Palavra do leitor
- 28 de setembro de 2015
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Como acreditar, ainda?
Como acreditar, ainda?
O mundo tem se tornado numa aldeia global, dentro de nossas telas de computadores, de smartphones e das demais ferramentas da denominada era da cultura digital. As notícias parecem cardápios rotineiros e como não há outra escolha, engolimos de bom grado. Tudo trilha pela dinâmica do imediato, do já, do agora e do hoje. Afinal de contas, para que o amanhã e a esperança passa a léguas de distancia do dicionário dessa geração. Então, sobra – nos o vivamos, o comamos, porque um dia morreremos. Pouco importa, caso setecentas pessoas ou mais tenham sido mortas na peregrinação, até Meca, na ultima semana; isto sem falar nas mortes urbanas, tristemente, marcadas pela bizarrice do ser humano. As vezes, sinto – me anestesiado, adaptado as leis do o que eu posso fazer. Lá no fundo, observo a nossa impotência e inutilidade, com relação a advogar por um equilíbrio, por uma harmonia, por uma decência e por uma justiça em prol das relações interpessoais. Faz – se dizer, embora tenhamos todo um repertório de legados pela história de pensadores, nos mais diversos e amplos campos do conhecimento, continuamos a nos questionar sobre o por qual motivo, andamos para lá e para cá, tresloucados a dormir menos, a curtir menos, a deleitar – se menos e sermos fiéis servos do devorador tempo de ser reconhecido, de ser notado, de ser recompensado, de ser consumido e de consumir? Nessa caminhada pelos enredos das normas capitais da bem – valia, do bem – estar, do bem – viver, palavras do naipe de inclusão, de inserção, de participação, de compartilhamento, de reciprocidade, de parceria e outras voltadas a apontar para um cenário menos predatório, sinceramente, são agradáveis de ouvir, porém sem a condição de ir ao coração. Estranhamente, ouço muito, com ardor e veracidade, sobre o progresso, o crescimento exponencial, o avanço, a integração e a evolução da humanidade, todavia, na mais óbvia constatação, não estamos diante de um momento pelo qual a circulação e a ênfase se pauta no culto as mercadorias e não ao ser humano? Digo isso, por ainda perceber ecos em busca da liberdade, da igualdade e da dignidade. Vou adiante, uma dignidade que nos leve a compreender o quanto somos e fomos feitos como imagem de um ato original de criação e não o resultado de uma necessidade; uma igualdade no tocante a capacidade e condição de todo ser humano para inspirar essa realidade; uma liberdade como fundamento irrefutável da importância do próximo. Eis aqui a escalada a ser feita por cada cristão, em função de o Carpinteiro das almas, dificilmente, teria crédito, dentro de uma ótica triunfalista, de uma fé do Deus que mexe nas engrenagens da história (em benefício de uns e atribuindo aos outros a mancha de anátemas, de hereges, de apostatas), de uma espiritualidade pulverizada em miríades de deduções. Sejamos honestos, como acreditar, ainda, num evangelho mancomunado com elos espúrios, num evangelho mais ocupado com a bancada de representantes no legislativo (ao invés de permear aqueles vocacionados ao serviço político para proceder de maneira útil e benéfica), num evangelho de guetos, da minha verdade, da minha teologia e de uma repulsa a simplicidade das boas notícias, num evangelho aliado a um liberalismo neopentecostal, num evangelho atrelado a ortodoxas carrancudas (aversivas as transformações protagonizadas, por exemplo, pela biogenética), num evangelho de experiências místicas barateadas, de revelações que nada mais demonstram nosso passado de escolhas e decisões contagiadas de presunção, de um egoísmo individualista, num evangelho que delega as potestades, ao diabo, ao destino e aos outros tudo e um pouco mais. Enfim, como acreditar, ainda, quando rejeitamos o explícito chamado de Jesus para ser sal na terra e luz no mudo, nascente de criação e inspiração, discípulo de potencialidades, em todas as esferas da vida e, diametralmente oposto, queremos resolver o nosso lado, ficarmos na espreita, mantermos uma existência pacata e nada mais. Deveras, como acreditar, ainda, na família como um processo de construção de pontes, quando somos tomados pelo entretenimento da TV a cabo? Ultimamente, a palavra recessão e crise saltam como pipocas, em nosso cotidiano, e não posso negar. Mesmo assim, qual o papel da Igreja? Será propalar uma vertente de bênçãos que venha resolver os meus problemas e enquanto isso os demais cuidem de suas vidas? Talvez, os discípulos acalentaram isso, com a ressurreição de Cristo, e se depararam com a resposta de que iria deixar o Consolador. Grosso modo, o chamado de ainda acreditar, por causa e através de Cristo. Pontuo também, esse estado de desencontros , ao qual a humanidade experimenta, tão somente, pode ser curado, em Cristo, e, de forma alguma, essa questão objetiva a hegemonia de um idealismo religioso, mas sim a abertura para uma possibilidade de acertos e de recomeços.
O mundo tem se tornado numa aldeia global, dentro de nossas telas de computadores, de smartphones e das demais ferramentas da denominada era da cultura digital. As notícias parecem cardápios rotineiros e como não há outra escolha, engolimos de bom grado. Tudo trilha pela dinâmica do imediato, do já, do agora e do hoje. Afinal de contas, para que o amanhã e a esperança passa a léguas de distancia do dicionário dessa geração. Então, sobra – nos o vivamos, o comamos, porque um dia morreremos. Pouco importa, caso setecentas pessoas ou mais tenham sido mortas na peregrinação, até Meca, na ultima semana; isto sem falar nas mortes urbanas, tristemente, marcadas pela bizarrice do ser humano. As vezes, sinto – me anestesiado, adaptado as leis do o que eu posso fazer. Lá no fundo, observo a nossa impotência e inutilidade, com relação a advogar por um equilíbrio, por uma harmonia, por uma decência e por uma justiça em prol das relações interpessoais. Faz – se dizer, embora tenhamos todo um repertório de legados pela história de pensadores, nos mais diversos e amplos campos do conhecimento, continuamos a nos questionar sobre o por qual motivo, andamos para lá e para cá, tresloucados a dormir menos, a curtir menos, a deleitar – se menos e sermos fiéis servos do devorador tempo de ser reconhecido, de ser notado, de ser recompensado, de ser consumido e de consumir? Nessa caminhada pelos enredos das normas capitais da bem – valia, do bem – estar, do bem – viver, palavras do naipe de inclusão, de inserção, de participação, de compartilhamento, de reciprocidade, de parceria e outras voltadas a apontar para um cenário menos predatório, sinceramente, são agradáveis de ouvir, porém sem a condição de ir ao coração. Estranhamente, ouço muito, com ardor e veracidade, sobre o progresso, o crescimento exponencial, o avanço, a integração e a evolução da humanidade, todavia, na mais óbvia constatação, não estamos diante de um momento pelo qual a circulação e a ênfase se pauta no culto as mercadorias e não ao ser humano? Digo isso, por ainda perceber ecos em busca da liberdade, da igualdade e da dignidade. Vou adiante, uma dignidade que nos leve a compreender o quanto somos e fomos feitos como imagem de um ato original de criação e não o resultado de uma necessidade; uma igualdade no tocante a capacidade e condição de todo ser humano para inspirar essa realidade; uma liberdade como fundamento irrefutável da importância do próximo. Eis aqui a escalada a ser feita por cada cristão, em função de o Carpinteiro das almas, dificilmente, teria crédito, dentro de uma ótica triunfalista, de uma fé do Deus que mexe nas engrenagens da história (em benefício de uns e atribuindo aos outros a mancha de anátemas, de hereges, de apostatas), de uma espiritualidade pulverizada em miríades de deduções. Sejamos honestos, como acreditar, ainda, num evangelho mancomunado com elos espúrios, num evangelho mais ocupado com a bancada de representantes no legislativo (ao invés de permear aqueles vocacionados ao serviço político para proceder de maneira útil e benéfica), num evangelho de guetos, da minha verdade, da minha teologia e de uma repulsa a simplicidade das boas notícias, num evangelho aliado a um liberalismo neopentecostal, num evangelho atrelado a ortodoxas carrancudas (aversivas as transformações protagonizadas, por exemplo, pela biogenética), num evangelho de experiências místicas barateadas, de revelações que nada mais demonstram nosso passado de escolhas e decisões contagiadas de presunção, de um egoísmo individualista, num evangelho que delega as potestades, ao diabo, ao destino e aos outros tudo e um pouco mais. Enfim, como acreditar, ainda, quando rejeitamos o explícito chamado de Jesus para ser sal na terra e luz no mudo, nascente de criação e inspiração, discípulo de potencialidades, em todas as esferas da vida e, diametralmente oposto, queremos resolver o nosso lado, ficarmos na espreita, mantermos uma existência pacata e nada mais. Deveras, como acreditar, ainda, na família como um processo de construção de pontes, quando somos tomados pelo entretenimento da TV a cabo? Ultimamente, a palavra recessão e crise saltam como pipocas, em nosso cotidiano, e não posso negar. Mesmo assim, qual o papel da Igreja? Será propalar uma vertente de bênçãos que venha resolver os meus problemas e enquanto isso os demais cuidem de suas vidas? Talvez, os discípulos acalentaram isso, com a ressurreição de Cristo, e se depararam com a resposta de que iria deixar o Consolador. Grosso modo, o chamado de ainda acreditar, por causa e através de Cristo. Pontuo também, esse estado de desencontros , ao qual a humanidade experimenta, tão somente, pode ser curado, em Cristo, e, de forma alguma, essa questão objetiva a hegemonia de um idealismo religioso, mas sim a abertura para uma possibilidade de acertos e de recomeços.
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