soube dos plantões, mas que o local designado para ele era longe, não tendo como ir até lá, e que na escola do seu filho menor não houve opção, fecharam e só voltam em fevereiro.
Após as crises [4 vezes na Febem, hoje Fundação Casa, e prisão por roubo, que não praticou] “aprendeu a ter mais respeito pelas coisas. E mais medo também. Ensino aos meninos, diz ela, que a gente tem que trabalhar, suar pra conseguir as coisas” (sic).
Ela é contra a condição de pedinte; para vencer, dignamente, tem que trabalhar.
Em que pese sua ficha corrida, mostra ser uma mulher valorosa!
Parafraseando a gíria: “não quer ganhar o peixe, quer aprender a pescar”, e a duras penas tem enfrentado, sozinha, os embates da vida.
Apesar de todos os óbices, percorre as ruas ouvindo músicas evangélicas [gospel], mas não lhe sobra tempo para congregar em uma igreja; os moradores a chamam de “a moça com a carroça com som.” Fica aí um desafio para que as Igrejas se interessem em ajudá-la.
A AMAS Vila Mariana - Associação Metodista de Ação Social da Igreja Metodista em Vila Mariana tem uma bênção de trabalho nessa área.
Ela está escrevendo um livro, não sabe quando ficará pronto, mas espera tirar dele o sustento e melhores condições de vida para si e para a família [doce ilusão!]. Que haja alguma editora conceituada que a ajude!
É mais um caso desses que tenho apontado, em textos anteriores, de pessoas que se recuperaram, se regeneraram, se reergueram e deram uma guinada de 180 graus em seu “modus-vivendi.”
Por certo, a mão de Deus está sobre ela e suas crianças, pois a sua Palavra diz: “Jamais vi o JUSTO desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37 25).
A humanidade passou por algumas fases, após a idade da pedra, entre outras: a família matriarcal; a patriarcal [com o surgimento da agricultura], pois o marido voltou do trabalho externo [caça e pesca] para o serviço em seu próprio domicílio; nuclear [marido, esposa e filhos] com o advento da indústria, que levou os jovens a migrarem para as cidades; agora, vivemos a era do casal trabalhando fora.
Há os que defendem que as crianças devem crescer sob o amparo da mãe, com os familiares; outros há que defendem a “terceirização” (sic) por entenderem que a criança deve aprender, desde o berço, a socializar-se.
Quando eu trabalhava secularmente, em frente de casa havia um CEI – Centro de Educação Infantil, creche conveniada com a Prefeitura; ao sair para o trabalho, antes das 7 horas, os pais chegavam com cestinhas, as quais continham os seus bebês. Quando eu voltava do trabalho, por volta de 18:30 hs, chegavam os pais e recolhiam suas crianças para o retorno ao lar. Eu sempre dizia, lendo a placa do CEI de um modo diferente: “casa do menor abandonado!”
Em um dos meus livros contei essa história, em 2001, sobre essa situação à qual as famílias se submetem para que o orçamento doméstico [despesas] caiba na renda familiar, e esta não se esgote antes do salário seguinte.
Hoje definição de um padrão de família já não mais há; temos as mais variadas formações familiares, envolvendo terceiras pessoas, resultado das separações, quando passam a conviver, por exemplo, marido, 2ª. esposa [3ª., etc.] e vice-versa, filhos (as) do 1º. matrimônio e seguintes.
Por derradeiro, já admitidas em várias nações civilizadas, surgem as famílias em que o casal, não é, necessariamente, de homem com mulher, pois surgiram as uniões homo-afetivas, com as consequentes adoções de filhos toleradas pela sociedade.
Pergunta-se, entre os que nos opomos a essa degradação moral, “o que aprenderão essas crianças?” O que entenderão elas como padrão familiar, como costumes sadios, bem como éticos, morais e espirituais?
Os CEI’s entram em férias no final de dezembro, e em janeiro e julho estão em recesso, quando pais e mães têm que achar outra solução para que os filhos sejam cuidados, enquanto trabalham.
Agora, janeiro/2014, segundo a Prefeitura de SP, as famílias foram avisadas que ficariam de plantão 91 polos para as crianças cujas mães não encontrassem companhia para seus filhos.
Todavia, uma senhora jovem, 35 anos, ex-presidiária, Fabiana da Silva, catadora de lixo nas residências dos ricos, talvez não tenha recebido a comunicação da Escola.
Ela passou a levar, em sua carroça, um filho e 3 sobrinhos; assumindo, assim, os riscos inerentes dessa atitude perigosa, face à loucura do trânsito na capital paulista.
Há, ainda, a possibilidade de contaminação por doenças, face ao descuido com a higiene das crianças levadas junto com o lixo na dita carroça (FSP 18.01.2014 C8); segundo ela a coleta ficou limitada face ao espaço ocupado pelas crianças, aumentando também o peso.
Alegou que, na creche de um dos sobrinhos, soube dos plantões, mas que o local designado para ele era longe, não tendo como ir até lá, e que na escola do seu filho menor não houve opção, fecharam e só voltam em fevereiro.
Após as crises [4 vezes na Febem, hoje Fundação Casa, e prisão por roubo, que não praticou] “aprendeu a ter mais respeito pelas coisas. E mais medo também. Ensino aos meninos, diz ela, que a gente tem que trabalhar, suar pra conseguir as coisas” (sic).
Ela é contra a condição de pedinte; para vencer, dignamente, tem que trabalhar.
Em que pese sua ficha corrida, mostra ser uma mulher valorosa!
Parafraseando a gíria: “não quer ganhar o peixe, quer aprender a pescar”, e a duras penas tem enfrentado, sozinha, os embates da vida.
Apesar de todos os óbices, percorre as ruas ouvindo músicas evangélicas [gospel], mas não lhe sobra tempo para congregar em uma igreja; os moradores a chamam de “a moça com a carroça com som.” Fica aí um desafio para que as Igrejas se interessem em ajudá-la.
A AMAS Vila Mariana - Associação Metodista de Ação Social da Igreja Metodista em Vila Mariana tem uma bênção de trabalho nessa área.
Ela está escrevendo um livro, não sabe quando ficará pronto, mas espera tirar dele o sustento e melhores condições de vida para si e para a família [doce ilusão!]. Que haja alguma editora conceituada que a ajude!
É mais um caso desses que tenho apontado, em textos anteriores, de pessoas que se recuperaram, se regeneraram, se reergueram e deram uma guinada de 180 graus em seu “modus-vivendi.”
Por certo, a mão de Deus está sobre ela e suas crianças, pois a sua Palavra diz: “Jamais vi o JUSTO desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37 25).
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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