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Palavra do leitor

Carnaval: uma festa sem aval de Deus!

Já escutei algumas pessoas dizerem o seguinte: "se no inferno tiver bebida e mulher, é para lá que eu quero ir quando morrer".

Enquanto este dia não chega para elas (e oro a Deus para que se arrependam enquanto há tempo, convertam-se e sejam salvas da condenação eterna), as hostes infernais, no período carnavalesco, farão mais um "city tour" em terras brasileiras, até parecendo reproduzir o conteúdo de uma música com mensagem profana, de autoria de Chico Buarque e Ruy Guerra, que fez muito sucesso na voz de Ney Matogrosso, lá pela década de 70/80, com o título de "Não Existe Pecado ao Sul do Equador", cuja letra está contida ao final deste texto.

Assim é o que o pecado faz: entorpece, engana e destrói. E nos dias atuais, em sua terrível relativização dos valores éticos-morais, onde inclusive a palavra pecado foi erradicada do vocabulário da maioria das pessoas, o homem despreza a existência de Deus, e vive num verdadeiro "aqui e agora", fazendo tudo o que der na telha, sem se dar conta de que, agindo assim, uma dia a casa vai cair, como sentença proferida pelo Senhor Jesus:

“E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa” (Lucas 6:46-49)

Quem nega a existência do pecado, talvez só venha perceber os seus malefícios tarde demais, quando não for mais possível arrepender-se de seus próprios pecados, pois assim nos afirmam as Escrituras: “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27)

Entretanto, Deus nos concede a chance de nos reconciliarmos com Ele, mediante o sacrifício do Seu Filho Jesus Cristo, realizado na cruz do calvário.

Ao menos para mim, o período carnavalesco é sempre uma oportunidade de agradecer a Deus pelo fato de ter encontrado em Jesus Cristo a salvação e o perdão pelos pecados que cometi no tempo da ignorância:

“Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens, que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.E, vindo, Ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; porque por Ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Efésios 2:11-22)


Não Existe Pecado ao Sul do Equador
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Composição: Chico Buarque / Ruy Guerra

Não existe pecado do lado de baixo do equador
Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor
Me deixa ser teu escracho, capacho, teu cacho
Um riacho de amor
Quando é lição de esculacho, olha aí, sai de baixo
Que eu sou professor
Deixa a tristeza pra lá, vem comer, me jantar
Sarapatel, caruru, tucupi, tacacá
Vê se me usa, me abusa, lambuza
Que a tua cafuza
Não pode esperar
Deixa a tristeza pra lá, vem comer, me jantar
Sarapatel, caruru, tucupi, tacacá
Vê se esgota, me bota na mesa
Que a tua holandesa
Não pode esperar
Não existe pecado do lado de baixo do equador
Vamos fazer um pecado, rasgado, suado a todo vapor
Me deixa ser teu escracho, teu cacho
Um riacho de amor
Quando é missão de esculacho, olha aí, sai de baixo
Que eu sou embaixador

Obs.: Este texto, de minha autoria, já foi postado neste site em 2010. O texto atual sofreu pequena alteração no título.
Recife - PE
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