Código de valor?

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Qual é o seu código de valor? A bíblia ou os ditames do mundo? Estamos vivendo tempo loucos, nossos olhos, janelas do corpo, tem visto coisas que muitas vezes nos levam a tropeçar e cair nas teias da fantasia e viver uma vida irreal, impura e sem santidade. Os códigos de valores, há multo foram ultrapassados.

Recentemente alguns amigos em Cristo e eu fomos evangelizar na Guaicurus, área reservada à prostituição na grande BH, em homenagem ao dia internacional das mulheres. Dia inesquecível! Invadimos o terreno de satanás e entramos literalmente no inferno. Ali, dentro dos prostíbulos, encontramos toda espécie de criaturas, homens casados, solteiros, jovens, velhos, e as mulheres... Verdadeiras vitrines humanas que se deixam levar pelo vicio degradante da pornografia e prostituição, que tem corrompido, deturpado e adoecido a muitos, levando-os a se tornarem escravos da promiscuidade.

Ao entrarmos nos quartos para "homenagear" as prostitutas, a palavra de ordem para os homens que estavam conosco naquela empreitada era dizer: Eu não estou aqui para usá-la, mas sim para te oferecer esta rosa e essa bíblia e dizer que você é especial para Deus. Vocês não podem imaginar o impacto dessas palavras para uma mulher que está acostumada a ser tratada como lixo e esgoto humano. Elas levavam um choque e depois, muito educadas, nos permitiam entrar nos quartos e ali, um pouco "envergonhadas" tentavam esconder sua nudez corporal e nos expunha suas nudez espirituais, justificando o porquê de estarem naquele lugar. Cenas tristes, mas que encheram nossos corações de misericórdia, não que fossemos melhores do que elas, apenas estavam em lados opostos, o espiritual e o carnal.

Neste dia pudemos sentir um pouco do que Jesus sentiu ao abraçar a prostituta mencionada nas escrituras: amor ao próximo, amor em toda a sua essência. Compaixão. Na verdade, pudemos perceber que quando um homem e uma mulher tornam-se escravos da promiscuidade, quando se deixam corromper pelos apetites e apelos carnais tomam um caminho sem volta, sem perspectivas. São seres vazios, buscando realizar-se sexual e materialmente. O pecado, que no começo era uma fina linha que poderia se arrebentar facilmente tornou-se um hábito. Deixou de ser um ato, tornou-se um vicio opressor tal qual cabo de aço, difícil de se arrebentar.

Depois dessa experiência, sai dali me perguntando que tipo de crente eu sou. Sempre tive nojo daquelas mulheres, mas segundo o ditado popular "o que os olhos não vêem o coração não sente". Meus olhos viram e meu coração sentiu. Sentiu medo, tristeza e compaixão por aquelas pessoas que se achavam à beira do abismo alimentadas pela cobiça e degradação.

Entretanto, saímos fortalecidos porque naquele dia, naquele local onde reina toda espécie de sujeira humana, plantamos a semente, a palavra do Senhor. Fixamo-nos em Deus e deixamos claro para aquelas mulheres que é do "Senhor que vem o nosso socorro" para vencermos o pecado que tenazmente nos assedia.

Nesse dia, 08 de março de 2010, eu particularmente, pude perceber, através daquelas prostitutas, que como filhos de Deus, nosso corpo não é para impurezas, mas para o Senhor. Nosso corpo foi comprado, não por homens, mas por Deus, para glorificá-lo e não para se provocador de desejos. Que o nosso maior prazer não estar no mundo, no dinheiro, nos homens e nas mulheres, mas sim em estar nos "átrios do Senhor, onde flui o verdadeiro amor".

Igreja Batista Plenitude - Contagem - MG

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Opinião do leitor