Palavra do leitor
- 17 de maio de 2020
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Cuidado com o seu "Made in"!
Todo produto tem o seu ‘Made in’, que é a origem, o local de fabricação; trata-se de uma segurança para o comprador quanto à sua qualidade; há certos países cuja fama não é boa em relação aos seus produtos.
Tenho três "Made in":
* fui gerado, nascido, criado em Belo Horizonte até aos 11 anos;
* fui criado educacional e culturalmente, por 21 anos, em Juiz de Fora;
* fui criado, consolidado cultural e profissionalmente em São Paulo por 47 anos; estou na era da decrepitude, quando já se inicia um processo de lapsos de memória; uma pessoa amiga, há 15 anos, ficou brava quando eu disse isso [estou caminhando para a "decrepitude"]; hoje, para os íntimos, me apresento como "pré-idoso".
Todo texto meu tem um "causo" [um caso] - vamos a ele: um amigo da igreja, na faixa etária dos meus filhos, na adolescência, foi com os pais, aos Estados Unidos; viu um tênis lindo, aparentando boa qualidade; pediu aos pais que o comprassem; de volta ao lar, abrindo os pacotes, virou o tênis e leu "Made in Brazil", tendo ficado muito decepcionado, pois a única coisa que era, de fato, estrangeira, naquele produto, era o "z".
Ou seja, saiu do Brasil, foi ao exterior, comprou, supostamente, um produto estrangeiro, um produto de marca, mas adquiriu um produto brasileiro, encontrável aqui em qualquer loja de calçados!
O cuidado com o nosso "Made in" pessoal não deve ser só em relação à gestação, ao nascimento, à moradia, nem quanto ao aspecto cultural; temos que cuidar, cultivar o nosso "Made in" moral, social, ético e, principalmente, espiritual; são esses "Made in" que definem, diante do mundo, quem verdadeiramente somos.
Quando me refiro à vida espiritual, às vezes, sou questionado sobre a razão de eu não dizer "vida religiosa", e explico que, infelizmente, a palavra "religião", no meu parco entendimento, está meio desacreditada; é uma palavra associada a "religiosidade", também tema de pouco crédito, tendo em vista que se pensa em exteriorização de práticas sem interiorização, no coração, na alma.
O Senhor Jesus chamou isso de "túmulos caiados", bonitos por fora, mas não muito saudáveis internamente, no recôndito do coração, da alma, do espírito; por isso falo em vida espiritual, vida cristã, já tendo a oportunidade de afirmar, em meus textos, que vida cristã deve estar presente, em nós, 24 horas por dia, de segunda a segunda; também nisto fui questionado dizendo-se ser impossível viver, 24 horas por dia, uma vida cristã.
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mateus 23. 27).
Chego, até, a entender pois um amigo meu, que se converteu, disse-me que não conta isso aos seus amigos para não ser alvo de chacotas, de zombarias; ora, o Senhor Jesus disse que se nos envergonharmos dele [diante do próximo], também Ele se envergonhará de nós diante do Pai.
Sem querer julgar, o "Made in" desse amigo [religioso] não é suficientemente aceito pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Disse Martinho Lutero: "Quem se envergonha é um falso cristão" [Site Ultimato – Devocional 16.05.20].
O crer no Senhor Jesus implica em renunciar a tudo para segui-lo, inclui aí a [renúncia] da "vergonha" de ser visto como um cristão, melhor dizendo, de ser visto um "religioso"; pois os amigos, os colegas, as pessoas, de um modo quase geral, zombam não dos sentimentos [virtudes], não do fruto do Espírito, mas da "religiosidade", ou seja, da exteriorização de algo que, na realidade, inexiste no recôndito do coração, da alma e do espírito.
Isto me remete à Palavra de Deus, à história do jovem rico: "E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Porque me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu-lhe Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo com a ti mesmo. Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me" (Mateus 19. 16-21).
Esta é a condição, é uma questão de priorizar o reino de Deus; as demais coisas, embora até necessárias, nos serão acrescentadas: "Buscai, pois, em primeiro lugar [prioridade] o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6. 33).
Temos que ter o "made in" do reino, ao nos tornarmos filhos, família de Deus, nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus, quando recebemos o Senhor Jesus, no coração, como único e suficiente Senhor e Salvador (João 1. 12-13).
Pense nisto!
Tenho três "Made in":
* fui gerado, nascido, criado em Belo Horizonte até aos 11 anos;
* fui criado educacional e culturalmente, por 21 anos, em Juiz de Fora;
* fui criado, consolidado cultural e profissionalmente em São Paulo por 47 anos; estou na era da decrepitude, quando já se inicia um processo de lapsos de memória; uma pessoa amiga, há 15 anos, ficou brava quando eu disse isso [estou caminhando para a "decrepitude"]; hoje, para os íntimos, me apresento como "pré-idoso".
Todo texto meu tem um "causo" [um caso] - vamos a ele: um amigo da igreja, na faixa etária dos meus filhos, na adolescência, foi com os pais, aos Estados Unidos; viu um tênis lindo, aparentando boa qualidade; pediu aos pais que o comprassem; de volta ao lar, abrindo os pacotes, virou o tênis e leu "Made in Brazil", tendo ficado muito decepcionado, pois a única coisa que era, de fato, estrangeira, naquele produto, era o "z".
Ou seja, saiu do Brasil, foi ao exterior, comprou, supostamente, um produto estrangeiro, um produto de marca, mas adquiriu um produto brasileiro, encontrável aqui em qualquer loja de calçados!
O cuidado com o nosso "Made in" pessoal não deve ser só em relação à gestação, ao nascimento, à moradia, nem quanto ao aspecto cultural; temos que cuidar, cultivar o nosso "Made in" moral, social, ético e, principalmente, espiritual; são esses "Made in" que definem, diante do mundo, quem verdadeiramente somos.
Quando me refiro à vida espiritual, às vezes, sou questionado sobre a razão de eu não dizer "vida religiosa", e explico que, infelizmente, a palavra "religião", no meu parco entendimento, está meio desacreditada; é uma palavra associada a "religiosidade", também tema de pouco crédito, tendo em vista que se pensa em exteriorização de práticas sem interiorização, no coração, na alma.
O Senhor Jesus chamou isso de "túmulos caiados", bonitos por fora, mas não muito saudáveis internamente, no recôndito do coração, da alma, do espírito; por isso falo em vida espiritual, vida cristã, já tendo a oportunidade de afirmar, em meus textos, que vida cristã deve estar presente, em nós, 24 horas por dia, de segunda a segunda; também nisto fui questionado dizendo-se ser impossível viver, 24 horas por dia, uma vida cristã.
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mateus 23. 27).
Chego, até, a entender pois um amigo meu, que se converteu, disse-me que não conta isso aos seus amigos para não ser alvo de chacotas, de zombarias; ora, o Senhor Jesus disse que se nos envergonharmos dele [diante do próximo], também Ele se envergonhará de nós diante do Pai.
Sem querer julgar, o "Made in" desse amigo [religioso] não é suficientemente aceito pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Disse Martinho Lutero: "Quem se envergonha é um falso cristão" [Site Ultimato – Devocional 16.05.20].
O crer no Senhor Jesus implica em renunciar a tudo para segui-lo, inclui aí a [renúncia] da "vergonha" de ser visto como um cristão, melhor dizendo, de ser visto um "religioso"; pois os amigos, os colegas, as pessoas, de um modo quase geral, zombam não dos sentimentos [virtudes], não do fruto do Espírito, mas da "religiosidade", ou seja, da exteriorização de algo que, na realidade, inexiste no recôndito do coração, da alma e do espírito.
Isto me remete à Palavra de Deus, à história do jovem rico: "E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Porque me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu-lhe Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo com a ti mesmo. Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me" (Mateus 19. 16-21).
Esta é a condição, é uma questão de priorizar o reino de Deus; as demais coisas, embora até necessárias, nos serão acrescentadas: "Buscai, pois, em primeiro lugar [prioridade] o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6. 33).
Temos que ter o "made in" do reino, ao nos tornarmos filhos, família de Deus, nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus, quando recebemos o Senhor Jesus, no coração, como único e suficiente Senhor e Salvador (João 1. 12-13).
Pense nisto!
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