Palavra do leitor
- 15 de dezembro de 2009
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Colcha de retalhos - parte III
"a confissão, algo escasseado no seio da igreja evangélica, representa um exercício fundamental para dispormos de uma espiritualidade e humanidade saudável."...
Não bastasse, o imbróglio voltado a sucessão do reinado estava montado.
Eis os personagens de uma disputa de interesses: Absalão, Adonias e ainda numa tenra idade Salomão (representado por Betsaiba).
As dicotomais jamais foram tratadas e desavenças nem sequer extirpadas. A situação ganhou contornos macabros, em virtude de que Absalão teve como tutor, mentor e conselheiro Aquitofel.
Nada menos, nada mais!
Quantas mazelas entranhadas neste homem, cuja honra da sua família havia sido ultrajada e não pôde fazer nada.
Afinal contas, quem se atreveria a ir contra o símbolo do poder, mando e domínio?
Abrindo um parêntese: havia em Aquitofel um desejo oculto por possuir Betsaiba, uma espécie de vontade pérfida permeava a sua alma.
Retomando a focarmos a Absalão, absorvia orientações embevecidas de cinismo e malefícios de Aquitofel.
O desejo de que um novo tempo na história de Israel seria protagonizado por Absalão, tomava conta de sua vida. No retorno do exílio, Davi outorgou-lhe o cargo de governador de Judá.
Ali, configurou o palco consolidador a fim de instaurar uma rebelião avassaladora. A contumácia ou a obstinação regia as intenções de Absalão e por detrás toda uma série concomitante de interesses escusos e sórdidos.
Ao olharmos para cada um dos cômodos da seara familiar de Davi, chegamos a compreensão de quão trágico e lúgubre ou triste pode ser o fato de não enfrentarmos em transparência os reveses da vida.
Lamentavelmente, todos nas páginas da história de Davi, viviam na clandestinidade das emoções e das intenções.
Sempre na espreita, para dar o bote. A sina da humanidade tem sido estigmatizada por não parar e enfrentar a raiz de suas debilidades e partir para novas oportunidades.
O resultado das aspirações de Absalão foi adentrar em Jerusalém, numa atmosfera de êxito e vingança consumado. A outrora Jerusalém, o aconchego de Davi, havia se tornado numa pilhagem de amargura, ressaibo e desprezo.
Daqui concluímos que ícones, mitos, deidades não andam pelos subterrâneos das vicissitudes ou alternâncias dos homens, de corações manchados e outros aspectos de quem está na vida.
Então, o que faltou a Davi?
Quem sabe um diálogo franco e aberto, quando as rusgas entre Absalão e Amnon afloravam.
Ou ter distinguido e valorizado as peculiaridades e as idiossincrasias de cada um do filhos. Sem preferir um e preterir outro. Isto implica ter enfrentado a contento.
Dá um basta e de maneira transparente e coragem uma história de tantas dissenções. Ao invés disso, sedimentava a teoria de que o tempo encarregar-se-ia de diluir todas as crostas de indiferenças e intolerâncias.
Ninguém queria se indispor com o Rei e mantinha sempre uma carta na manga.
De nada adiantou, a arca da aliança, enquanto os ouvidos estavam entulhados por deixar as coisas como estão. O antídoto para Amnon não poderia ter sido um bate-papo aberto e franco, sem desmerecê-lo?
Quantas oportunidades desperdiçadas com Absalão para direcionar o seu ímpeto, a sua volúpia, a sua obstinação. Não podemos nos olvidar ou esquecer de Tamar; quiçá não faltou uma mulher mais madura para orientá-la, o apoio indispensável diante do caos instaurado na sua vida?
A trajetória de Absalão acabou num embate com os homens leais a Davi e, por conseguinte, quedou na morte. Mais uma vez, chegamos a conclusão sobre o fato de não enfrentarmos a vida, lançamos determinadas situações para o banimento e, invariavelmente, finda num estado de morte.
Nenhum problema, quando não resolvido, fatalmente, retornará com maior tenacidade e ferocidade. Agora, Absalão jaz no álbum das memórias e lembranças de Davi.
A respiração de Davi fatigada, os anos de chumbo não deram trégua, a biografia quase pronta e a morte já prenunciava o momento da partida.
Mais ainda, restaram Adonias e Salomão, dois personagens em colisão de desejos e alvos. Mormente havia uma inclinação do Monarca no que toca a Adonias.
Não obstante a flagrante e explícita predileção, Betsaiba não ressoou e procedeu com todos as armas a efeito de alinhavar e alinhar a ascensão de Salomão.
Por ora, ater-me-ei a parar nesta estação, ressalto as conseqüências dantescas não enfrentadas por Davi.
Ademais, os homens encouraçados por suas voláteis ou mutáveis considerações tentam resolver questões conflituosas, seja através do exílio, ou do confinamento e lá no fundo acolhe as semeaduras de ervas daninhas.
Não bastasse, o imbróglio voltado a sucessão do reinado estava montado.
Eis os personagens de uma disputa de interesses: Absalão, Adonias e ainda numa tenra idade Salomão (representado por Betsaiba).
As dicotomais jamais foram tratadas e desavenças nem sequer extirpadas. A situação ganhou contornos macabros, em virtude de que Absalão teve como tutor, mentor e conselheiro Aquitofel.
Nada menos, nada mais!
Quantas mazelas entranhadas neste homem, cuja honra da sua família havia sido ultrajada e não pôde fazer nada.
Afinal contas, quem se atreveria a ir contra o símbolo do poder, mando e domínio?
Abrindo um parêntese: havia em Aquitofel um desejo oculto por possuir Betsaiba, uma espécie de vontade pérfida permeava a sua alma.
Retomando a focarmos a Absalão, absorvia orientações embevecidas de cinismo e malefícios de Aquitofel.
O desejo de que um novo tempo na história de Israel seria protagonizado por Absalão, tomava conta de sua vida. No retorno do exílio, Davi outorgou-lhe o cargo de governador de Judá.
Ali, configurou o palco consolidador a fim de instaurar uma rebelião avassaladora. A contumácia ou a obstinação regia as intenções de Absalão e por detrás toda uma série concomitante de interesses escusos e sórdidos.
Ao olharmos para cada um dos cômodos da seara familiar de Davi, chegamos a compreensão de quão trágico e lúgubre ou triste pode ser o fato de não enfrentarmos em transparência os reveses da vida.
Lamentavelmente, todos nas páginas da história de Davi, viviam na clandestinidade das emoções e das intenções.
Sempre na espreita, para dar o bote. A sina da humanidade tem sido estigmatizada por não parar e enfrentar a raiz de suas debilidades e partir para novas oportunidades.
O resultado das aspirações de Absalão foi adentrar em Jerusalém, numa atmosfera de êxito e vingança consumado. A outrora Jerusalém, o aconchego de Davi, havia se tornado numa pilhagem de amargura, ressaibo e desprezo.
Daqui concluímos que ícones, mitos, deidades não andam pelos subterrâneos das vicissitudes ou alternâncias dos homens, de corações manchados e outros aspectos de quem está na vida.
Então, o que faltou a Davi?
Quem sabe um diálogo franco e aberto, quando as rusgas entre Absalão e Amnon afloravam.
Ou ter distinguido e valorizado as peculiaridades e as idiossincrasias de cada um do filhos. Sem preferir um e preterir outro. Isto implica ter enfrentado a contento.
Dá um basta e de maneira transparente e coragem uma história de tantas dissenções. Ao invés disso, sedimentava a teoria de que o tempo encarregar-se-ia de diluir todas as crostas de indiferenças e intolerâncias.
Ninguém queria se indispor com o Rei e mantinha sempre uma carta na manga.
De nada adiantou, a arca da aliança, enquanto os ouvidos estavam entulhados por deixar as coisas como estão. O antídoto para Amnon não poderia ter sido um bate-papo aberto e franco, sem desmerecê-lo?
Quantas oportunidades desperdiçadas com Absalão para direcionar o seu ímpeto, a sua volúpia, a sua obstinação. Não podemos nos olvidar ou esquecer de Tamar; quiçá não faltou uma mulher mais madura para orientá-la, o apoio indispensável diante do caos instaurado na sua vida?
A trajetória de Absalão acabou num embate com os homens leais a Davi e, por conseguinte, quedou na morte. Mais uma vez, chegamos a conclusão sobre o fato de não enfrentarmos a vida, lançamos determinadas situações para o banimento e, invariavelmente, finda num estado de morte.
Nenhum problema, quando não resolvido, fatalmente, retornará com maior tenacidade e ferocidade. Agora, Absalão jaz no álbum das memórias e lembranças de Davi.
A respiração de Davi fatigada, os anos de chumbo não deram trégua, a biografia quase pronta e a morte já prenunciava o momento da partida.
Mais ainda, restaram Adonias e Salomão, dois personagens em colisão de desejos e alvos. Mormente havia uma inclinação do Monarca no que toca a Adonias.
Não obstante a flagrante e explícita predileção, Betsaiba não ressoou e procedeu com todos as armas a efeito de alinhavar e alinhar a ascensão de Salomão.
Por ora, ater-me-ei a parar nesta estação, ressalto as conseqüências dantescas não enfrentadas por Davi.
Ademais, os homens encouraçados por suas voláteis ou mutáveis considerações tentam resolver questões conflituosas, seja através do exílio, ou do confinamento e lá no fundo acolhe as semeaduras de ervas daninhas.
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