Palavra do leitor
- 03 de julho de 2012
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Críticos e Místicos
Certa vez assistindo um programa de televisão, ouvi de um filósofo algo muito interessante sobre o que é equilíbrio, ele disse que equilíbrio não é andar sobre um muro, isso é não querer envolver-se com nenhuma das partes, falando ainda, disse que um bom exemplo para equilíbrio é andar de bicicleta, ou seja, o equilíbrio se dá pelo movimento, isso mesmo, podemos ir aos extremos e continuarmos equilibrados, em movimento, só caímos quando paramos de nos movimentar.
Hoje ao pararmos um pouco, tirarmos um tempinho para observar a quantas anda a fé, o credo, e a forma de vida do evangelho aqui no Brasil e até mesmo no mundo, noto que dentre muitas coisas, a falta de equilíbrio tem sido berrante. Transparece muitas vezes que homens de mesmo credo, seguidores e servos de um mesmo Deus andam entrincheirados com suas armas de defesas prontas a serem expostas a fim de defenderem a sua bandeira denominacional e teológica.
Deixe-me explicar melhor, no livro de Atos dos Apóstolos (Atos 1:1) encontramos a seguinte citação: Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar. A primeira vista parece uma simples introdução ao livro, mas se aplicarmos um zoom, vemos um quadro bem resumido da forma de exercício do ministério de Jesus Cristo. Lucas estava apresentando para Teófilo que de forma bem prática o ministério de Cristo era o fazer e o ensinar. O fazer diz respeito as ações de Cristo sob a unção do Espírito Santo bem como o ensinar, fazer e ensinar andavam juntos como um trilho de trem, por mais que subam montanhas, atravessem vales, entrem em túneis, percorram curvas, continuam sempre paralelos um ao outro, da mesma distância. Assim, desta forma cristo tanto ensinava quanto fazia.
Agora voltando ao início da conversa, quando permanecemos somente de um lado, ou só valorizando o ensino ou o milagre corremos o sério risco de nos transformarmos em críticos ou místicos. Isso mesmo, de um lado demasiadamente crítico, ignorando completamente o sobrenatural de Deus, negando a divindade de Cristo, atribuindo o poder do Espírito Santo apenas aos limites da era dos apóstolos, tornando cientificamente explicável cada milagre existente na Bíblia, na força da razão e do conhecimento humano, e bem pior do que isso é o pretensioso desprezo aos dons. E da mesma forma, do outro lado, temos o místico, onde tudo é Deus falando, tudo é anjo, é demônio aqui e acolá, sonhos e mais sonhos, e a cada sonho uma enxurrada de visões, sem limites na própria Palavra de Deus.
Bem, parece meio tosco esta forma de ver, mas é a mais pura verdade. A grande maioria das escolas teológicas levanta-se como as novas cruzadas em defesa da fé, onde sempre o desprezível é o outro lado, quem não tem conhecimento, o leigo, é desautorizado hermeneuticamente pelo Criador para anunciar o Evangelho do Reino, onde os nomes de Calvino, Lutero, e outros são mais citados, pregados, defendidos, seguidos do que as verdades fundamentais como salvação, arrependimento, graça e o Senhorio de Cristo.
Já na trincheira dos místicos, as vozes dos anjos e dos profetas, as visões, superam a veracidade inquestionável da Bíblia, o que vale é o resultado, a experiência particular de cada um é a única doutrina a ser proclamada, fazendo dela o árbitro para todas as situações da vida, para o pregador não há limites, revelações e mais revelações, tudo em nome do milagre. O estudo da Palavra é totalmente desprezível, bem como que a estuda, para os místicos o teólogo é alguém totalmente fora do tempo e da vontade de Deus.
Sim, estamos mancos, e bem manquetas, e às vezes com muito ensino e nada de milagres, e em muitas vezes, muitos milagres e nada de ensino. O que ressalto não é um em detrimento do outro, mas a necessidade urgente de ensino e milagres andando lado a lado. Ensinado com milagres e curando com ensino. Aleluia! Que coisa maravilhosa, vivermos num ambiente assim, poderoso no ensino e arrebatador nos milagres. Ser extremista, crítico ou místico, somente deturpa os que nos ouvem, perturba o ambiente, distorce o foco da vida cristã. Ensino e milagre são as duas alavancas que propulsionam o movimento desta poderosa locomotiva chamada Evangelho. Na vida equilibrada da igreja, há lugar de forma sadia para estes dois ofícios que sempre foram os alicerces da fé e desenvolvimento pleno do Evangelho de Cristo.
Quando vejo um mestre, um teólogo, um exegeta, nos reportando aos tempos bíblicos, desmistificando as doutrinas, tornado as claras as verdades fundamentas que eram tão obscuras e turvas, me alegro no Senhor, pois Deus ainda levanta homens assim em nossos dias. Mas também rejubilo com a mesma alegria quando vejo um homem impor as sua mãos sobre um enfermo e ele ser curado pelo poderoso nome de Jesus, ou quando a voz profética traz a confirmação do que a Deus já tem falado em nossos corações.
Hoje ao pararmos um pouco, tirarmos um tempinho para observar a quantas anda a fé, o credo, e a forma de vida do evangelho aqui no Brasil e até mesmo no mundo, noto que dentre muitas coisas, a falta de equilíbrio tem sido berrante. Transparece muitas vezes que homens de mesmo credo, seguidores e servos de um mesmo Deus andam entrincheirados com suas armas de defesas prontas a serem expostas a fim de defenderem a sua bandeira denominacional e teológica.
Deixe-me explicar melhor, no livro de Atos dos Apóstolos (Atos 1:1) encontramos a seguinte citação: Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar. A primeira vista parece uma simples introdução ao livro, mas se aplicarmos um zoom, vemos um quadro bem resumido da forma de exercício do ministério de Jesus Cristo. Lucas estava apresentando para Teófilo que de forma bem prática o ministério de Cristo era o fazer e o ensinar. O fazer diz respeito as ações de Cristo sob a unção do Espírito Santo bem como o ensinar, fazer e ensinar andavam juntos como um trilho de trem, por mais que subam montanhas, atravessem vales, entrem em túneis, percorram curvas, continuam sempre paralelos um ao outro, da mesma distância. Assim, desta forma cristo tanto ensinava quanto fazia.
Agora voltando ao início da conversa, quando permanecemos somente de um lado, ou só valorizando o ensino ou o milagre corremos o sério risco de nos transformarmos em críticos ou místicos. Isso mesmo, de um lado demasiadamente crítico, ignorando completamente o sobrenatural de Deus, negando a divindade de Cristo, atribuindo o poder do Espírito Santo apenas aos limites da era dos apóstolos, tornando cientificamente explicável cada milagre existente na Bíblia, na força da razão e do conhecimento humano, e bem pior do que isso é o pretensioso desprezo aos dons. E da mesma forma, do outro lado, temos o místico, onde tudo é Deus falando, tudo é anjo, é demônio aqui e acolá, sonhos e mais sonhos, e a cada sonho uma enxurrada de visões, sem limites na própria Palavra de Deus.
Bem, parece meio tosco esta forma de ver, mas é a mais pura verdade. A grande maioria das escolas teológicas levanta-se como as novas cruzadas em defesa da fé, onde sempre o desprezível é o outro lado, quem não tem conhecimento, o leigo, é desautorizado hermeneuticamente pelo Criador para anunciar o Evangelho do Reino, onde os nomes de Calvino, Lutero, e outros são mais citados, pregados, defendidos, seguidos do que as verdades fundamentais como salvação, arrependimento, graça e o Senhorio de Cristo.
Já na trincheira dos místicos, as vozes dos anjos e dos profetas, as visões, superam a veracidade inquestionável da Bíblia, o que vale é o resultado, a experiência particular de cada um é a única doutrina a ser proclamada, fazendo dela o árbitro para todas as situações da vida, para o pregador não há limites, revelações e mais revelações, tudo em nome do milagre. O estudo da Palavra é totalmente desprezível, bem como que a estuda, para os místicos o teólogo é alguém totalmente fora do tempo e da vontade de Deus.
Sim, estamos mancos, e bem manquetas, e às vezes com muito ensino e nada de milagres, e em muitas vezes, muitos milagres e nada de ensino. O que ressalto não é um em detrimento do outro, mas a necessidade urgente de ensino e milagres andando lado a lado. Ensinado com milagres e curando com ensino. Aleluia! Que coisa maravilhosa, vivermos num ambiente assim, poderoso no ensino e arrebatador nos milagres. Ser extremista, crítico ou místico, somente deturpa os que nos ouvem, perturba o ambiente, distorce o foco da vida cristã. Ensino e milagre são as duas alavancas que propulsionam o movimento desta poderosa locomotiva chamada Evangelho. Na vida equilibrada da igreja, há lugar de forma sadia para estes dois ofícios que sempre foram os alicerces da fé e desenvolvimento pleno do Evangelho de Cristo.
Quando vejo um mestre, um teólogo, um exegeta, nos reportando aos tempos bíblicos, desmistificando as doutrinas, tornado as claras as verdades fundamentas que eram tão obscuras e turvas, me alegro no Senhor, pois Deus ainda levanta homens assim em nossos dias. Mas também rejubilo com a mesma alegria quando vejo um homem impor as sua mãos sobre um enfermo e ele ser curado pelo poderoso nome de Jesus, ou quando a voz profética traz a confirmação do que a Deus já tem falado em nossos corações.
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