Palavra do leitor
- 26 de junho de 2009
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Conheceria Deus o futuro? (parte 5)
"... nunca esqueçam que até ao dia em que Deus se dignar desvendar o futuro ao homem, toda a sabedoria humana residirá nestas palavras: Esperar e ter esperança!"
O Conde de Monte-Cristo de Alexandre Dumas
Para mantermos o raciocínio em um patamar menos abstrato peguemos um exemplo bem prático, antes de avançarmos para o nosso primeiro texto bíblico:
A crise financeira traz incertezas ao mundo empresarial. Os clientes não têm crédito para comprar. Os gerentes querem prever um volume de vendas para poderem planejar melhor as atividades da empresa e dos empregados. A crise impossibilita esse planejamento. Ao invés de esperar e ter esperança, os gerentes são assaltados pelo medo e pala angústia em relação às incertezas do futuro. A tendência humana é começar a fazer prognósticos pessimistas e através do esforço próprio tentar chegar a resultados menos pessimistas.
Teria Deus poder para saber se determinada empresa sobreviverá ou não à crise? Conheceria Ele o futuro de todas as empresas? Poderia Ele como que afirmar para empregados ansiosos, seu emprego será mantido ou você em breve estará no meio da rua?
Enquanto viajo para casa no ICE, um expresso intermunicipal entre Nurembergue e Munique, a mais de 300 Km por hora observo a paisagem lá fora. Passando pela ponte sobre o rio Danúbio observo o sol se esconder por entre algumas nuvens deixando transpassar alguns raios que ressaltam as cores vivas da primavera européia. Deus criou tudo com perfeição! Ele é mesmo todo poderoso.
Ao mesmo tempo, me lembro de uma tarde em que também viajava, aquela vez em uma Pick-up, com um querido tio meu e chegávamos a Belo Horizonte pelo anel rodoviário próximo ao bairro São Paulo. A pobreza e miséria daquelas “casas” agridem em todos os sentido (bom ou ruins) os nossos sentidos, e arrancaram uma exclamação curiosa de tio Efigênio: “É... se não existir inferno tem muita gente levando ferro...”
Trago aqui em minha reflexão esse contraste somente para lembrar a questão de choque de vontades. Algumas vezes as vontades divina e humana são perfeitamente harmônicas outras vezes não (lembremos que vontade é algo que aponta para o futuro).
Agora posso trazer à nossa mente o primeiro versículo Bíblico:
“Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”.
A única razão de Jesus nos ensinar a orar dessa maneira é obviamente porque a vontade divina não é feita na terra assim como ela feita no céu. No céu ela é plenamente cumprida, já aqui na terra... (talvez exista um provérbio germânico que diga: a vontade de Deus é que sua vontade seja cumprida).
Quero agora (arbitrariamente) retomar à questão da crise financeira. Tomemos a situação de um empregado qualquer que chamaremos de Joaquim. Claro que vários fatores estão envolvidos, em uma relação de causa e efeito, para poder se chegar a uma assertiva se o seu Joaquim que trabalha para a firma Silva S.A. continuará ou não empregado.
Enquanto nosso trabalhador espera e mantém a esperança, Deus mantém o seu silêncio. Quererá Deus que ele saia da empresa, pois teria algo melhor para ele? Será que o momento é de provação para permitir ao fiel mostrar sua fé? O que ele poderia ou deveria fazer? Nosso amigo se encontra em uma crise maior:
“Seja feita a tua vontade! Mas qual é ela?”
“Não seja feita a minha vontade, mas a Tua. Mas o que eu de fato quero?”
“Como será, querido, se a firma abrir falência?” - Pergunta a companheira de nosso amigo? “Eu não sei, meu bem, o que o futuro tem preparado para nós.” – responde ele paciente e pesarosamente.
A situação se agrava. Nosso amigo chega ao fim de suas forças. Tudo indica o pior.
Kierkegaard, do passado, timidamente grita para ele: “O salto, seu Joaquim, o salto!”
http://teologia-livre.blogspot.com/
O Conde de Monte-Cristo de Alexandre Dumas
Para mantermos o raciocínio em um patamar menos abstrato peguemos um exemplo bem prático, antes de avançarmos para o nosso primeiro texto bíblico:
A crise financeira traz incertezas ao mundo empresarial. Os clientes não têm crédito para comprar. Os gerentes querem prever um volume de vendas para poderem planejar melhor as atividades da empresa e dos empregados. A crise impossibilita esse planejamento. Ao invés de esperar e ter esperança, os gerentes são assaltados pelo medo e pala angústia em relação às incertezas do futuro. A tendência humana é começar a fazer prognósticos pessimistas e através do esforço próprio tentar chegar a resultados menos pessimistas.
Teria Deus poder para saber se determinada empresa sobreviverá ou não à crise? Conheceria Ele o futuro de todas as empresas? Poderia Ele como que afirmar para empregados ansiosos, seu emprego será mantido ou você em breve estará no meio da rua?
Enquanto viajo para casa no ICE, um expresso intermunicipal entre Nurembergue e Munique, a mais de 300 Km por hora observo a paisagem lá fora. Passando pela ponte sobre o rio Danúbio observo o sol se esconder por entre algumas nuvens deixando transpassar alguns raios que ressaltam as cores vivas da primavera européia. Deus criou tudo com perfeição! Ele é mesmo todo poderoso.
Ao mesmo tempo, me lembro de uma tarde em que também viajava, aquela vez em uma Pick-up, com um querido tio meu e chegávamos a Belo Horizonte pelo anel rodoviário próximo ao bairro São Paulo. A pobreza e miséria daquelas “casas” agridem em todos os sentido (bom ou ruins) os nossos sentidos, e arrancaram uma exclamação curiosa de tio Efigênio: “É... se não existir inferno tem muita gente levando ferro...”
Trago aqui em minha reflexão esse contraste somente para lembrar a questão de choque de vontades. Algumas vezes as vontades divina e humana são perfeitamente harmônicas outras vezes não (lembremos que vontade é algo que aponta para o futuro).
Agora posso trazer à nossa mente o primeiro versículo Bíblico:
“Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”.
A única razão de Jesus nos ensinar a orar dessa maneira é obviamente porque a vontade divina não é feita na terra assim como ela feita no céu. No céu ela é plenamente cumprida, já aqui na terra... (talvez exista um provérbio germânico que diga: a vontade de Deus é que sua vontade seja cumprida).
Quero agora (arbitrariamente) retomar à questão da crise financeira. Tomemos a situação de um empregado qualquer que chamaremos de Joaquim. Claro que vários fatores estão envolvidos, em uma relação de causa e efeito, para poder se chegar a uma assertiva se o seu Joaquim que trabalha para a firma Silva S.A. continuará ou não empregado.
Enquanto nosso trabalhador espera e mantém a esperança, Deus mantém o seu silêncio. Quererá Deus que ele saia da empresa, pois teria algo melhor para ele? Será que o momento é de provação para permitir ao fiel mostrar sua fé? O que ele poderia ou deveria fazer? Nosso amigo se encontra em uma crise maior:
“Seja feita a tua vontade! Mas qual é ela?”
“Não seja feita a minha vontade, mas a Tua. Mas o que eu de fato quero?”
“Como será, querido, se a firma abrir falência?” - Pergunta a companheira de nosso amigo? “Eu não sei, meu bem, o que o futuro tem preparado para nós.” – responde ele paciente e pesarosamente.
A situação se agrava. Nosso amigo chega ao fim de suas forças. Tudo indica o pior.
Kierkegaard, do passado, timidamente grita para ele: “O salto, seu Joaquim, o salto!”
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