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Palavra do leitor

Conservadorismo anti-bíblico homicida

Uma famosa música evangélica tem como refrão a frase: "Eu sou livre". O refrão se repete na música exaustivamente e a frase também se repete em muitas outras músicas menos conhecidas. O problema é: "Livre para quê?"

Uma má compreensão da Bíblia, provavelmente em conjunto com algumas posições anti-bíblicas de líderes da minha igreja e do meio evangélico, me levaram a pensar e agir, na época da adolescência, segundo o pensamento de que, em Cristo, eu sou livre para não beber; livre para não fumar; livre para não bagunçar; livre para não freqüentar boates; livre para não usar drogas... Hoje eu percebo o mal que esse pensamento me fez por um bom tempo.

Hoje* à noite, me preparo para as Olimpíadas da Federação Presbiteriana de São Carlos. Um torneio poliesportivo que reúne jovens de diferentes igrejas da região. Espero que meu time seja o mais empolgado, o mais vibrante e o mais alegre de todos. Os gritos de torcida já estão preparados. A expectativa é de muita festa e muito esporte nos próximos três dias.

Espero que prevaleça o espírito de equipe e o jogo limpo que se espera de atletas, sejam profissionais ou amadores. Mas, além disso, também espero que prevaleça as relações responsáveis e respeitosas que cabem a qualquer discípulo de Jesus, esteja na quadra ou na torcida, seja no momento de alegria ou de revés. Pois Ele nos ensinou a amar durante todo o tempo.

O meu time é a UMP de São Carlos, a mesma cidade que, para muitos universitários, é famosa por causa de um outro torneio, o TUSCA (Taça Universitária de São Carlos).

Coincidentemente nesse ano os dois eventos ocorrem no mesmo final de semana. O ponto negativo do TUSCA fica por conta das “festas” noturnas que acontecem no período dos jogos, pois elas estão sempre relacionada ao exagero nas bebidas alcoólicas. Na quinta-feira, a abertura dos jogos estava marcada para as 18 horas, mas à tarde já era possível ver alguns jovens que mal conseguiam andar devido à embriaguez. Alguns também praticavam atos de vandalismo gratuito, como sujar carros, jogar lixo e urinar na rua.

A embriaguez não tem nada a ver com festa, com celebração, com vida. Se precisamos desligar nossa racionalidade, nosso senso de responsabilidade, nosso padrão de respeito com os outros para nos divertirmos, então menosprezamos a vida. Deixamos de lado uma parte importante da nossa constituição como criaturas e ofendemos o nosso Criador.

Compramos a diversão por um preço muito caro. Assim, as “festas” universitárias promovem a morte. Morte no sentido de depreciação da vida, que deveria ou poderia ser uma festa.
Infelizmente, o sentido literal de morte também esteve presente na “festa” de abertura do TUSCA: um estudante, que segundo seus amigos, já consumia bebida alcoólica desde a tarde de quinta-feira, foi encontrado em um córrego da cidade só na sexta-feira por volta das 11h30. Os bombeiros encontraram o corpo já sem vida. O nome dele era Ricardo.

Lamento muito essa morte. Gostaria que todos os eventos esportivos e todos os encontros universitários apreciassem mais a vida. Aí sim, teríamos mais festas, mais celebrações e mais alegria. A verdadeira alegria, que com certeza não é irresponsável. Estaríamos vivendo segundo a vontade do Criador, que nos deu a vida para que desfrutássemos dela. Ela é uma coisa boa. Ou deveria ser. Deveria ser uma festa de verdade.

Mas no fundo, eu também gostaria que nós evangélicos tivéssemos a noção de que toda vez que permitimos que um ritualismo sem sentido ou que um conservadorismo anti-graça ganhe voz nos nossos púlpitos, nós empurramos a juventude para o único tipo de diversão que lhe resta. A diversão irresponsável. Assim, as idéias ritualistas e conservadoras dos evangélicos são responsáveis por parte dessa juventude desviada e, indiretamente, responsável também por essa morte.

*texto esrito em 12/11 (sexta-feira) à noite.
São Carlos - SP
Textos publicados: 4 [ver]

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