Palavra do leitor
- 09 de agosto de 2011
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Cooperadores anônimos
Uma das mais famosas parábolas de Jesus, a do "Bom Samaritano" pode ser analisada por diversos pontos de vista. Pode-se abordar sobre violência deliberada. Pode-se abordar sobre a indiferença dos profissionais da religião. Ou, no mais usual ponto de vista, pode-se falar sobre a compaixão. Mas, nesse artigo queria abordar sobre "cooperadores anônimos", ou seja, pessoas que não vivem em nosso contexto eclesiástico, mas, que são usados por Deus da mesma forma.
Apesar de toda lamentável indiferença que o sacerdote e o levita demonstraram ao se depararem diante daquela situação calamitosa, algo que não paramos para perceber é que religiosamente falando, eles só estavam cumprindo a lei. É bom ficar claro que, sou contra qualquer tipo de indiferença com qualquer pessoa por causa de regras religiosas. Mas, analisando a situação sem toda carga emotiva que o texto impõe tanto o sacerdote quanto o levita, estão apenas cumprindo o seu dever. Na lei havia uma série de restrições (Levítico 21) feitas aos sacerdotes e levitas, inclusive a proibição de tocar em impuros, que era o caso do homem estendido no chão.
Apesar de não ser nova, aí está a minha tese. Num exercício de criatividade, poderíamos substituir o sacerdote e o levita por um cristão evangélico no século XXI. Apesar de toda a liberdade que a graça de Deus nos dá, criamos novas leis que imperam em nosso círculo evangélico. E para não deixarmos de cumprir as nossas leis, somos indiferentes para tantos outros que estão "à beira do caminho". Por exemplo, temos a lei do "não vos conformei com este o mundo" (Romanos 12.2). Um texto mal interpretado que se torna uma lei de distância para com o mundo. E por isso, Deus precisa usar outros "samaritanos" da vida para socorrer os caídos.
E é isso que acontece na conversa de Jesus com o perito da lei. Jesus era judeu e estava conversando com um judeu. E para responder o questionamento do perito na lei usa a indiferença de dois judeus (sacerdote e levita) e a disponibilidade do samaritano, que na época era alguém totalmente fora do contexto judaico. Por isso, creio na ação de Deus em pessoas que nunca chamaríamos de cristãos. Justamente por agirmos igual aos judeus citados na parábola, ou seja, somos indiferentes com a pseudo justificativa de estarmos obedecendo a Bíblia, que creio num Deus que conta com pessoas para o ajudarem em situações que nós cristãos não ajudaríamos.
Quanto aos "caídos na beira do caminho", não precisamos fazer nenhum esforço para achá-los. Mas, é só pararmos para olhar com mais atenção que veremos inúmeros "samaritanos" agindo em diversas realidades da vida no auxílio aos necessitados. E é bom que os deixemos em paz. Afinal, quando João questionou Jesus ao ter visto um homem expulsando demônios em Seu nome, Jesus disse assim: "Não o impeçam", disse Jesus, "pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês". (Lucas 9.49-50).
OBS: que não sejamos sacerdotes e levitas da vida.
Apesar de toda lamentável indiferença que o sacerdote e o levita demonstraram ao se depararem diante daquela situação calamitosa, algo que não paramos para perceber é que religiosamente falando, eles só estavam cumprindo a lei. É bom ficar claro que, sou contra qualquer tipo de indiferença com qualquer pessoa por causa de regras religiosas. Mas, analisando a situação sem toda carga emotiva que o texto impõe tanto o sacerdote quanto o levita, estão apenas cumprindo o seu dever. Na lei havia uma série de restrições (Levítico 21) feitas aos sacerdotes e levitas, inclusive a proibição de tocar em impuros, que era o caso do homem estendido no chão.
Apesar de não ser nova, aí está a minha tese. Num exercício de criatividade, poderíamos substituir o sacerdote e o levita por um cristão evangélico no século XXI. Apesar de toda a liberdade que a graça de Deus nos dá, criamos novas leis que imperam em nosso círculo evangélico. E para não deixarmos de cumprir as nossas leis, somos indiferentes para tantos outros que estão "à beira do caminho". Por exemplo, temos a lei do "não vos conformei com este o mundo" (Romanos 12.2). Um texto mal interpretado que se torna uma lei de distância para com o mundo. E por isso, Deus precisa usar outros "samaritanos" da vida para socorrer os caídos.
E é isso que acontece na conversa de Jesus com o perito da lei. Jesus era judeu e estava conversando com um judeu. E para responder o questionamento do perito na lei usa a indiferença de dois judeus (sacerdote e levita) e a disponibilidade do samaritano, que na época era alguém totalmente fora do contexto judaico. Por isso, creio na ação de Deus em pessoas que nunca chamaríamos de cristãos. Justamente por agirmos igual aos judeus citados na parábola, ou seja, somos indiferentes com a pseudo justificativa de estarmos obedecendo a Bíblia, que creio num Deus que conta com pessoas para o ajudarem em situações que nós cristãos não ajudaríamos.
Quanto aos "caídos na beira do caminho", não precisamos fazer nenhum esforço para achá-los. Mas, é só pararmos para olhar com mais atenção que veremos inúmeros "samaritanos" agindo em diversas realidades da vida no auxílio aos necessitados. E é bom que os deixemos em paz. Afinal, quando João questionou Jesus ao ter visto um homem expulsando demônios em Seu nome, Jesus disse assim: "Não o impeçam", disse Jesus, "pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês". (Lucas 9.49-50).
OBS: que não sejamos sacerdotes e levitas da vida.
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