Palavra do leitor
- 22 de abril de 2009
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Carta aberta de um pentecostal histórico indignado
Esta carta não foi elaborada como resultado das deliberações de nenhum encontro, simpósio, congresso ou seminário. Mas bem que poderia, pois tenho certeza de que há muitos pentecostais que se afligem por essas questões, e não acham forças para expressar suas ideias.
Mesmo não tendo nenhuma força em mim mesmo, e usando da pequena coragem que a vida me emprestou, explicito meu pensamento, que é fruto das reflexões solitárias de um membro de igreja pentecostal histórica que se autodenomina "moderado" e se sente indignado por diversas razões:
1. Denuncio a impropriedade de se classificarem inúmeras igrejas heréticas como sendo "pentecostais" ou "neopentecostais", quando ensinam coisas que nada têm que ver com o Pentecostalismo Histórico, a exemplo de maldição hereditária, “atos proféticos”, “mover dos 12”, teologia da prosperidade e confissão positiva. Pentecostalismo Histórico – é bom que se registre – caracteriza-se no Brasil pela crença na atualidade dos dons carismáticos e no conceito de batismo com o Espírito Santo como sendo dotação sobrenatural de poder para a evangelização, evidenciando-se por sinais como a glossolalia e a profecia, mas não se limitando a estas manifestações – ainda que as línguas estranhas sejam consideradas evidência "sine qua non" para se reconhecer que alguém foi batizado com fogo.
2. Declaro minha indignação quanto à introdução sorrateira, em minha denominação, de ensinos como a teologia da prosperidade e especialmente a lei da semeadura financeira, o que ocorre em programas de TV de grande repercussão, mas também em congressos e outros eventos de igrejas regionais e locais pelo País.
3. Declaro minha indignação quanto à admiração devotada a pregadores sem conteúdo, sensacionalistas, teatrais e de teologia demasiado alegórica, em desfavor de pastores e professores que se dedicam à Palavra de Deus com simplicidade, seriedade e profundidade.
4. Declaro minha indignação quanto à ênfase demasiada ao dom de línguas estranhas, que é o menor de todos, em detrimento do dom de ensino, tão importante e ao mesmo tempo tão desprestigiado em nossos rincões, a despeito de honrosos esforços da liderança nacional para mitigar o problema e, assim, ensinar o povo.
5. Reconheço haver grande preconceito de pentecostal contra histórico e de histórico contra pentecostal, o que pode ser considerado uma das piores nódoas do evangelicalismo brasileiro.
6. Recomendo, com humildade, uma reavaliação do entendimento de que somente as pessoas que passaram pela experiência da glossolalia podem ser ordenadas a ofícios eclesiásticos, porque isso não participa dos requisitos do diaconato nem do episcopado, haja vista a plenitude do Espírito - esta, sim, uma necessidade - não ser exclusivamente evidenciada por línguas estranhas, mas principalmente por frutificação do Espírito, elemento essencialmente moral.
Aceito adesões.
Mesmo não tendo nenhuma força em mim mesmo, e usando da pequena coragem que a vida me emprestou, explicito meu pensamento, que é fruto das reflexões solitárias de um membro de igreja pentecostal histórica que se autodenomina "moderado" e se sente indignado por diversas razões:
1. Denuncio a impropriedade de se classificarem inúmeras igrejas heréticas como sendo "pentecostais" ou "neopentecostais", quando ensinam coisas que nada têm que ver com o Pentecostalismo Histórico, a exemplo de maldição hereditária, “atos proféticos”, “mover dos 12”, teologia da prosperidade e confissão positiva. Pentecostalismo Histórico – é bom que se registre – caracteriza-se no Brasil pela crença na atualidade dos dons carismáticos e no conceito de batismo com o Espírito Santo como sendo dotação sobrenatural de poder para a evangelização, evidenciando-se por sinais como a glossolalia e a profecia, mas não se limitando a estas manifestações – ainda que as línguas estranhas sejam consideradas evidência "sine qua non" para se reconhecer que alguém foi batizado com fogo.
2. Declaro minha indignação quanto à introdução sorrateira, em minha denominação, de ensinos como a teologia da prosperidade e especialmente a lei da semeadura financeira, o que ocorre em programas de TV de grande repercussão, mas também em congressos e outros eventos de igrejas regionais e locais pelo País.
3. Declaro minha indignação quanto à admiração devotada a pregadores sem conteúdo, sensacionalistas, teatrais e de teologia demasiado alegórica, em desfavor de pastores e professores que se dedicam à Palavra de Deus com simplicidade, seriedade e profundidade.
4. Declaro minha indignação quanto à ênfase demasiada ao dom de línguas estranhas, que é o menor de todos, em detrimento do dom de ensino, tão importante e ao mesmo tempo tão desprestigiado em nossos rincões, a despeito de honrosos esforços da liderança nacional para mitigar o problema e, assim, ensinar o povo.
5. Reconheço haver grande preconceito de pentecostal contra histórico e de histórico contra pentecostal, o que pode ser considerado uma das piores nódoas do evangelicalismo brasileiro.
6. Recomendo, com humildade, uma reavaliação do entendimento de que somente as pessoas que passaram pela experiência da glossolalia podem ser ordenadas a ofícios eclesiásticos, porque isso não participa dos requisitos do diaconato nem do episcopado, haja vista a plenitude do Espírito - esta, sim, uma necessidade - não ser exclusivamente evidenciada por línguas estranhas, mas principalmente por frutificação do Espírito, elemento essencialmente moral.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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