Palavra do leitor
- 22 de outubro de 2010
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Carta aberta a Marina Silva
"O Orçamento deve ser equilibrado, o Tesouro deve ser reaprovisionado, a dívida pública deve ser diminuída, a arrogância dos funcionários deve ser ser moderada e controlada, e a ajuda a outros países deve ser eliminada para que [o país] não vá à bancarrota. As pessoas devem aprender novamente a trabalhar, em lugar de viver às custas do Estado". (Marco Túlio Cícero, poeta, filósofo, senador, cônsul e orador Romano, 55 A.C.).
Essa preciosidade abaixo é de Marina, a rainha da floresta. Diz ela: "Quem oferece ao povo um destino não está se colocando no lugar de liderança, mas de um messias", afirmou. Para ela essa não seria a melhor maneira de contribuir no momento político com a sua liderança. Mas no fundo mesmo ela se sente e quer ser um messias. Está de olho em 2014! Que pena: enxerga a árvore e esquece a floresta.
O PV rejeitou apoiar Serra e Dilma, mirando uma posição eqüidistante dos dois. Julgou-se estar livre como o índio na mata. Não alinhando, se julga na posição de mediador. Quanta bobagem num momento político tão crucial como esse em que vivemos!
Nefelibata (no grego, nuvem + andar), palavra usada por Lima Barreto em seu livro OS BRUZUNDANGAS para designar aqueles que vivem nas nuvens, ou melhor, no meio da floresta alheios à realidade, é o que me vem a mente a respeito de Marina, a nefelibata e seus Verdes, com as devidas exceções.
Como Pilatos, Marina lavou as mãos e levou como segredo seu o voto no segundo turno: “O voto é secreto e, para manter minha independência no processo político, vou reservar esse direito de eleitora que eu tenho”. Quanta inocência. Conversa fiada. O olho dela está em 2014!
Nunca acreditei (politicamente falando) em Marina Silva e sempre achei seus discursos no Senado como alguém que divaga em conceitos sem muito pé no chão. Sua sorte é falar de um assunto que é modismo hoje até na forma institucional política, Partido Verde. A onda verde é passageira, a idéia de permanência do planeta Terra, não.
O PV não tem a estrutura de um PT e nem oposição é, não agüentará o tranco. Sonha, ela e o partido, com uma política 'no ar' como o ar fresco da floresta, mas Marina e seu grupo nada mais é do que uma espécie de reserva indígena dentro do Xingú, agora em Brasília: para sobreviverem (politicamente) terão que isolar. O fim deles (como partido) será o mesmo dos verdes na Alemanha.
Julga-se uma eleita, uma escolhida, e o mundo (político) ao redor que se dane (caminharíamos para um Venezuela de Chávez, vestido de saia?). O típico dela é o de muitos da mentalidade evangélica miúda, aquela do preferir “somos um pequeno povo, mui feliz!”. Sente-se à vontade para bater nos dois outros candidatos porque são maus, gente ruim; ela porém, é boa, posto que respira o ar puro da floresta ideologizada. Julga-se acima do bem e do mal no sentido político do momento. Ledo engano!
Eis o ponto comum dela com a realidade política. O Presidente Lula, entre Tancredo Neves e Paulo Maluf naqueles idos de 1985, decidiu fazer exatamente o que Marina faz hoje, abster-se, ficar neutra. Julga-se o Messias (nega nos outros, porém), a salvadora da pátria com um partido puro como um metalúrgico saido da pobreza nordestina para gastar-se em uma mega-cidade como São Paulo.
A história mostrou que o Brasil foi muito mais e é muito mais do que esse Sebastianismo agora na pele morena e curtida da CURUPIRA da floresta.
Contra esse imaginário politicamente infantil de Marina Silva, eu vou votar dia 31 de Outubro. A propósito, 31 é o dia da Reforma.
Essa preciosidade abaixo é de Marina, a rainha da floresta. Diz ela: "Quem oferece ao povo um destino não está se colocando no lugar de liderança, mas de um messias", afirmou. Para ela essa não seria a melhor maneira de contribuir no momento político com a sua liderança. Mas no fundo mesmo ela se sente e quer ser um messias. Está de olho em 2014! Que pena: enxerga a árvore e esquece a floresta.
O PV rejeitou apoiar Serra e Dilma, mirando uma posição eqüidistante dos dois. Julgou-se estar livre como o índio na mata. Não alinhando, se julga na posição de mediador. Quanta bobagem num momento político tão crucial como esse em que vivemos!
Nefelibata (no grego, nuvem + andar), palavra usada por Lima Barreto em seu livro OS BRUZUNDANGAS para designar aqueles que vivem nas nuvens, ou melhor, no meio da floresta alheios à realidade, é o que me vem a mente a respeito de Marina, a nefelibata e seus Verdes, com as devidas exceções.
Como Pilatos, Marina lavou as mãos e levou como segredo seu o voto no segundo turno: “O voto é secreto e, para manter minha independência no processo político, vou reservar esse direito de eleitora que eu tenho”. Quanta inocência. Conversa fiada. O olho dela está em 2014!
Nunca acreditei (politicamente falando) em Marina Silva e sempre achei seus discursos no Senado como alguém que divaga em conceitos sem muito pé no chão. Sua sorte é falar de um assunto que é modismo hoje até na forma institucional política, Partido Verde. A onda verde é passageira, a idéia de permanência do planeta Terra, não.
O PV não tem a estrutura de um PT e nem oposição é, não agüentará o tranco. Sonha, ela e o partido, com uma política 'no ar' como o ar fresco da floresta, mas Marina e seu grupo nada mais é do que uma espécie de reserva indígena dentro do Xingú, agora em Brasília: para sobreviverem (politicamente) terão que isolar. O fim deles (como partido) será o mesmo dos verdes na Alemanha.
Julga-se uma eleita, uma escolhida, e o mundo (político) ao redor que se dane (caminharíamos para um Venezuela de Chávez, vestido de saia?). O típico dela é o de muitos da mentalidade evangélica miúda, aquela do preferir “somos um pequeno povo, mui feliz!”. Sente-se à vontade para bater nos dois outros candidatos porque são maus, gente ruim; ela porém, é boa, posto que respira o ar puro da floresta ideologizada. Julga-se acima do bem e do mal no sentido político do momento. Ledo engano!
Eis o ponto comum dela com a realidade política. O Presidente Lula, entre Tancredo Neves e Paulo Maluf naqueles idos de 1985, decidiu fazer exatamente o que Marina faz hoje, abster-se, ficar neutra. Julga-se o Messias (nega nos outros, porém), a salvadora da pátria com um partido puro como um metalúrgico saido da pobreza nordestina para gastar-se em uma mega-cidade como São Paulo.
A história mostrou que o Brasil foi muito mais e é muito mais do que esse Sebastianismo agora na pele morena e curtida da CURUPIRA da floresta.
Contra esse imaginário politicamente infantil de Marina Silva, eu vou votar dia 31 de Outubro. A propósito, 31 é o dia da Reforma.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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