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Palavra do leitor

Corrupção e ganância: flagelos da humanidade

Em 1983, houve no mundo um cataclismo que na sua magnitude, segundo James J. Grant, Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) daquela época, foi similar ao desaparecimento de toda população menor de cinco anos, da França, Itália, Espanha, Inglaterra e Alemanha Federal juntas. Acrescentando que a morte de quinze milhões de crianças em um ano significou um ritmo enlouquecedor de quarenta mil por dia.Tempos difíceis e dolorosos.

O nosso mundo não é mais um oásis de paz, segurança e alegria. Não traz mais um final feliz e nem todos seus encantos servem para postais e anunciar pontos turísticos. A violência, a miséria, as doenças incuráveis, a fome, a corrupção e outras mazelas fazem parte do cotidiano de cada um de nós. As lágrimas já vertidas dos olhos das pessoas em desespero, em sofrimentos, angústias, ansiedades, e dos olhos das pessoas apreensivas; de toda história humana, seriam suficientes para inundar cidades inteiras ou formar rios e lagos.

Bilhão de pessoas são analfabetas, bilhões carecem de cuidados médicos, milhões morrem devida a enfermidade provocada pela a insalubridade da água, milhões de crianças menores de quatorze anos não dispõem de escolas, e as que estudam, a maioria não recebem uma educação de qualidade, e as escolas estão em completa precariedade, são milhões de adolescentes e jovens que morrem com o envolvimento com o tráfico, as drogas, o vício, o crime, a vida parece que perdeu o seu sentido. São inúmeras as crianças que morrem anualmente da malária que atinge milhões de vítimas no mundo inteiro e, enquanto a fome mata mais de 60% da humanidade. São dados estarrecedores.

Esta calamidade Será a consequência da grave crise econômica que tem perturbado as nações? Pouco adianta as manifestações das classes sociais, que buscam uma resposta das autoridades; pobres políticos, mesmo os mais bem intencionados, nunca terão uma resposta satisfatória, mesmo que empreguem todos os seus esforços e conhecimentos. Mas quando tudo isso começou? Desde que Deus entregou a Adão a terrível sentença: "Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida (Gn 3. 17). Desde o dia que a criatura humana assumiu todo controle sobre os metais (Gn 4.22), tornando-os maleáveis quando aquecidos, forjando as primeiras ferramentas e armas, iniciou-se exatamente naquele dia, a louca corrida ao poder, através da força pelo o egoísmo.

As ambições políticas, a ganância imperialista sufoca todas às necessidades sociais; a essência da vida humana: saúde e educação. Por estas barreiras, já tão elevados com os tijolos postos alternados, dia a pós dia, o homem, originado na liberdade e segurança, tende alimenta-se com as bolotas do medo e da desconfiança. Se baseado no fato que milhão de dólares são gastos em armas a cada minuto, durante dez dias, seria suficiente para acabar com a fome e a miséria na Ásia, África e no resto do mundo. Fala-se muito em desamamento, de fato torna-se necessário: os atuais arsenais atômicos são suficientes para destruírem a Terra cerca de oitenta vezes, e se dividirmos todo esse poderio destruidor entre a população do planeta, isto equivaleria a cinco toneladas de dinamite para cada habitante da Terra.

Será esta a última geração da criatura humana? Até quando assistiremos impassíveis nas bases militares e nos arsenais nucleares ao ensaio da morte? Pouco adianta cantar e pregar mensagens de autoestima com belas frases de efeito, sejam elas bíblicas ou extras bíblicas. Precisamos voltar os nossos holofotes em direção a essas realidades. Alguns afoitos chegam a dizer: é o ensaio para o Apocalipse. Não posso concordar com essa teologia, o apocalipse não é, e nunca foi sinônimo de castigo de Deus contra os humanos, é sim, Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo (Ap 1. 1-3). Este é o sentido teológico insofismável: Revelação e, dá testemunho.

Desde a queda, a corrupção se mantem como o elemento deformador do caráter humano, conduzindo todos ao um estado de ganância, o fermento que tem levedado toda massa e macula até mesmo os que são chamados pelo nome do Senhor. Se a ganância, a corrupção, a corrida armamentista, o medo não for contidos a tempo, esses mesmos que tem convertido enxadas em espadas e foices em lanças, poderá fazer com que, um dia, nossas despensa e vasilhas sejam ocupadas por projeteis e armas de fogo. Vivemos o tempo de um verdadeiro treinamento do medo. Mas até quando este temor? Até o aparecimento do El-hahshãmãyn, do Salmo 136. 26;[...]
São José De Ribamar - MA
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