Palavra do leitor
- 25 de agosto de 2011
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Como Jesus via os milagres?
"a decisão pela obediência cura a nossa vontade e faz com que a nossa natureza deixe de ser uma ofensa diante de Deus!"
Nada mais paradoxal, dotado da capacidade de acarretar tensões – "pró e contra", ao entorno dos milagres. Sem pestanejar, desde o ministério de Cristo, quando esteve numa inter-relação corpo a corpo e se deparou com todos os matizes dos conflitos e angustias do ser humano, os milagres sempre estiveram presentes.
Evidentemente, embora nunca fosse o esteio do seu ministério, ou seja, evitou ceder a persuasão de fazer deles a legitimidade e a veracidade de sua mensagem.
Deve ser dito, constituiu uma certeza pela qual Jesus compartilhou, longe de ufanismos, com as pessoas.
Cabe salientar, até para evitar a fermentação de idéias fantasiosas, de conceitos mirabolantes, de arroubos advindos de um panteísmo inócuo, de êxtases espirituais como sinais comprovadores dos milagres.
Deveras, Jesus trilhou por uma direção de enfocar o desafio de levar as pessoas a fim de adentrarem na decisão de aceitar o chamado em direção a obediência libertária. Em outras palavras, a obediência a Deus configura o étimo, se assim possa ser considerado, dos milagres.
Aliás, tais pontuações podem desagradar a muitos açulados por uma visão de milagres mais assemelhada a mecanismos de resoluções de questões cotidianas.
Ao folhearmos os meandros dos relatos de uma mulher idosa conceber um filho; o mar vermelho se abrir; o sol parar; dois pães e cinco peixes serem o meio para saciar uma multidão; um morto sair do túmulo; um cego curado, por meio de um lodo composto de cuspi e barro; da água ser transformada em vinho, segundo uma visão pragmática e empírica, ressoa como um descalabro.
O estranho de tudo isso, perpassa pela questão de os milagres perpetrados por Jesus não são restritos a uma dimensão religiosa, a este ou aquele credo, a esta ou aquela seita.
Simplesmente, os milagres para Jesus exemplificavam a irrupção da manifestação do Deus da reconciliação, Lucas 11.20, Mateus 03.27 e 11.05.
Agora, torna – se de bom alvitre discernir o quanto Jesus, em momento algum, conforme já externamos acima, objetivou patentear sua autoridade, através da temática dos milagres, Marcos 08. 11 – 12. Afinal de contas, as potestades malignas e satanás também eram protagonistas de feitos sobrenaturais.
Damos passos adiante e lançamos a pergunta sobre o por qual motivo Deus que controla todas as situações permanece passivo, semelhante ao espectador sentado na poltrona de casa acompanhando toda uma pletora de cenas de pedofília, de devastação do meio ambiente, de bolsões de miseráveis, de sistemas econômicos desfiguradores do próximo, de uma ética fincada no utilitarismo patológico, de uma espiritualidade de anônimos e por ai vai?
Atentemos para os esforços de Jesus em prol de ensinar as pessoas a decidirem pela obediência a Deus, porque, destarte, tão somente, conseguiriam sobrepujar uma vontade voltada a desencadear efeitos maléficos.
Em tempos de uma pauperização dos milagres supostamente ofertados, em nome de Jesus, lamentavelmente, não há nenhuma observação de personalidades debruçadas a aceitar o chamado, o discipulado, o serviço, o compromisso e o comprometimento comunitário.
Tetricamente, faz-se perceptível uma idílica e anódina tentativa de conceber o evangelho de Cristo, como se fosse uma ideologia sem a capacidade de possibilitar uma reconciliação genuína e transparente com o Criador.
Diante dessas esfarrapadas ponderações, quem sabe não necessitamos de enveredarmos pelo caminho da obediência e da reconciliação para, então, trilharmos pelo milagre de um novo nascimento.
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