Palavra do leitor
- 10 de janeiro de 2008
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Carta à Igreja de Laodicéia
"Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu"; (Ap 3)
Laodicéia era uma cidade rica da Ásia Menor. Localizada junto à principal estrada da província, sua posição era estratégica para o comércio. A igreja local gozava de boa situação financeira, o que acabou se tornando motivo de orgulho e de uma injustificável satisfação, como se a prosperidade material fosse mais importante que a condição espiritual.
Certamente, aquela congregação tinha algum poder econômico, mas era fraca na fé. Quando se estabelecia algum propósito de ordem financeira, havia recurso abundante para sua realização. Apesar de tudo isso, Deus não estava satisfeito com a igreja. Os valores materiais tomaram o lugar dos espirituais.
Quem coloca o dinheiro em primeiro plano, acaba buscando a Deus apenas pelo dinheiro ou tenta fazer negócios com Deus através de dízimos e ofertas. Por outro lado, se o dinheiro é abundante, corre-se o risco de imaginar que ele seja a principal solução para os problemas da vida. Assim, a oração, o jejum e a busca ao Senhor podem acabar em último lugar ou até ficar sem lugar.
É possível que estas questões estejam diretamente ligadas à mornidão daquela igreja. Morno é aquele que está no meio do caminho, indeciso, vacilante, indefinido. É a condição de quem não desiste do evangelho nem está disposto a investir sua vida na causa de Cristo. É o caso daquele que acredita no Espírito Santo, mas não o deixa agir; não abandona Jesus nem se dedica a servi-lo.
Contudo, a igreja estava contente consigo mesma. Aqueles irmãos tinham uma auto-imagem bastante positiva. Diziam: "somos ricos e de nada temos falta" (Ap 3.17). Sua auto-avaliação era fundamentada em conceitos terrenos e mundanos.
Veio, porém, a palavra do Senhor, trazendo o conceito divino sobre a realidade espiritual dos laodicenses. Eles eram espiritualmente miseráveis, pobres e nús, mas não sabiam disso porque estavam cegos. A condição material daquela igreja disfarçava sua lástima espiritual. Da mesma forma, nos nossos dias, muitas pessoas vivem iludidas pelo materialismo e deixam de buscar a realização da alma e do espírito. Outros, até mesmo convertidos, esperam que o evangelho lhes garanta riqueza neste mundo. Não lhes interessa a volta de Cristo ou o reino celestial.
Precisamos retornar à palavra de Deus, a bíblia, pois só ela pode curar nossa cegueira ou corrigir a visão distorcida que temos sobre nós mesmos. Assim, saberemos o que nos falta: valores espirituais que só podem ser conseguidos do próprio Deus e não por dinheiro.
A teologia de algumas igrejas encontra-se contaminada pelo capitalismo. Arrecadação, lucro, riqueza e luxo têm se tornado objetivos primordiais para muitos cristãos. O normal seria que todo servo do Senhor estivesse em busca de um caráter irrepreensível, formado por virtudes espirituais. Ser rico ou pobre, materialmente, é questão de importância secundária.
"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). "O fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio". (Gl 5.22).
Bens materiais são necessários para a vida terrena. Contudo, não podemos colocá-los em primeiro lugar. Nossa relação com Deus não deve ser construída sobre aspirações materialistas.
O Senhor exibiu um trágico retrato da igreja de Laodicéia, mas ofereceu também a solução: "Aconselho-te que, de mim, compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." (Ap 3.18).
A igreja precisava se aproximar de Deus em busca de valores espirituais, sendo o principal deles a pureza das vestes, ou seja, uma vida de santificação.
Na carta à igreja de Laodicéia não existe nenhuma palavra de elogio. Contudo, temos uma declaração do amor de Deus por aquele povo decadente (3.19). Deus declarou seu amor tanto pelos irmãos de Filadélfia quanto pelos de Laodicéia (3.9). Isto vem apenas confirmar que somos amados, não por nosso merecimento, mas pela vontade soberana de Deus na manifestação de sua própria natureza. Todavia, o texto traz uma advertência velada: embora o amor de Deus seja um fato (3.19), isto não impedirá que ele vomite os mornos (3.16). Não devemos nos iludir, pois, tão real quanto o seu amor é a sua justiça.Deus aconselha (3.18), repreende e castiga (3.19). Contudo, ele não obriga seus filhos a mudarem.Mais está do lado de fora fora batendo à porta desta igreja, aquele que abrir a porta também será por Ele bem recebido.
Deus os abençoe.
Anisio Renato A.
Laodicéia era uma cidade rica da Ásia Menor. Localizada junto à principal estrada da província, sua posição era estratégica para o comércio. A igreja local gozava de boa situação financeira, o que acabou se tornando motivo de orgulho e de uma injustificável satisfação, como se a prosperidade material fosse mais importante que a condição espiritual.
Certamente, aquela congregação tinha algum poder econômico, mas era fraca na fé. Quando se estabelecia algum propósito de ordem financeira, havia recurso abundante para sua realização. Apesar de tudo isso, Deus não estava satisfeito com a igreja. Os valores materiais tomaram o lugar dos espirituais.
Quem coloca o dinheiro em primeiro plano, acaba buscando a Deus apenas pelo dinheiro ou tenta fazer negócios com Deus através de dízimos e ofertas. Por outro lado, se o dinheiro é abundante, corre-se o risco de imaginar que ele seja a principal solução para os problemas da vida. Assim, a oração, o jejum e a busca ao Senhor podem acabar em último lugar ou até ficar sem lugar.
É possível que estas questões estejam diretamente ligadas à mornidão daquela igreja. Morno é aquele que está no meio do caminho, indeciso, vacilante, indefinido. É a condição de quem não desiste do evangelho nem está disposto a investir sua vida na causa de Cristo. É o caso daquele que acredita no Espírito Santo, mas não o deixa agir; não abandona Jesus nem se dedica a servi-lo.
Contudo, a igreja estava contente consigo mesma. Aqueles irmãos tinham uma auto-imagem bastante positiva. Diziam: "somos ricos e de nada temos falta" (Ap 3.17). Sua auto-avaliação era fundamentada em conceitos terrenos e mundanos.
Veio, porém, a palavra do Senhor, trazendo o conceito divino sobre a realidade espiritual dos laodicenses. Eles eram espiritualmente miseráveis, pobres e nús, mas não sabiam disso porque estavam cegos. A condição material daquela igreja disfarçava sua lástima espiritual. Da mesma forma, nos nossos dias, muitas pessoas vivem iludidas pelo materialismo e deixam de buscar a realização da alma e do espírito. Outros, até mesmo convertidos, esperam que o evangelho lhes garanta riqueza neste mundo. Não lhes interessa a volta de Cristo ou o reino celestial.
Precisamos retornar à palavra de Deus, a bíblia, pois só ela pode curar nossa cegueira ou corrigir a visão distorcida que temos sobre nós mesmos. Assim, saberemos o que nos falta: valores espirituais que só podem ser conseguidos do próprio Deus e não por dinheiro.
A teologia de algumas igrejas encontra-se contaminada pelo capitalismo. Arrecadação, lucro, riqueza e luxo têm se tornado objetivos primordiais para muitos cristãos. O normal seria que todo servo do Senhor estivesse em busca de um caráter irrepreensível, formado por virtudes espirituais. Ser rico ou pobre, materialmente, é questão de importância secundária.
"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). "O fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio". (Gl 5.22).
Bens materiais são necessários para a vida terrena. Contudo, não podemos colocá-los em primeiro lugar. Nossa relação com Deus não deve ser construída sobre aspirações materialistas.
O Senhor exibiu um trágico retrato da igreja de Laodicéia, mas ofereceu também a solução: "Aconselho-te que, de mim, compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." (Ap 3.18).
A igreja precisava se aproximar de Deus em busca de valores espirituais, sendo o principal deles a pureza das vestes, ou seja, uma vida de santificação.
Na carta à igreja de Laodicéia não existe nenhuma palavra de elogio. Contudo, temos uma declaração do amor de Deus por aquele povo decadente (3.19). Deus declarou seu amor tanto pelos irmãos de Filadélfia quanto pelos de Laodicéia (3.9). Isto vem apenas confirmar que somos amados, não por nosso merecimento, mas pela vontade soberana de Deus na manifestação de sua própria natureza. Todavia, o texto traz uma advertência velada: embora o amor de Deus seja um fato (3.19), isto não impedirá que ele vomite os mornos (3.16). Não devemos nos iludir, pois, tão real quanto o seu amor é a sua justiça.Deus aconselha (3.18), repreende e castiga (3.19). Contudo, ele não obriga seus filhos a mudarem.Mais está do lado de fora fora batendo à porta desta igreja, aquele que abrir a porta também será por Ele bem recebido.
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Anisio Renato A.
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