Palavra do leitor
- 18 de abril de 2016
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Cristianismo hedonista: a busca pelos prazeres
O mundo de hoje vive uma incansável busca pela felicidade existencial, sendo este intrinsicamente ligado ao prazer. Todos queremos a felicidade, a divinização do gozo instantâneo domina o ocidente, o prazer passou a ser a causa primeira da existência humana.
Esta exaltação do prazer é conhecida filosoficamente como hedonismo. Aristipo de Cirene dizia que o caminho para se livrar da dor era o prazer, sendo o prazer do corpo aquilo que daria sentido à vida. Hoje este pensamento é perceptível nos modos de se relacionar, perceptível nos modos de consumir e também perceptível nas maneiras de se buscar a Deus.
A supremacia do mercado no ocidente transformou nossa maneira de existir, levando-nos a uma individualização extremada. Esta fase histórica do mercado no qual vivemos, caracteriza-se pela pessoalidade dos produtos: compramos pelo prazer do consumo, mas buscando nos afirmar como indivíduos. Os produtos são feitos personalizados para cada tipo humano.
Temos a sensação filosófica que vivemos um existencialismo hedonista. Precisamos nos afirmar como indivíduos, temos uma busca primeira em criarmos nossa identidade, reafirmando-a no culto ao prazer. Compramos pelo prazer do consumo, onde nossa lascívia consumista é exacerbada nos anúncios antecipados dos produtos, entretanto, buscamos as marcas que possam ratificar meu nicho cultural ou minha identidade pessoal.
Nossa religiosidade cristã ocidental não foge deste paradigma. Cristianismo no ocidente é ainda sinônimo de tradição, de senso de pertencimento. Muitos estão em busca da religiosidade cristã pela aceitação social e por um desejo de identidade comunitária. Mas é inegável dizer que a cosmovisão cristã já se mesclou com a visão de mundo registrada pelo mercado.
Esta nova fase mercadológica reúne em um mesmo pacote: o prazer instantâneo, as sensações diversificadas e a personalidade dos produtos. As ofertas religiosas não fogem disto. As pessoas estão buscando a religiosidade cristã sedentas de uma nova experiência, querem um Deus que responda imediatamente aos seus conceitos de felicidade instantânea.
E o que os mercadores da fé estão oferecendo? Variedades de unções místicas as quais irão promover as melhores sensações espirituais. Oferecem a libertação imediata da dor, através de um prazer intenso proporcionado pelo Espírito.
Quando analisamos este contexto, passamos a entender a constante mudança de irmãos, pulando de denominação em denominação, buscando sempre novas manifestações espirituais. Estão simplesmente viciadas no êxtase místico.
O verdadeiro cristianismo não anula o poder do Espírito, mas levanta um novo conceito: Deus habita em nós, sendo nossa felicidade imutável, nos levando a transformação constante à imagem de seu filho Jesus.
Não buscamos o prazer, mas somos impulsionados a compartilhar a felicidade com outro. Perdemos o desejo do acúmulo de bens, pois nasce em nós o amor sacrificial. Não gastamos mais nossas forças em acúmulo de sensações, pois todo nosso vazio existencial é preenchido, guiando-nos pelo caminho do amor que atinge ao outro.
Nossa identidade se torna a identidade do Filho, nosso prazer passa a ser a vontade do Pai, nossa felicidade é constante por causa do poder do Espírito e nosso senso existencial passa a ser levar esta vida ou outro.
Esta exaltação do prazer é conhecida filosoficamente como hedonismo. Aristipo de Cirene dizia que o caminho para se livrar da dor era o prazer, sendo o prazer do corpo aquilo que daria sentido à vida. Hoje este pensamento é perceptível nos modos de se relacionar, perceptível nos modos de consumir e também perceptível nas maneiras de se buscar a Deus.
A supremacia do mercado no ocidente transformou nossa maneira de existir, levando-nos a uma individualização extremada. Esta fase histórica do mercado no qual vivemos, caracteriza-se pela pessoalidade dos produtos: compramos pelo prazer do consumo, mas buscando nos afirmar como indivíduos. Os produtos são feitos personalizados para cada tipo humano.
Temos a sensação filosófica que vivemos um existencialismo hedonista. Precisamos nos afirmar como indivíduos, temos uma busca primeira em criarmos nossa identidade, reafirmando-a no culto ao prazer. Compramos pelo prazer do consumo, onde nossa lascívia consumista é exacerbada nos anúncios antecipados dos produtos, entretanto, buscamos as marcas que possam ratificar meu nicho cultural ou minha identidade pessoal.
Nossa religiosidade cristã ocidental não foge deste paradigma. Cristianismo no ocidente é ainda sinônimo de tradição, de senso de pertencimento. Muitos estão em busca da religiosidade cristã pela aceitação social e por um desejo de identidade comunitária. Mas é inegável dizer que a cosmovisão cristã já se mesclou com a visão de mundo registrada pelo mercado.
Esta nova fase mercadológica reúne em um mesmo pacote: o prazer instantâneo, as sensações diversificadas e a personalidade dos produtos. As ofertas religiosas não fogem disto. As pessoas estão buscando a religiosidade cristã sedentas de uma nova experiência, querem um Deus que responda imediatamente aos seus conceitos de felicidade instantânea.
E o que os mercadores da fé estão oferecendo? Variedades de unções místicas as quais irão promover as melhores sensações espirituais. Oferecem a libertação imediata da dor, através de um prazer intenso proporcionado pelo Espírito.
Quando analisamos este contexto, passamos a entender a constante mudança de irmãos, pulando de denominação em denominação, buscando sempre novas manifestações espirituais. Estão simplesmente viciadas no êxtase místico.
O verdadeiro cristianismo não anula o poder do Espírito, mas levanta um novo conceito: Deus habita em nós, sendo nossa felicidade imutável, nos levando a transformação constante à imagem de seu filho Jesus.
Não buscamos o prazer, mas somos impulsionados a compartilhar a felicidade com outro. Perdemos o desejo do acúmulo de bens, pois nasce em nós o amor sacrificial. Não gastamos mais nossas forças em acúmulo de sensações, pois todo nosso vazio existencial é preenchido, guiando-nos pelo caminho do amor que atinge ao outro.
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