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Palavra do leitor

Cura e rendição na entrada de Cafarnaum

A tropa marcha resoluta para cumprir mais uma missão de segurança, talvez reprimir uma nova rebelião de grupos revolucionários, como os zelotes. À frente daquela guarda de soldados especiais está o valente centurião Maximus (nome fictício), um líder militar respeitado. Com seu escudo dourado feito de metal persa, ele se sentia no auge de sua carreira. Seu nome significava "o maior, o grande". Parecia predestinado a ser um defensor e guerreiro imbatível.

Naquele dia, Maximus estava um tanto preocupado pois um dos seus servos estava muito doente. Com o pensamento em casa, ao ver Jesus entrar em Cafarnaum, ele dá ordens para que a tropa estacione e, determinado, se dirige ao Mestre Galileu suplicando-lhe uma cura para seu empregado enfermo. Os soldados, atônitos, parecem não entender o que se passava, afinal, havia uma ordem a ser cumprida e não podiam perder tempo com outros assuntos.

Sensibilizado com o pedido, Jesus promete visitar o criado. Maximus, surpreso, conhecedor da fama de Jesus, preocupado em não incomodá-lo, sugere que apenas "diga uma palavra e o empregado seria curado" (Mt 8). Ao ouvir tais palavras, Jesus se maravilha e diz aos que o acompanham que jamais vira tal fé em Israel. E de maneira graciosa, declara ao centurião que ao voltar para casa veria seu servo já livre da doença.

Muitas lições podem ser tiradas deste incrível relato do encontro entre Cristo e Maximus trazido pelas mãos do outrora cobrador de impostos Mateus, outro que vivera à serviço de Roma antes de se tornar seguidor do nazareno. E uma delas é sobre a necessidade de descermos alguns degraus na vida para que possamos nos tornar mais humanos, e assim, estarmos mais próximos do projeto que o Criador tem para cada um de nós.

O centurião nos ensina sobre a arte da humildade. Apesar de sua posição social de destaque, um homem preparado para dar ordens e matar o inimigo, certamente condecorado por várias batalhas, ele desce o primeiro degrau na batalha contra o orgulho ao se dirigir a um judeu revelando um coração livre de qualquer preconceito. Fazendo assim, Maximus reconhece sua pequenez diante daquele que já havia conquistado seu coração e lhe aberto os olhos da fé, quem sabe ao ouvi-lo durante o famoso sermão do Monte ou em alguma outra pregação à beira do mar de Tiberíades.

O destemido comandante desce o segundo degrau: ele não apenas pede, mas implora ao profeta de Deus. Porém, nada pede para si mesmo, mas intercede por um escravo, alguém que se encontrava no nível mais baixo da escala social e destituído de cidadania. O que teria acontecido ao centurião romano para demonstrar tão grande amor por alguém tão invisível à sociedade? De onde vinha aquela empatia por alguém tão desvalorizado naquela cultura repleta de altivez e arrogância? Somente uma conversão sincera e profunda explicaria tal comportamento. Apenas o Evangelho poderia ter matado sua sede como aconteceu à mulher samaritana quando passou a entender que "aquele que beber da água que Jesus der nunca terá sede; pelo contrário, a água recebida deste se fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna" (Jo 4.14).

Nosso personagem desceu mais um degrau quando afirmou que ele e sua casa não eram dignos sequer de receber a visita daquele homem de Deus. A consciência do pecado e a certeza da santidade de Deus são os primeiros sintomas daqueles que têm um encontro com Jesus de Nazaré.

O centurião nos ensina que devemos viver continuamente nos despojando de nós mesmos, percebendo a dor do outro e sendo um canal de interseção entre aqueles que jazem à beira do caminho e Jeová Jireh, o Deus Provedor.

No final daquela tarde, algo único aconteceria a uma tropa militar romana. Diante da atitude de despojamento do comandante da centúria, após ouvirem as palavras poderosas do Cristo que ecoaram pelas montanhas e sob uma brisa suave que soprava das campinas ao redor, os soldados se ajoelharam e baixaram suas cabeças. E como que tomados pelo poder do milagre que havia alcançado o servo do centurião, numa atitude de total rendição, algo inconcebível para um guardião romano, começaram a entoar do mais íntimo do coração uma canção de louvor e como um grande coral, cantaram:

Ao único que é digno de receber
A honra e a glória, a força e o poder
Ao Rei eterno e imortal, invisível, mas real
A ele ministramos o louvor
Adoramos o teu nome
Nos rendemos aos teus pés
Consagramos todo nosso ser a ti


Tony - faos.ead@gmail.com
Brasília - DF
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