Palavra do leitor
- 01 de outubro de 2008
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Como construir no reino de Deus
Hoje pela manhã, ao me dirigir para a reunião, tive de parar o carro várias vezes, pois o Espírito Santo falava e eu não poderia esquecer o que era. Então anotei o que segue.
Nos textos de João 2:18; Mateus 26:61 e Marcos 14:58, JESUS disse: “Vou derrubar este santuário (templo) e o reconstruirei em três dias.”
1) Durante muito tempo tive dificuldade de entender o que Jesus estava falando. Que santuário é esse? Que templo Jesus construiu em três dias?
2) Até que percebi que Jesus estava mudando conceitos e paradigmas. Há uma contraposição radical de dois tipos de espiritualidade. É a mudança de: Templo de Salomão x Templo de Jesus.
Percebi que Jesus estava mudando um paradigma e, “quando muda um paradigma todo mundo começa do zero.” Um exemplo atual disso é a evolução da tecnologia. Podemos tomar como exemplo a substituição da máquina de escrever ( x computador) ou a câmera digital. Todos precisam aprender novamente. Todos começamos do zero. Por isso toda mudança traz ganhos e perdas e por conseqüência, traz amigos e inimigos. Quem ganha torna-se amigo. Quem perde precisa defender sua posição e se opõe. Foi o que aconteceu com Jesus. Foi crucificado pela acusação de atentar contra o templo, mas é amado pelos que aceitam sua mensagem.
3) Neste contexto nascem as organizações em redes. Os amigos das redes são pessoas que disponibilizam seus dons e recursos e querem servir e amar aos outros. Os inimigos das redes (que perdem com elas) são as pessoas que gostam do poder, os vaidosos, egocêntricos, que querem servir a amar principalmente a si mesmos. Trabalhar em rede é um novo paradigma, uma nova forma de organização, onde um não quer impor sua vontade ao outro, mas lhe dá liberdade de ouvir e obedecer ao Espírito Santo.
4) Percebi que temos a teologia correta sobre o assunto. O novo santuário é a casa de Deus, é o seu Reino e também a Igreja. Os conceitos bíblicos que temos do novo santuário são:
a) Povo de Deus, família de Deus, irmãos de Jesus.
b) Edifício de pedras vivas
c) Corpo de Cristo, noiva de Jesus
d) Reunião de pessoas em nome de Jesus, Assembléia dos santos
Ou seja, o novo santuário sempre são pessoas, aqueles que crêem.
5) Percebi também de que apesar da teologia correta nossa prática, nossa tradição e nossa linguagem estão equivocadas. Isto foi resultado de uma visão distorcida do santuário de Jesus, onde parece que o templo de Salomão ganhou a disputa com Jesus pela nossa espiritualidade. Como acontecia comigo, a grande maioria das pessoas simplesmente não consegue ver o santuário que Jesus constrói, composto por pessoas, se não houver uma construção qualquer que chamamos de templo ou equivocadamente de igreja.
Muitos só reconhecem uma igreja quando ela tiver endereço fixo, CNPJ, nome, estatuto, placa, membresia, etc. Usamos formas templocentricas, resgatadas do Antigo Testamento para justificar a fidelidade e os dízimos, construído reinos em que o Rei Jesus não é consultado nos processos decisórios. Afinal isto não está previsto nos estatutos e é muitas vezes difícil de saber. Com isso reconstruímos o templo que Jesus derrubou em três dias e necessitamos novamente de sacerdotes especializados que sejam nosso intermediários, esquecendo que todos devemos ser sacerdotes uns dos outros. Pessoalmente decidi nunca mais chamar templo de Igreja. Afinal a Igreja são as pessoas. Elas são o legítimo templo de pedras vivas.
6) Conseqüências desta prática equivocada:
a) Confusão sobre que tipo de templo estamos construindo;
b) Perdemos a perspectiva de como funciona o Reino de Deus;
c) Não sabemos como construir um santuário de pedras vivas;
d) Não aprendemos a construir relacionamentos, só prédios;
e) Direcionamos nossos recursos para prédios e organizações em vez de para pessoas;
f) Fazemos separação entre palavras e obras (veja a epístola de Tiago sobre isto);
g) Separamos a Igreja da Família (talvez o maior dos prejuízos) e a espiritualidade expressa-se através de uma série de programas e eventos em vez de ser um estilo de vida (este é um outro paradigma difícil de entender).
h) Desenvolvemos uma mentalidade exclusivista, de mercado, de concorrência;
i) Nossas medidas de sucesso ficaram equivocadas. Olhamos principalmente para três medidas: tamanho da construção; número de pessoas e tamanho do orçamento; quando nossos olhos deveriam estar observando: a relevância do que fazermos; a influência na sociedade, e; a transformação que trouxe; e o supremo critério de avaliação: Deus manda aqui? É esta a vontade de Deus? Como lemos em Mateus 7::21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.”
7) Como Jesus constrói um Edifício de pedras vivas? Como é esta casa de Deus feita por pessoas? Observo alguns princípios.
a) Ele valoriza o melhor de cada um (os dons);
b) Ele faz um depender do outro. Um complementa o outro com seus pontos fortes...
Nos textos de João 2:18; Mateus 26:61 e Marcos 14:58, JESUS disse: “Vou derrubar este santuário (templo) e o reconstruirei em três dias.”
1) Durante muito tempo tive dificuldade de entender o que Jesus estava falando. Que santuário é esse? Que templo Jesus construiu em três dias?
2) Até que percebi que Jesus estava mudando conceitos e paradigmas. Há uma contraposição radical de dois tipos de espiritualidade. É a mudança de: Templo de Salomão x Templo de Jesus.
Percebi que Jesus estava mudando um paradigma e, “quando muda um paradigma todo mundo começa do zero.” Um exemplo atual disso é a evolução da tecnologia. Podemos tomar como exemplo a substituição da máquina de escrever ( x computador) ou a câmera digital. Todos precisam aprender novamente. Todos começamos do zero. Por isso toda mudança traz ganhos e perdas e por conseqüência, traz amigos e inimigos. Quem ganha torna-se amigo. Quem perde precisa defender sua posição e se opõe. Foi o que aconteceu com Jesus. Foi crucificado pela acusação de atentar contra o templo, mas é amado pelos que aceitam sua mensagem.
3) Neste contexto nascem as organizações em redes. Os amigos das redes são pessoas que disponibilizam seus dons e recursos e querem servir e amar aos outros. Os inimigos das redes (que perdem com elas) são as pessoas que gostam do poder, os vaidosos, egocêntricos, que querem servir a amar principalmente a si mesmos. Trabalhar em rede é um novo paradigma, uma nova forma de organização, onde um não quer impor sua vontade ao outro, mas lhe dá liberdade de ouvir e obedecer ao Espírito Santo.
4) Percebi que temos a teologia correta sobre o assunto. O novo santuário é a casa de Deus, é o seu Reino e também a Igreja. Os conceitos bíblicos que temos do novo santuário são:
a) Povo de Deus, família de Deus, irmãos de Jesus.
b) Edifício de pedras vivas
c) Corpo de Cristo, noiva de Jesus
d) Reunião de pessoas em nome de Jesus, Assembléia dos santos
Ou seja, o novo santuário sempre são pessoas, aqueles que crêem.
5) Percebi também de que apesar da teologia correta nossa prática, nossa tradição e nossa linguagem estão equivocadas. Isto foi resultado de uma visão distorcida do santuário de Jesus, onde parece que o templo de Salomão ganhou a disputa com Jesus pela nossa espiritualidade. Como acontecia comigo, a grande maioria das pessoas simplesmente não consegue ver o santuário que Jesus constrói, composto por pessoas, se não houver uma construção qualquer que chamamos de templo ou equivocadamente de igreja.
Muitos só reconhecem uma igreja quando ela tiver endereço fixo, CNPJ, nome, estatuto, placa, membresia, etc. Usamos formas templocentricas, resgatadas do Antigo Testamento para justificar a fidelidade e os dízimos, construído reinos em que o Rei Jesus não é consultado nos processos decisórios. Afinal isto não está previsto nos estatutos e é muitas vezes difícil de saber. Com isso reconstruímos o templo que Jesus derrubou em três dias e necessitamos novamente de sacerdotes especializados que sejam nosso intermediários, esquecendo que todos devemos ser sacerdotes uns dos outros. Pessoalmente decidi nunca mais chamar templo de Igreja. Afinal a Igreja são as pessoas. Elas são o legítimo templo de pedras vivas.
6) Conseqüências desta prática equivocada:
a) Confusão sobre que tipo de templo estamos construindo;
b) Perdemos a perspectiva de como funciona o Reino de Deus;
c) Não sabemos como construir um santuário de pedras vivas;
d) Não aprendemos a construir relacionamentos, só prédios;
e) Direcionamos nossos recursos para prédios e organizações em vez de para pessoas;
f) Fazemos separação entre palavras e obras (veja a epístola de Tiago sobre isto);
g) Separamos a Igreja da Família (talvez o maior dos prejuízos) e a espiritualidade expressa-se através de uma série de programas e eventos em vez de ser um estilo de vida (este é um outro paradigma difícil de entender).
h) Desenvolvemos uma mentalidade exclusivista, de mercado, de concorrência;
i) Nossas medidas de sucesso ficaram equivocadas. Olhamos principalmente para três medidas: tamanho da construção; número de pessoas e tamanho do orçamento; quando nossos olhos deveriam estar observando: a relevância do que fazermos; a influência na sociedade, e; a transformação que trouxe; e o supremo critério de avaliação: Deus manda aqui? É esta a vontade de Deus? Como lemos em Mateus 7::21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.”
7) Como Jesus constrói um Edifício de pedras vivas? Como é esta casa de Deus feita por pessoas? Observo alguns princípios.
a) Ele valoriza o melhor de cada um (os dons);
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