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Palavra do leitor

Crentes: verdadeiros objetos "conversíveis" (parte 2)

"Converte-nos a ti, SENHOR, e seremos convertidos" (Lm 5:21a)

Somos todos cristãos nominais. Pense bem, no Brasil 91,4% da população é cristã. Um percentual bem acima do mundial que está em torno de 32,5%. Na Alemanha os cristãos são 69,5% e nos USA correspondem a 84,5% da população. Como saber quais destes são cristãos reais e quais só são apenas no nome?

Acho engraçada a atitude daqueles mais afoitos que dizem que o número de novos nascidos (Born-agains) na Alemanha, por exemplo, correspondem a 5%! Cinco por cento da população alemã são 4 milhões. Isso significa 4 milhões de salvos e 76 milhões de perdidos. A mesma atitude pode ser vista no Brasil com seus 20% de evangélicos e o restante de mais ou menos 160 milhões condenados ao inferno.

Alguns, com a maior frieza, sem titubear, como se estivessem resolvendo um assunto muito banal e lógico sentenciam: irão para o inferno! E citam uma série de versículos para justificarem a si mesmo e condenarem os outros.

Confesso que também assumo, às vezes, essa atitude, quando alguém me irrita no trânsito, me trata mal em uma repartição pública, ou sofro Mobbing no trabalho. A primeira sensação que tenho é de agradecimento a Deus por ter criado o inferno para mandar pra lá o diabo, seus anjos caídos e pessoas mal educadas que pisaram no meu calo.

Mas quando a raiva passa e podemos observar com mais calma as pessoas, em suas lutas diárias, seus dilemas, seus sofrimentos, sua dignidade e honradez em meio a um mundo perverso, vemos que o coração pulsando por vida é bem parecido em todos nós.

Especialmente observando as crianças com suas fraquezas e inocência frente ao mundo adulto (entre si às vezes são tão perversas quanto a gente) e os velhinhos já desfeito de ambições e vivendo no cansaço e na canseira da idade, sou levado a concluir que a misericórdia de Deus é bem maior que nossa vã capacidade de julgar e sede de vingança.

Não sou universalista. Claro que alguns vão queimar no quinto dos infernos. E não serão poucos. Tem que no final haver justiça. Tem que haver um juízo moral. E cada um dará conta de si mesmo. Mas o que não posso aceitar é nossa capacidade de imaginar que Deus possa salvar 5% da população mundial, jogar 95% fora como se fossem um subproduto qualquer, lixo, escória, gente ruim que não prestou. Não deram certo. Deleta. E o pior que não serão deletados, mas ficarão condenados ao sofrimento eterno. E olha que de fato acredito no inferno. Esse também não é o problema.

Mas somos miseráveis demais, pães-duros, na hora de contabilizar as almas salvas. Isso deve produzir algum tipo de satisfação pessoal: “pertencer a uma minoria privilegiada”, “ser melhor que todo mundo”. Mas e aí? Como me disse certa vez um amigo: “não teria o diabo ganho a batalha, se conseguiu levar tanta gente para a perdição?” E eu me pergunto, “que deus é esse que condena 95% da população mundial ao inferno, sem nenhum drama de consciência? Como será esse céu, com esse deus, sabendo que uma multidão infinitamente maior está queimando lá embaixo?” humm.....

Acho que este tema me incomoda em particular. Mas não somente a mim. No tempo de Cristo alguém já lhe perguntou se seriam poucos os que se salvam (Lc 13:23). E como de costume Jesus não se preocupou em responder diretamente a pergunta. Mas deixou um alerta, devemos nos esforçar por entrar pela porta estreita e que os últimos serão os primeiros e que primeiros serão últimos.

Prefiro então pensar é que nós, os 5%, é que precisamos urgentemente ser convertidos.

"Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia". (Rm 11:32)
Fürth - EX
Textos publicados: 291 [ver]
Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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