Palavra do leitor
- 13 de abril de 2009
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Ciência paranormal
Marcelo Leite, na sua coluna semanal no caderno Mais (Folha de São Paulo, 12 de abril), mistura em um mesmo balaio os céticos sobre o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) e os criacionistas, sob o título "Ciência paranormal".
Segundo o Aulete Digital, paranormal é o fora da normalidade, excluído da explicação científica ou lógica, sobrenatural. Portanto, o texto versa sobre aquilo que está fora do "estado da arte do conhecimento, (do) conjunto variável de explicações sobre o mundo natural apoiado em observações e aceito pela comunidade mundial de pesquisadores". Seguindo a atual filosofia da ciência, didaticamente exposta por Rubem Alves, a ciência é um conjunto do explicações que vigora até que elas não consigam mais explicar todas as dúvidas, sendo sucedidas por outro modelo.
O que ambos compartilham, segundo Marcelo Leite?
1. "Promovem qualquer artigo obscuro a resultado discordante que vai derrubar a ciência normal"
2. "Alegam censura e repressão quando sua 'ciência' não é reconhecida"
3. "Apresentam como prova de refutação as lacunas e incertezas inerentes ao conhecimento científico"
Finalizando, em um estilo agressivo, fora do seu habitual, "os céticos e os criacionistas não param de pé sem uma conspiração repressora de governos,imprensa leiga e periódicos científicos para calar os que bebem a Verdade de fontes a que só eles, os escolhidos, têm acesso".
Para a maioria dos cristãos envolvida no debate evolução/criação é difícil não vestir a carapuça oferecida pelo texto. Criacionistas históricos e antigos, como a ABPC, não criam um modelo novo, mas procuram desmontar a teoria da evolução (notem que disse "teoria", e não "fato") através de suas falhas (até onde eu saiba, reconhecidas amplamente) e de fraudes ocasionais (será que nenhum criacionista se envolveu com fraude? algumas afirmativas teológicas não poderiam ser semelhantes?). Quando se usa o argumento "vontade de Deus" para explicar fatos de forma completa e definitiva o discordante é excluído da discussão, sua opinião ignorada e ele marginalizado.
Tal comportamento não seria uma das pedras de tropeço que somos severamente admoestados a não colocar aos pequeninos? (Mt 18.1-14)
Segundo o Aulete Digital, paranormal é o fora da normalidade, excluído da explicação científica ou lógica, sobrenatural. Portanto, o texto versa sobre aquilo que está fora do "estado da arte do conhecimento, (do) conjunto variável de explicações sobre o mundo natural apoiado em observações e aceito pela comunidade mundial de pesquisadores". Seguindo a atual filosofia da ciência, didaticamente exposta por Rubem Alves, a ciência é um conjunto do explicações que vigora até que elas não consigam mais explicar todas as dúvidas, sendo sucedidas por outro modelo.
O que ambos compartilham, segundo Marcelo Leite?
1. "Promovem qualquer artigo obscuro a resultado discordante que vai derrubar a ciência normal"
2. "Alegam censura e repressão quando sua 'ciência' não é reconhecida"
3. "Apresentam como prova de refutação as lacunas e incertezas inerentes ao conhecimento científico"
Finalizando, em um estilo agressivo, fora do seu habitual, "os céticos e os criacionistas não param de pé sem uma conspiração repressora de governos,imprensa leiga e periódicos científicos para calar os que bebem a Verdade de fontes a que só eles, os escolhidos, têm acesso".
Para a maioria dos cristãos envolvida no debate evolução/criação é difícil não vestir a carapuça oferecida pelo texto. Criacionistas históricos e antigos, como a ABPC, não criam um modelo novo, mas procuram desmontar a teoria da evolução (notem que disse "teoria", e não "fato") através de suas falhas (até onde eu saiba, reconhecidas amplamente) e de fraudes ocasionais (será que nenhum criacionista se envolveu com fraude? algumas afirmativas teológicas não poderiam ser semelhantes?). Quando se usa o argumento "vontade de Deus" para explicar fatos de forma completa e definitiva o discordante é excluído da discussão, sua opinião ignorada e ele marginalizado.
Tal comportamento não seria uma das pedras de tropeço que somos severamente admoestados a não colocar aos pequeninos? (Mt 18.1-14)
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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