Palavra do leitor
- 28 de fevereiro de 2007
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Colocando as máscaras!
Está bem pessoal, vamos remover as máscaras!
É assim que o escritor do livro "Vivendo sem Máscaras" inicia sua obra, que estimula a vivermos relacionamentos sinceros, abertos e transparentes.
Sabemos que o termo máscaras sempre foi usado de forma pejorativa. Ao falarmos de máscaras, logo nos vem à memória o carnaval, festa em cujos bailes, tradicionalmente, era comum o uso das máscaras, muitas vezes enfeitadas, coloridas. Nesse tipo de festa, o indivíduo utilizava-se desse adereço com o fim de não ser reconhecido prontamente, ou de encobrir o rosto, caracterizando-se como personagens de TV, de cinema, etc.
Quem não se lembra, por exemplo, do Zorro, personagem que inspira a muitos, até hoje? Um homem “normal” que ao colocar a máscara tornava-se um herói. Outros se inspiram nas rainhas e reis. Conforme a projeção, as máscaras serviam para que também as pessoas pensassem ser quem não eram, pelo menos por um instante de descontração.
Muito tem se falado sobre relacionamentos nas empresas, na área profissional, na educação, na família e também nas igrejas (koinonia — comunhão). O que pouco ouvimos é sobre a necessidade da fidelidade nesses relacionamentos. Ouvimos casos de fofocas, traições, pecados, que outrora compartilhados, foram expostos de maneira leviana, com o fim de se tirar proveito da situação. Muitas vezes a própria liderança ouve as revelações dos desmascarados para usá-las na “hora certa”, trazendo-lhes algum benefício. Freud já discernia que "a informação traz o poder, e este, a soberba".
É notório que estamos vivendo dias difíceis e proféticos, essa realidade vem exigir de nós, em todas as áreas, prudência e cautela. Mesmo sabendo que a comunhão faz parte da vida cristã, temos que discernir quando e com quem devemos “tirar as máscaras”, para depois não sermos vítimas das nossas próprias palavras, usadas contra nós, e não como alívio de cargas. Lembro-me daquela frase dos filmes policiais: “Tudo que você disser poderá ser usado contra você!" Na dúvida, mantenha o silêncio da solidão.
Nem todos, pela sua própria estrutura, história de vida, educação, espiritualidade ou maturidade, estão aptos a nos ver como realmente somos e ainda assim continuar olhando para nós da mesma maneira, com a mesma admiração, muitas vezes irreal, vinda de uma imagem projetada. Não devemos deixar que pensem o que somos quando não somos. A aceitação inicia em si mesmo para só então alcançar o outro, o que constitui um sinal de maturidade. Se eu ainda não tive estrutura emocional de tirar as minhas máscaras para mim mesmo, como suportarei ver o outro, que é semelhante a mim, desmascarado? Estaria vendo a mim? Pode ser que vejamos um espelho refletindo nossa humanidade e suas tendências esquisitas, pecaminosas e doentias. Se você já se viu sem as máscaras, certamente você irá ultrapassar o espelho e chegará à alma do outro; se não, poderá levar um susto e recuar com crítica, desilusão, desprezo, indiferença ou superioridade.
A Bíblia nos orienta a tirar primeiro o argueiro do nosso olho para depois tirar o do nosso irmão. Essa atitude nos aproxima da dor e também do alívio que o outro sentirá na retirada do argueiro, mas quem não passou por isso, terá a inclinação de querer tirar o argueiro alheio de qualquer maneira, movido não pela compaixão, mas pela exposição do outro, pelos aplausos dos sádicos, dos ainda mascarados de super-heróis da santidade, e da infalibilidade. Estes se consideram aptos, e nesse “ofício santo”, têm deixado muita gente cega, tendo que usar a máscara dos piratas, enfrentando grandes tempestades.
Portanto, antes de tirar a máscara de alguém, ou para alguém, reflita as motivações, se essa atitude vai contribuir positivamente.
Não defendo nem sou a favor da hipocrisia; porém, precisamos ser conscientes das nossas máscaras, e que por trás de cada uma delas há sempre um coração que precisa ser compreendido, aceito e amado. Se agirmos com o coração, não sentiremos ansiedade em tirar máscaras; elas cairão por si; quando não, saberemos que elas muitas vezes serão necessárias, desde que você as esteja segurando.
É assim que o escritor do livro "Vivendo sem Máscaras" inicia sua obra, que estimula a vivermos relacionamentos sinceros, abertos e transparentes.
Sabemos que o termo máscaras sempre foi usado de forma pejorativa. Ao falarmos de máscaras, logo nos vem à memória o carnaval, festa em cujos bailes, tradicionalmente, era comum o uso das máscaras, muitas vezes enfeitadas, coloridas. Nesse tipo de festa, o indivíduo utilizava-se desse adereço com o fim de não ser reconhecido prontamente, ou de encobrir o rosto, caracterizando-se como personagens de TV, de cinema, etc.
Quem não se lembra, por exemplo, do Zorro, personagem que inspira a muitos, até hoje? Um homem “normal” que ao colocar a máscara tornava-se um herói. Outros se inspiram nas rainhas e reis. Conforme a projeção, as máscaras serviam para que também as pessoas pensassem ser quem não eram, pelo menos por um instante de descontração.
Muito tem se falado sobre relacionamentos nas empresas, na área profissional, na educação, na família e também nas igrejas (koinonia — comunhão). O que pouco ouvimos é sobre a necessidade da fidelidade nesses relacionamentos. Ouvimos casos de fofocas, traições, pecados, que outrora compartilhados, foram expostos de maneira leviana, com o fim de se tirar proveito da situação. Muitas vezes a própria liderança ouve as revelações dos desmascarados para usá-las na “hora certa”, trazendo-lhes algum benefício. Freud já discernia que "a informação traz o poder, e este, a soberba".
É notório que estamos vivendo dias difíceis e proféticos, essa realidade vem exigir de nós, em todas as áreas, prudência e cautela. Mesmo sabendo que a comunhão faz parte da vida cristã, temos que discernir quando e com quem devemos “tirar as máscaras”, para depois não sermos vítimas das nossas próprias palavras, usadas contra nós, e não como alívio de cargas. Lembro-me daquela frase dos filmes policiais: “Tudo que você disser poderá ser usado contra você!" Na dúvida, mantenha o silêncio da solidão.
Nem todos, pela sua própria estrutura, história de vida, educação, espiritualidade ou maturidade, estão aptos a nos ver como realmente somos e ainda assim continuar olhando para nós da mesma maneira, com a mesma admiração, muitas vezes irreal, vinda de uma imagem projetada. Não devemos deixar que pensem o que somos quando não somos. A aceitação inicia em si mesmo para só então alcançar o outro, o que constitui um sinal de maturidade. Se eu ainda não tive estrutura emocional de tirar as minhas máscaras para mim mesmo, como suportarei ver o outro, que é semelhante a mim, desmascarado? Estaria vendo a mim? Pode ser que vejamos um espelho refletindo nossa humanidade e suas tendências esquisitas, pecaminosas e doentias. Se você já se viu sem as máscaras, certamente você irá ultrapassar o espelho e chegará à alma do outro; se não, poderá levar um susto e recuar com crítica, desilusão, desprezo, indiferença ou superioridade.
A Bíblia nos orienta a tirar primeiro o argueiro do nosso olho para depois tirar o do nosso irmão. Essa atitude nos aproxima da dor e também do alívio que o outro sentirá na retirada do argueiro, mas quem não passou por isso, terá a inclinação de querer tirar o argueiro alheio de qualquer maneira, movido não pela compaixão, mas pela exposição do outro, pelos aplausos dos sádicos, dos ainda mascarados de super-heróis da santidade, e da infalibilidade. Estes se consideram aptos, e nesse “ofício santo”, têm deixado muita gente cega, tendo que usar a máscara dos piratas, enfrentando grandes tempestades.
Portanto, antes de tirar a máscara de alguém, ou para alguém, reflita as motivações, se essa atitude vai contribuir positivamente.
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