Palavra do leitor
- 16 de agosto de 2021
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Cristão solteiro: além de privilégio ou demérito
À medida que alguém vai envelhecendo e permanecendo solteiro, mais exposto tende a ficar a situações de prejulgamentos, perguntas de abelhudos e cobranças sociais sobre seu estado civil. Assim, costuma surgir preocupações até bem intencionadas por parte de alguns amigos ou conhecidos que não se conformam em ver outros sem relacionamentos ou compromissos maritais.
Obervando alguns estigmais sociais contra os considerados "seres solitários", nota-se as seguintes especulações e estereótipos: sem sorte no amor, pré-seletivos ou exigentes além do normal, egoístas, fracassados, problemáticos, rejeitados, promíscuos, com baixa autoetima ou sexualidade duvidosa, frígidos emocionalmente, desinteressantes aos olhos do sexo oposto ou tímidos que precisam de "empurrõezinhos" ou de ajuda para conhecer outras pessoas para namorar ou casar.
Inicialmente, deve-se lembrar que solteirice não implica necessariamente em solidão, muito menos em infelicidade. Em certo sentido, assim como a felicidade pode ter natureza subjetiva, da mesma maneira a solidão é mais uma sensação do que uma realidade. Ninguém está realmente sozinho no universo ou neste mundo. Como reza um dos versos na última letra composta em vida por Sergio Pimenta, "quando se está só, se está porque deseja [...]".
Mas para além da solidão quanto à falta de amigos,cônjuge, família e vida social, percebe-se que mais solitários são alguns que estão sozinhos numa vida a dois (namoro ou casamento) ou sozinhos em meio às multidões (festas, eventos, ambiente profissional e até no templo religioso) do que aqueles que estão acompanhados de vários outros sábios amigos (vivos e mortos) em forma de livros numa biblioteca doméstica (ou não), por exemplo.
No entanto, mesmo os bons hobbies não substituem satisfatoriamente amigos e pessoas. Além disso, existe uma clara distinção entre solidão e solitude. Enquanto a solidão pode ser associada a uma vida triste e sem relacionamentos, a solitude está relacionada ao isolamento provisório para momentos de reflexão e privacidade. Assim como os livros podem ser boa companhia nessas horas, sabe-se que Jesus é incomparável amigo acessível e a melhor Biblioteca em Pessoa, oferecendo-se como Verdade transformadora para além de ideias ou teorias, pois "nEle estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento"(Cl 2.3).
Mas, em relação aos que têm seus parceiros conjugais, ser solteiro é demérito ou privilégio?
Folheando as páginas da História, sabe-se que muitas mulheres foram casadas na época de Tereza de Ávila, Madre Tereza de Calcutá, Rainha Elizabeth I e Florence Nigthingale, mas hoje quem se lembra do nome delas? A missão daquelas que se casaram também teve seu lugar de importância na história e perpetuação da espécie humana, mas essas aqui citadas gravaram seus nomes nos anais da História.
O mesmo se deu com homens solteiros a exemplo do profeta Jeremias, apóstolo Paulo, Isaac Newton, Immanuel Kant, John Stott ou mesmo viúvos como foi o caso do profeta Ezequiel, Símon Bolivar, A. G. Simonton, C.S Lewis etc. O legado deixado por eles foram os seus reais "filhos". Casaram-se com o chamado que atenderam como missão de suas vidas terrestres. Dedicaram-se ao serviço e deixaram um legado inestimável para a humanidade.
Nesse sentido, assim como não é demérito a solteirice não "recalcada", desencanada, aliada a um caráter com essência, criatividade e solitude apreciada serenamente e sem antipatia à própria companhia, existe bom senso na solteirice de pessoas que apesar do estado que escolheram ou lhe restaram na vida não insistem em se autoafirmar por orgulho ou críticas ressentidas e invejosas contra famílias felizes e casais que se amam. Não exaltam sua condição de solteiros como vantagem em termos de liberdade e felicidade – como se fosse superioridade ou privilégio.
Portanto, ao ter como propósito maior no viver o de glorificar a Deus, o cristão solteiro por opção ou condição indesejada não precisa e nem deve ser dependente emocional de outro alguém para sentir que existe ou ser feliz. Também não será escravo de fraquezas sexuais e vícios capitulentos, pois preenchido pelo Espírito Santo, viverá para além de si mesmo, servindo em liberdade e amor, rendendo-se completamente a Deus e experimentando a inefável alegria do Espírito numa vida proveitosa e produtiva.
Possa todo solteiro cristão lembrar que vive não para si, mas para glória de Deus. Deus tem planos individuais e coletivos para seus filhos. Enquanto o individual está relacionado a vocação e missão, o plano coletivo está ligado à salvação da humanidade.
Dessa forma, casado ou solteiro, glorificar a Deus prevalecerá como missão e vocação dos salvos em Cristo Jesus que experimentarem a alegria daqueles que descobrem uma razão maior pela qual valha a pena viver enxergando além dos seus próprios interesses.
"Quem a Deus tem, mesmo que passe por momentos difíceis, sendo Deus o seu tesouro, nada lhe falta. SÓ DEUS BASTA!"
Tereza D"Ávila
Obervando alguns estigmais sociais contra os considerados "seres solitários", nota-se as seguintes especulações e estereótipos: sem sorte no amor, pré-seletivos ou exigentes além do normal, egoístas, fracassados, problemáticos, rejeitados, promíscuos, com baixa autoetima ou sexualidade duvidosa, frígidos emocionalmente, desinteressantes aos olhos do sexo oposto ou tímidos que precisam de "empurrõezinhos" ou de ajuda para conhecer outras pessoas para namorar ou casar.
Inicialmente, deve-se lembrar que solteirice não implica necessariamente em solidão, muito menos em infelicidade. Em certo sentido, assim como a felicidade pode ter natureza subjetiva, da mesma maneira a solidão é mais uma sensação do que uma realidade. Ninguém está realmente sozinho no universo ou neste mundo. Como reza um dos versos na última letra composta em vida por Sergio Pimenta, "quando se está só, se está porque deseja [...]".
Mas para além da solidão quanto à falta de amigos,cônjuge, família e vida social, percebe-se que mais solitários são alguns que estão sozinhos numa vida a dois (namoro ou casamento) ou sozinhos em meio às multidões (festas, eventos, ambiente profissional e até no templo religioso) do que aqueles que estão acompanhados de vários outros sábios amigos (vivos e mortos) em forma de livros numa biblioteca doméstica (ou não), por exemplo.
No entanto, mesmo os bons hobbies não substituem satisfatoriamente amigos e pessoas. Além disso, existe uma clara distinção entre solidão e solitude. Enquanto a solidão pode ser associada a uma vida triste e sem relacionamentos, a solitude está relacionada ao isolamento provisório para momentos de reflexão e privacidade. Assim como os livros podem ser boa companhia nessas horas, sabe-se que Jesus é incomparável amigo acessível e a melhor Biblioteca em Pessoa, oferecendo-se como Verdade transformadora para além de ideias ou teorias, pois "nEle estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento"(Cl 2.3).
Mas, em relação aos que têm seus parceiros conjugais, ser solteiro é demérito ou privilégio?
Folheando as páginas da História, sabe-se que muitas mulheres foram casadas na época de Tereza de Ávila, Madre Tereza de Calcutá, Rainha Elizabeth I e Florence Nigthingale, mas hoje quem se lembra do nome delas? A missão daquelas que se casaram também teve seu lugar de importância na história e perpetuação da espécie humana, mas essas aqui citadas gravaram seus nomes nos anais da História.
O mesmo se deu com homens solteiros a exemplo do profeta Jeremias, apóstolo Paulo, Isaac Newton, Immanuel Kant, John Stott ou mesmo viúvos como foi o caso do profeta Ezequiel, Símon Bolivar, A. G. Simonton, C.S Lewis etc. O legado deixado por eles foram os seus reais "filhos". Casaram-se com o chamado que atenderam como missão de suas vidas terrestres. Dedicaram-se ao serviço e deixaram um legado inestimável para a humanidade.
Nesse sentido, assim como não é demérito a solteirice não "recalcada", desencanada, aliada a um caráter com essência, criatividade e solitude apreciada serenamente e sem antipatia à própria companhia, existe bom senso na solteirice de pessoas que apesar do estado que escolheram ou lhe restaram na vida não insistem em se autoafirmar por orgulho ou críticas ressentidas e invejosas contra famílias felizes e casais que se amam. Não exaltam sua condição de solteiros como vantagem em termos de liberdade e felicidade – como se fosse superioridade ou privilégio.
Portanto, ao ter como propósito maior no viver o de glorificar a Deus, o cristão solteiro por opção ou condição indesejada não precisa e nem deve ser dependente emocional de outro alguém para sentir que existe ou ser feliz. Também não será escravo de fraquezas sexuais e vícios capitulentos, pois preenchido pelo Espírito Santo, viverá para além de si mesmo, servindo em liberdade e amor, rendendo-se completamente a Deus e experimentando a inefável alegria do Espírito numa vida proveitosa e produtiva.
Possa todo solteiro cristão lembrar que vive não para si, mas para glória de Deus. Deus tem planos individuais e coletivos para seus filhos. Enquanto o individual está relacionado a vocação e missão, o plano coletivo está ligado à salvação da humanidade.
Dessa forma, casado ou solteiro, glorificar a Deus prevalecerá como missão e vocação dos salvos em Cristo Jesus que experimentarem a alegria daqueles que descobrem uma razão maior pela qual valha a pena viver enxergando além dos seus próprios interesses.
"Quem a Deus tem, mesmo que passe por momentos difíceis, sendo Deus o seu tesouro, nada lhe falta. SÓ DEUS BASTA!"
Tereza D"Ávila
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