Palavra do leitor
- 28 de dezembro de 2013
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Artigo publicado em resposta a Natal/NATAL/N-A-T-A-L-...
Chuvaradas me deram lucros...
Não quero parecer irresponsável adiando mais sobre o Salmo 11! Menos quero parecer insensível e – menos ainda!! – irônico mostrando como chuvaradas me trouxeram lucros, nesses dias que entristecemos com desabrigados!!!
1- No lar original, conversação:
§ Em Mutum/MG, meu município natal, lembro-me, bem, na velha e pobre casa da “rua das flores” (que virou rua dos barros), que, quando já rapaz, indo passar as férias e feriados, mãe, nas noites – mormente chuvosas! –, ia revisar as camas!! Gotas de água fria desciam naquelas goteiras que as telhas nuas deixavam passar!!!
§ Mas, não me esqueço duma noite natalina. Só me lembro que a gente voltava de um culto! Não me lembro se pré-seminarista, ou seminarista!! Só me lembro, sobretudo, da cena que discorrerei!!!
§ A chuva foi tão forte que as goteiras não deixaram ninguém na cama, pois quase maior era o pedaço de cama molhado que o seco. Na cozinha a água chegou a mais ou menos 10 cm. Meus pais e os 8 filhos, portanto 10 pessoas sobre 10 cm de água, foram todos para a cozinha. Ali ficamos conversando. Esse foi o dia que vi meu lar paterno-maternal ficou com seus membros mais pertos uns dos outros, sobretudo o lar mais junto, e, acima de tudo, mais unido. – Esse foi o lucro da conversação, das altas horas daquele dia à alta madrugada do outro.
2- No lar ocasional, consideração:
§ No Recife/PE, para onde fui dar prosseguimento ao curso de Teologia livre, peguei a última grande enchente que inundou o Grande Recife. O Seminário Presbiteriano sediado às margens do Rio Capibaribe foi arquibancada para vermos o triste espetáculo do rio tomando as ruas, passando pelo vestíbulo da Casa de Profetas, pelo qual poderia se passar só na barca ou nadando. Antes, já domingo de tarde, sendo que, na manhã, a Escola Bíblica Dominical não aconteceu na Igreja Presbiteriana do Madalena, bairro do Seminário, sim, nessa tarde dominical, as águas doces passavam correndo para se misturarem às águas salgadas, bem perto, levando bois inteiros mortos, e, árvores grandes deitadas e mortas.
§ Ficamos ilhados, sem luz, e juntinhos, podendo conversar mais! Mas, o que marcou é o que discorrerei!!!
§ Pela primeira vez passei por uma situação sem água, especialmente para a descarga nos sanitários. – Esse foi o lucro da consideração das águas do sanitário, que são esquecidas, no cotidiano, mas, que, quando faltam, o mal cheiro nos faz lembrar de quão útil são essas esquecidas águas em sua missão de servir.
3- No lar outonal, compensação:
§ Em Governador Valadares/MG, eu que não casara na primavera da vida, mas, quase no outono, pois demorara a casar, e custara a ter filhos, sim, eu estava em minha 3ª casa, novinha em folha, e, até, inconclusa. Esse 2º e antepenúltimo de nossos 4 imóveis ilhéus não fora feito na altura que pedi. Um parente da minha esposa, que se julgou dono da situação, por que a sua parenta entrara com mais dinheiro que este imortal na construção dessa casa ilhoa, não fez o piso na altura que pedi! – ficou aquém!!!
§ Então, quando a enchente invadiu o Ilha, um bairro limítrofe do centro valadarense e de algumas ilhotas do Rio Doce, a casa recepcionou mais ou menos 10 cm de água – novamente 10 cm, numa residência que abrigava só a metade disso, pois era o quarteto do meu lar e a secretaria que morava com a gente, já que minha esposa era economiária na ativa (hoje, é aposentada) –. Aí que fiquei mais chateado com esse parente de meu filho e de minha filha! No entanto, o melhor estava por vir, como discorrerei!!!
§ Chuva passada, a seguradora veio, fotografou a casa, e a Caixa enviou dinheiro para o nosso caixa que deu para fazer mais que o esperado, isto é, um banheiro novo. – Esse foi o lucro da compensação, do lucro financeiro.
Que a chuvarada, que levou muitas pessoas e coisas, não leve cousas/CAUSAS que, às vezes, são descobertas em meio às experiências diferentes, provações inesperadas e tragédias nunca bem-vindas, mas que, vindo, bem pode nos trazer.
(Tripas/tri-Paz - 381).
1- No lar original, conversação:
§ Em Mutum/MG, meu município natal, lembro-me, bem, na velha e pobre casa da “rua das flores” (que virou rua dos barros), que, quando já rapaz, indo passar as férias e feriados, mãe, nas noites – mormente chuvosas! –, ia revisar as camas!! Gotas de água fria desciam naquelas goteiras que as telhas nuas deixavam passar!!!
§ Mas, não me esqueço duma noite natalina. Só me lembro que a gente voltava de um culto! Não me lembro se pré-seminarista, ou seminarista!! Só me lembro, sobretudo, da cena que discorrerei!!!
§ A chuva foi tão forte que as goteiras não deixaram ninguém na cama, pois quase maior era o pedaço de cama molhado que o seco. Na cozinha a água chegou a mais ou menos 10 cm. Meus pais e os 8 filhos, portanto 10 pessoas sobre 10 cm de água, foram todos para a cozinha. Ali ficamos conversando. Esse foi o dia que vi meu lar paterno-maternal ficou com seus membros mais pertos uns dos outros, sobretudo o lar mais junto, e, acima de tudo, mais unido. – Esse foi o lucro da conversação, das altas horas daquele dia à alta madrugada do outro.
2- No lar ocasional, consideração:
§ No Recife/PE, para onde fui dar prosseguimento ao curso de Teologia livre, peguei a última grande enchente que inundou o Grande Recife. O Seminário Presbiteriano sediado às margens do Rio Capibaribe foi arquibancada para vermos o triste espetáculo do rio tomando as ruas, passando pelo vestíbulo da Casa de Profetas, pelo qual poderia se passar só na barca ou nadando. Antes, já domingo de tarde, sendo que, na manhã, a Escola Bíblica Dominical não aconteceu na Igreja Presbiteriana do Madalena, bairro do Seminário, sim, nessa tarde dominical, as águas doces passavam correndo para se misturarem às águas salgadas, bem perto, levando bois inteiros mortos, e, árvores grandes deitadas e mortas.
§ Ficamos ilhados, sem luz, e juntinhos, podendo conversar mais! Mas, o que marcou é o que discorrerei!!!
§ Pela primeira vez passei por uma situação sem água, especialmente para a descarga nos sanitários. – Esse foi o lucro da consideração das águas do sanitário, que são esquecidas, no cotidiano, mas, que, quando faltam, o mal cheiro nos faz lembrar de quão útil são essas esquecidas águas em sua missão de servir.
3- No lar outonal, compensação:
§ Em Governador Valadares/MG, eu que não casara na primavera da vida, mas, quase no outono, pois demorara a casar, e custara a ter filhos, sim, eu estava em minha 3ª casa, novinha em folha, e, até, inconclusa. Esse 2º e antepenúltimo de nossos 4 imóveis ilhéus não fora feito na altura que pedi. Um parente da minha esposa, que se julgou dono da situação, por que a sua parenta entrara com mais dinheiro que este imortal na construção dessa casa ilhoa, não fez o piso na altura que pedi! – ficou aquém!!!
§ Então, quando a enchente invadiu o Ilha, um bairro limítrofe do centro valadarense e de algumas ilhotas do Rio Doce, a casa recepcionou mais ou menos 10 cm de água – novamente 10 cm, numa residência que abrigava só a metade disso, pois era o quarteto do meu lar e a secretaria que morava com a gente, já que minha esposa era economiária na ativa (hoje, é aposentada) –. Aí que fiquei mais chateado com esse parente de meu filho e de minha filha! No entanto, o melhor estava por vir, como discorrerei!!!
§ Chuva passada, a seguradora veio, fotografou a casa, e a Caixa enviou dinheiro para o nosso caixa que deu para fazer mais que o esperado, isto é, um banheiro novo. – Esse foi o lucro da compensação, do lucro financeiro.
Que a chuvarada, que levou muitas pessoas e coisas, não leve cousas/CAUSAS que, às vezes, são descobertas em meio às experiências diferentes, provações inesperadas e tragédias nunca bem-vindas, mas que, vindo, bem pode nos trazer.
(Tripas/tri-Paz - 381).
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