Palavra do leitor
- 28 de dezembro de 2009
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Certos improvisos
Compêndio de cinco crônicas, cuja última apresento agora: Não há mesa para dois?
'"Se me perguntassem de qual vertente teológica faço parte, conceberia essa questão como algo, na sua essência, na sua pujança e na sua razão de ser, desnecessário. Para não dizer, inútil! Semelhantemente, lançaria afirmativas semelhantes, em matérias atreladas as linhas doutrinárias, dogmáticas e por ai vai. Muito embora não seja tolo e nem estúpido em reconhecer a pluralidade de posições, dentro da dimensão cristã, deveríamos compreender e depreender que o nosso bojo, o nosso elo, o nosso coração-útero chama-se Cristo. Nada mais, nada menos!"
A trajetória humana carrega dentro de si a questão do por qual razão, do por qual motivo e outros por quais. Aliás, esse termo, para muitos, deveria ser descartado, visto como algo secundário e reputado como um desperdício de esforços cognitivos e psicológicos.
Lá no fundo, uma perda de tempo!
Afinal de contas, no afã do cotidiano e na tresloucada busca por um lugar ao pôr do sol, adentrar e trilhar pelos meandros da vida e pincelá-la com as cores de um convite de descer a corda, de deixar o balde atingir as águas da imaginação e transitar pelas inquietações do ser, cada vez mais, parece um expediente para os fracos.
Sem sombra de dúvida, aspiro, em certos improvisos, soerguer uma conjugação de linhas de raciocínio e sem abdicar do lúdico, de uma pitada de transcendência, de uma espiritualidade alforriada dos pesos e contrapesos das falaciosas versões da fé, da espiritualidade, da ética, da arte, do ser e por ai vai.
Ora, devo reconhecer, composicionar os acórdes, as melodias e o pulsar no ritmo do sentido, do destino e da motivação autêntica. Isto implica um resgate do ser anelado a outro ser.
Mesmo assim, dou uma de obstinado e lanço as redes em determinadas pinturas que retratam, com maestria, a situação humana e a espiritualidade humana.
Evidentemente, evito de enfatizar uma argumentação definitiva, uma defesa absolutista e uma pretensa detenção das chaves do bem e mal.
Por fim, procurei por intermédio das crônicas ''de pernas pro ar, bombardeio de saturação, o retorno e recomeço, além da certeza e, agora, encerro com não há mesa para dois demonstrar a urgência e o quão vital é e constitue mantermos uma inter-relação aberta, franca e desenvergonhada ao lado do Deus-ser humano Jesus Cristo''.
Desde já, peço desculpas pelas restrições!
Não há mesa para dois?
Os filmes americanos, via de regra, trazem uma frase, além de emblemática, antológica, a saber: ''há mesa para dois?''...
Então, aproveitei essa lembrança e fiz uma conjugação com uma obra, diga-se sempre de passagem, esplendorosa de Vang Gogh - chamada ''Café da Noite''.
Em poucas palavras, nessa pintura encontramos a respectiva situação: ''O garçom partiu, e somente um único homem está sentado ali, e isso é tudo''...
A aludida obra descreve, com toda a propriedade, o horror ao vazio, ao nada, a uma vida orfã de significado e de uma esperança genuína.
Por consequência, abrimos as páginas da tão aclamada pós-modernidade, da informação em tempo real, do tempo-presente e somos compelidos a encarar um cenário de gente engolfada pelo horror ao vazio e por uma percepção de que nada vale a pena.
É bem verdade, conquistamos e galgamos progressos inestimáveis e, independentemente disso, prosseguimos como caricaturas narcisistas.
Neste itinerário ofuscado por um nevoeiro de vácuo, questiono o por qual razão ou motivo de tantos cristãos arrefecidos, subjugados por uma esperança mórbida, por uma salvação apática e, tão somente, na espera do fim dos tempos.
Não há candura, em suas palavras! Não há compaixão, misericórdia, simplicidade e singeleza!
Quem sabe, não seja o momento de conceder uma oportunidade para si mesmo e permitir ao Deus-ser humano Jesus Cristo agasalhar a sua vida, invadi-la com a inocência, alentá-la com o sorriso e renová-la com a eternidade?
'"Se me perguntassem de qual vertente teológica faço parte, conceberia essa questão como algo, na sua essência, na sua pujança e na sua razão de ser, desnecessário. Para não dizer, inútil! Semelhantemente, lançaria afirmativas semelhantes, em matérias atreladas as linhas doutrinárias, dogmáticas e por ai vai. Muito embora não seja tolo e nem estúpido em reconhecer a pluralidade de posições, dentro da dimensão cristã, deveríamos compreender e depreender que o nosso bojo, o nosso elo, o nosso coração-útero chama-se Cristo. Nada mais, nada menos!"
A trajetória humana carrega dentro de si a questão do por qual razão, do por qual motivo e outros por quais. Aliás, esse termo, para muitos, deveria ser descartado, visto como algo secundário e reputado como um desperdício de esforços cognitivos e psicológicos.
Lá no fundo, uma perda de tempo!
Afinal de contas, no afã do cotidiano e na tresloucada busca por um lugar ao pôr do sol, adentrar e trilhar pelos meandros da vida e pincelá-la com as cores de um convite de descer a corda, de deixar o balde atingir as águas da imaginação e transitar pelas inquietações do ser, cada vez mais, parece um expediente para os fracos.
Sem sombra de dúvida, aspiro, em certos improvisos, soerguer uma conjugação de linhas de raciocínio e sem abdicar do lúdico, de uma pitada de transcendência, de uma espiritualidade alforriada dos pesos e contrapesos das falaciosas versões da fé, da espiritualidade, da ética, da arte, do ser e por ai vai.
Ora, devo reconhecer, composicionar os acórdes, as melodias e o pulsar no ritmo do sentido, do destino e da motivação autêntica. Isto implica um resgate do ser anelado a outro ser.
Mesmo assim, dou uma de obstinado e lanço as redes em determinadas pinturas que retratam, com maestria, a situação humana e a espiritualidade humana.
Evidentemente, evito de enfatizar uma argumentação definitiva, uma defesa absolutista e uma pretensa detenção das chaves do bem e mal.
Por fim, procurei por intermédio das crônicas ''de pernas pro ar, bombardeio de saturação, o retorno e recomeço, além da certeza e, agora, encerro com não há mesa para dois demonstrar a urgência e o quão vital é e constitue mantermos uma inter-relação aberta, franca e desenvergonhada ao lado do Deus-ser humano Jesus Cristo''.
Desde já, peço desculpas pelas restrições!
Não há mesa para dois?
Os filmes americanos, via de regra, trazem uma frase, além de emblemática, antológica, a saber: ''há mesa para dois?''...
Então, aproveitei essa lembrança e fiz uma conjugação com uma obra, diga-se sempre de passagem, esplendorosa de Vang Gogh - chamada ''Café da Noite''.
Em poucas palavras, nessa pintura encontramos a respectiva situação: ''O garçom partiu, e somente um único homem está sentado ali, e isso é tudo''...
A aludida obra descreve, com toda a propriedade, o horror ao vazio, ao nada, a uma vida orfã de significado e de uma esperança genuína.
Por consequência, abrimos as páginas da tão aclamada pós-modernidade, da informação em tempo real, do tempo-presente e somos compelidos a encarar um cenário de gente engolfada pelo horror ao vazio e por uma percepção de que nada vale a pena.
É bem verdade, conquistamos e galgamos progressos inestimáveis e, independentemente disso, prosseguimos como caricaturas narcisistas.
Neste itinerário ofuscado por um nevoeiro de vácuo, questiono o por qual razão ou motivo de tantos cristãos arrefecidos, subjugados por uma esperança mórbida, por uma salvação apática e, tão somente, na espera do fim dos tempos.
Não há candura, em suas palavras! Não há compaixão, misericórdia, simplicidade e singeleza!
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