Palavra do leitor
- 09 de outubro de 2008
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Cristão "boca de urna": cuidado com a língua!
Neste ano, exercemos democraticamente o direito de escolher os novos Prefeitos e Vereadores da cidade onde moramos. Em 2010, estaremos elegendo o novo Presidente, os Senadores, os Governadores e os Deputados (Estaduais e Federais).
A eleição em Recife para Prefeito foi resolvida num turno só, para a minha tristeza e certamente do candidato que recebeu o meu voto.
Sabe-se que a maioria das pesquisas de boca de urna são feitas logo que o eleitor sai de seu local de votação, cujas informações são divulgadas pelas principais redes de televisão aberta.
Nem com o desconto dos dois pontos percentuais nas margens de erro nas pesquisas de boca de urna para o favorito em minha cidade, sobrava alguma esperança de segundo turno para o meu candidato.
Fiquei a pensar com os meus botões: e se a margem de erro na pesquisa de boca de urna for maior? Na verdade, e infantilmente, queria que a estatística falhasse e que os resultados nas urnas apontassem a necessidade de um segundo turno.
Colocando as minhas expectativas eleitoreiras de lado, a questão estatística/probabilística nas pesquisas de boca de urna me fez refletir sobre o quanto devemos ser cautelosos diante daquilo que escutamos sobre a vida alheia.
É sempre possível que haja uma margem considerável de erro naquilo que ouvimos sobre as pessoas. Quando se escuta apenas um lado, e dependendo de quem fala (pois tem muita gente que “fala demais”), corre-se o risco da margem de erro ser de até 100 pontos percentuais.
Bom seria que todos fossem como o patriarca Jó, que um dia declarou: “Não falarão os meus lábios iniqüidade, nem a minha língua pronunciará o engano” (Jó 27:4).
Ainda na Bíblia, vemos o Apóstolo Tiago escrever com muita propriedade sobre os malefícios originados por uma língua solta: “Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa ?” (Tiago 3:5-11).
O mesmo Apóstolo foi enfático ao dizer: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã” (Tiago 1:26).
Por sermos seres sociáveis, estamos sempre ouvindo ou falando e, não raro, emitindo opiniões sobre outras pessoas, por demandas que naturalmente surgem das relações humanas, no âmbito profissional, familiar, social, religioso, etc.
Entretanto, mesmo quando não exista demanda que justifique se emitir uma opinião sobre outra pessoa, existem cristãos que têm um mórbido interesse de bisbilhotar a vida alheia.
Há muita gente fofoqueira que, ao morrer, até deveria ser enterrada em dois caixões, pois num deles se colocaria apenas a imensa língua “bombada” pelo anabolizante da maledicência. Sei que isto iria trazer muita alegria às funerárias e, por outro lado, grande preocupação aos administradores de cemitérios ...
Para os que falam demais, deixo uma recomendação do Apóstolo Pedro: “Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano”. (1 Pedro 3:10).
Não sejamos cristãos “boca de urna” !
Portanto, esforcemo-nos para não vivermos falando da vida alheia e nem sejamos dos que se dispõem a ouvir maledicências sobre o nosso próximo.
“Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Romanos 14:19).
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”. (Efésios 4:29)
“O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias” (Provérbios 21:23).
Medite nestas palavras !
A eleição em Recife para Prefeito foi resolvida num turno só, para a minha tristeza e certamente do candidato que recebeu o meu voto.
Sabe-se que a maioria das pesquisas de boca de urna são feitas logo que o eleitor sai de seu local de votação, cujas informações são divulgadas pelas principais redes de televisão aberta.
Nem com o desconto dos dois pontos percentuais nas margens de erro nas pesquisas de boca de urna para o favorito em minha cidade, sobrava alguma esperança de segundo turno para o meu candidato.
Fiquei a pensar com os meus botões: e se a margem de erro na pesquisa de boca de urna for maior? Na verdade, e infantilmente, queria que a estatística falhasse e que os resultados nas urnas apontassem a necessidade de um segundo turno.
Colocando as minhas expectativas eleitoreiras de lado, a questão estatística/probabilística nas pesquisas de boca de urna me fez refletir sobre o quanto devemos ser cautelosos diante daquilo que escutamos sobre a vida alheia.
É sempre possível que haja uma margem considerável de erro naquilo que ouvimos sobre as pessoas. Quando se escuta apenas um lado, e dependendo de quem fala (pois tem muita gente que “fala demais”), corre-se o risco da margem de erro ser de até 100 pontos percentuais.
Bom seria que todos fossem como o patriarca Jó, que um dia declarou: “Não falarão os meus lábios iniqüidade, nem a minha língua pronunciará o engano” (Jó 27:4).
Ainda na Bíblia, vemos o Apóstolo Tiago escrever com muita propriedade sobre os malefícios originados por uma língua solta: “Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa ?” (Tiago 3:5-11).
O mesmo Apóstolo foi enfático ao dizer: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã” (Tiago 1:26).
Por sermos seres sociáveis, estamos sempre ouvindo ou falando e, não raro, emitindo opiniões sobre outras pessoas, por demandas que naturalmente surgem das relações humanas, no âmbito profissional, familiar, social, religioso, etc.
Entretanto, mesmo quando não exista demanda que justifique se emitir uma opinião sobre outra pessoa, existem cristãos que têm um mórbido interesse de bisbilhotar a vida alheia.
Há muita gente fofoqueira que, ao morrer, até deveria ser enterrada em dois caixões, pois num deles se colocaria apenas a imensa língua “bombada” pelo anabolizante da maledicência. Sei que isto iria trazer muita alegria às funerárias e, por outro lado, grande preocupação aos administradores de cemitérios ...
Para os que falam demais, deixo uma recomendação do Apóstolo Pedro: “Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano”. (1 Pedro 3:10).
Não sejamos cristãos “boca de urna” !
Portanto, esforcemo-nos para não vivermos falando da vida alheia e nem sejamos dos que se dispõem a ouvir maledicências sobre o nosso próximo.
“Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Romanos 14:19).
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”. (Efésios 4:29)
“O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias” (Provérbios 21:23).
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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