Palavra do leitor
- 06 de outubro de 2006
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Carta de repúdio à igreja
Como cristão evangélico no atual contexto brasileiro me envergonha o fato de ser conhecido como ‘missionário’ ou ‘evangélico’ nesse país. Não é difícil ouvir piadas e chacotas do tipo: “Ah, você é missionário! Mais um que se aproveita para tirar o dinheiro dos trouxas!?”; “evangélico, humm... então é mais um que ta ajudando a enriquecer pastor!?” Alguns “crentes” vêem esse tipo de comentário como “perseguição do inimigo”. Mas, com a atual prática daqueles que se dizem evangélicos no Brasil, o ‘inimigo’ não tem muito trabalho. Ele deve mesmo é estar se divertindo com tanta bobagem e mediocridade. Uma vergonha para aquela que deveria ser a igreja do Senhor!
O que está acontecendo? Será a grande tolerância religiosa que existe em nosso país que coopera para o surgimento de tanta esculhambação? Se for isso, então oremos ao Senhor por uma perseguiçãozinha! Peneira Senhor!
Reafirmo o meu compromisso e a minha fé no Deus Pai, Criador de todas as coisas, no Filho Jesus Cristo, Senhor e salvador para todos aqueles que crêem e confessam o Seu nome e, no Espírito Santo, consolador, santificador e que convence do pecado. Creio na Bíblia como documento base da revelação da vontade de Deus. Creio na salvação pela fé que é graça, isso mesmo, graça de Deus. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida para todos que nele crêem.
Assim, repudio toda e qualquer tagarelice crentesca que em nada lembra o amor e doação de Jesus Cristo em favor de uma humanidade em pecado. Repudio ser confundido com os mercenários da fé que usam técnicas enjoativas de marketing para manipular a ingenuidade e a ignorância de um povo sofrido. Repudio a forma como se manipula a Palavra de Deus para fazê-la dizer aquilo que interessa a mesquinhez dos gananciosos de púlpito. Repudio a teologia da prosperidade que se revela eficaz, sim, mas somente aos seus proclamadores. Repudio a arrogância daqueles que por gritarem mais alto, fazerem mais barulho e possuírem líderes carismáticos do tipo apresentador de programa de auditório se acham mais espirituais do que a igreja da outra esquina. Repudio a prática que faz da igreja um negócio rentável que vê nas outras denominações apenas uma empresa concorrente. Repudio a mistura mística que se introduziu nos cultos e na vida do neoevangélico fazendo-o dependente de objetos, símbolos e amuletos defendidos como bíblicos. Repudio o modismo gospel que vive de shows, camisetas e adesivos, enquanto apresenta uma espiritualidade rasa e sem ética. Repudio a prática de pastores que se dizem mais pertos de Deus e, por isso, mais preparados para conseguir aqueles favores de que o povo precisa. Repudio os que se auto-intitulam apóstolos, bispos e profetas portadores de uma nova revelação divina. Repudio as editoras e gravadoras ditas evangélicas que não possuem mais qualquer critério que não o lucro para publicar seus livros e vender CDs. Repudio a prática que transforma a igreja num mero shopping center de bênçãos a serem colhidas nas prateleiras espirituais. Repudio a ignorância teológica que nega a razão e vive de experiência em experiência...
Haveria ainda muita coisa a repudiar. Mas creio que me fiz entendido. Se for isso que vemos hoje o que chamam evangélico; se é esse o testemunho dado por missionários e pastores brasileiros, então não faço a mínima questão de ser reconhecido como tal. Alguns vão me chamar de radical, outros de preconceituoso ou intolerante. Ora, se as palavras ‘evangélico’, ‘crente’, ‘pastor’ e ‘missionário’, que deveriam sugerir exemplo de integridade e caráter causam vergonha, talvez outras palavras, antes de conotação negativa, possam retratar melhor aquilo que deveríamos nos tornar hoje... Afinal, qual é a alternativa?
A igreja que busca compromisso com o evangelho de Jesus Cristo carece urgentemente de ousadia para algo nada novo: Pregar a Palavra de Deus. E isso sem medo de ouvir o que o próprio Cristo já ouviu após se apresentar como o pão da vida: “Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?” (Jo 6. 60). E se daquela hora em diante muitos dos seus discípulos voltarem atrás e deixarem de segui-lo (Jo 6. 66) querido pastor e missionário, não se preocupe, talvez estivessem interessados somente no pão. Ou, realmente seguiam somente a você e não a pessoa de Cristo que você nunca apresentou antes. Porém, mesmo Cristo foi abandonado e não apelou por isso...
O que está acontecendo? Será a grande tolerância religiosa que existe em nosso país que coopera para o surgimento de tanta esculhambação? Se for isso, então oremos ao Senhor por uma perseguiçãozinha! Peneira Senhor!
Reafirmo o meu compromisso e a minha fé no Deus Pai, Criador de todas as coisas, no Filho Jesus Cristo, Senhor e salvador para todos aqueles que crêem e confessam o Seu nome e, no Espírito Santo, consolador, santificador e que convence do pecado. Creio na Bíblia como documento base da revelação da vontade de Deus. Creio na salvação pela fé que é graça, isso mesmo, graça de Deus. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida para todos que nele crêem.
Assim, repudio toda e qualquer tagarelice crentesca que em nada lembra o amor e doação de Jesus Cristo em favor de uma humanidade em pecado. Repudio ser confundido com os mercenários da fé que usam técnicas enjoativas de marketing para manipular a ingenuidade e a ignorância de um povo sofrido. Repudio a forma como se manipula a Palavra de Deus para fazê-la dizer aquilo que interessa a mesquinhez dos gananciosos de púlpito. Repudio a teologia da prosperidade que se revela eficaz, sim, mas somente aos seus proclamadores. Repudio a arrogância daqueles que por gritarem mais alto, fazerem mais barulho e possuírem líderes carismáticos do tipo apresentador de programa de auditório se acham mais espirituais do que a igreja da outra esquina. Repudio a prática que faz da igreja um negócio rentável que vê nas outras denominações apenas uma empresa concorrente. Repudio a mistura mística que se introduziu nos cultos e na vida do neoevangélico fazendo-o dependente de objetos, símbolos e amuletos defendidos como bíblicos. Repudio o modismo gospel que vive de shows, camisetas e adesivos, enquanto apresenta uma espiritualidade rasa e sem ética. Repudio a prática de pastores que se dizem mais pertos de Deus e, por isso, mais preparados para conseguir aqueles favores de que o povo precisa. Repudio os que se auto-intitulam apóstolos, bispos e profetas portadores de uma nova revelação divina. Repudio as editoras e gravadoras ditas evangélicas que não possuem mais qualquer critério que não o lucro para publicar seus livros e vender CDs. Repudio a prática que transforma a igreja num mero shopping center de bênçãos a serem colhidas nas prateleiras espirituais. Repudio a ignorância teológica que nega a razão e vive de experiência em experiência...
Haveria ainda muita coisa a repudiar. Mas creio que me fiz entendido. Se for isso que vemos hoje o que chamam evangélico; se é esse o testemunho dado por missionários e pastores brasileiros, então não faço a mínima questão de ser reconhecido como tal. Alguns vão me chamar de radical, outros de preconceituoso ou intolerante. Ora, se as palavras ‘evangélico’, ‘crente’, ‘pastor’ e ‘missionário’, que deveriam sugerir exemplo de integridade e caráter causam vergonha, talvez outras palavras, antes de conotação negativa, possam retratar melhor aquilo que deveríamos nos tornar hoje... Afinal, qual é a alternativa?
A igreja que busca compromisso com o evangelho de Jesus Cristo carece urgentemente de ousadia para algo nada novo: Pregar a Palavra de Deus. E isso sem medo de ouvir o que o próprio Cristo já ouviu após se apresentar como o pão da vida: “Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?” (Jo 6. 60). E se daquela hora em diante muitos dos seus discípulos voltarem atrás e deixarem de segui-lo (Jo 6. 66) querido pastor e missionário, não se preocupe, talvez estivessem interessados somente no pão. Ou, realmente seguiam somente a você e não a pessoa de Cristo que você nunca apresentou antes. Porém, mesmo Cristo foi abandonado e não apelou por isso...
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