Palavra do leitor
- 06 de abril de 2020
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Cristo em nós (parte 1)
Karl Barth, para alguns o maior teólogo do século 20, para outros apenas um herege que corrompeu a ortodoxia. Mas, para além dessas polêmicas, Barth tem muito a nos oferecer em seus escritos, principalmente para tempos de crise, pois ele viveu e pastoreou durante o período da Primeira e Segunda Guerra mundial. Rompeu com liberalismo que não oferecia uma fé para a vida, lutou contra a tentativa do nazismo de dominar a Igreja alemã e tirou a ortodoxia de sua indiferença com as questões contemporâneas. Entretanto, o que Barth tem para falar em tempos que não são de guerra, mas de pandemia? Provavelmente muito, porém aqui, limita-se a quatro tópicos.
No ano de 1919, Karl Barth, na Conferência Social-Religiosa em Tambach, Alemanha, ministrou sua palestra "O Cristão e a Sociedade", isto é, um ano após o término da Primeira Guerra Mundial. Esta palestra foi publicada no ano seguinte e dela retiramos quatro observações feitas por Barth, para falar de modo orientado aos cristãos e sua relação com a sociedade a qualquer tempo.
Em primeiro, a sociedade não está entregue a si mesma, existe um elemento diferente da sociedade: o cristão. Essa parece ser uma verdade bem óbvia, em tempos de tranquilidade, sossego e sem muitas perturbações. Porém, sempre que essas condições favoráveis mudam e levam a tempos de incertezas, forte perturbações e abalo das estruturas sociais, pergunta-se se a sociedade está entregue apenas a si mesma e sua própria sorte. Neste momento, os ídolos do coração são destruídos, quando o Estado é impotente, a economia caminha para o desastre e nenhuma outra estrutura ou poder social é capaz de apresentar uma solução, aí fica evidente que, ou o cristão é um elemento diferente na sociedade, ou tudo estará perdido. Assim, Barth, apresenta duas verdades óbvias e essenciais: a sociedade não está entregue a si mesma e o cristão é um elemento diferente na sociedade.
O segundo ponto a ser considerado em Barth é que o cristão representa uma promessa. Ele observa como a sociedade segue mecanicamente seu caminho natural na cultura, ciência, família, economia e estado e como esse caminho levou a tão grande catástrofe como a Primeira Guerra Mundial. Segundo Barth, esse caminho e seu resultado levaram a um esclarecimento, um abalo profundo, um ceticismo e desânimo com a vida: os olhos foram abertos para os problemas da vida. Isto levou ao desejo de fuga da sociedade ou por uma nova sociedade, então a ideia do cristão na sociedade passa representar uma promessa. Este é um elemento diferente e novo, verdadeiro, justo, e espiritual, em oposição a tudo que há sociedade de velho, falso, injusto e materialista. Assim o cristão é o representa o prenúncio de um novo tempo, da resolução dos problemas vistos e da mudança que não veio por meio das revoluções e de todas transformações da modernidade. Assim, para Barth, o cristão é a representação da promessa de restauração de todas as coisas.
(Parte 2)
No ano de 1919, Karl Barth, na Conferência Social-Religiosa em Tambach, Alemanha, ministrou sua palestra "O Cristão e a Sociedade", isto é, um ano após o término da Primeira Guerra Mundial. Esta palestra foi publicada no ano seguinte e dela retiramos quatro observações feitas por Barth, para falar de modo orientado aos cristãos e sua relação com a sociedade a qualquer tempo.
Em primeiro, a sociedade não está entregue a si mesma, existe um elemento diferente da sociedade: o cristão. Essa parece ser uma verdade bem óbvia, em tempos de tranquilidade, sossego e sem muitas perturbações. Porém, sempre que essas condições favoráveis mudam e levam a tempos de incertezas, forte perturbações e abalo das estruturas sociais, pergunta-se se a sociedade está entregue apenas a si mesma e sua própria sorte. Neste momento, os ídolos do coração são destruídos, quando o Estado é impotente, a economia caminha para o desastre e nenhuma outra estrutura ou poder social é capaz de apresentar uma solução, aí fica evidente que, ou o cristão é um elemento diferente na sociedade, ou tudo estará perdido. Assim, Barth, apresenta duas verdades óbvias e essenciais: a sociedade não está entregue a si mesma e o cristão é um elemento diferente na sociedade.
O segundo ponto a ser considerado em Barth é que o cristão representa uma promessa. Ele observa como a sociedade segue mecanicamente seu caminho natural na cultura, ciência, família, economia e estado e como esse caminho levou a tão grande catástrofe como a Primeira Guerra Mundial. Segundo Barth, esse caminho e seu resultado levaram a um esclarecimento, um abalo profundo, um ceticismo e desânimo com a vida: os olhos foram abertos para os problemas da vida. Isto levou ao desejo de fuga da sociedade ou por uma nova sociedade, então a ideia do cristão na sociedade passa representar uma promessa. Este é um elemento diferente e novo, verdadeiro, justo, e espiritual, em oposição a tudo que há sociedade de velho, falso, injusto e materialista. Assim o cristão é o representa o prenúncio de um novo tempo, da resolução dos problemas vistos e da mudança que não veio por meio das revoluções e de todas transformações da modernidade. Assim, para Barth, o cristão é a representação da promessa de restauração de todas as coisas.
(Parte 2)
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