Carnaval: brincadeira ou coisa séria?

Tweetar

Vem aí o Carnaval! Todo ano é a mesma coisa, a mesma barulheira, o mesmo furdúncio, a mesma folia, afinal o carnaval é a festa mais popular do País. Sem querer ser moralista, não vejo nada de bom nesta festa onde se gasta milhões de reais do dinheiro público, dinheiro este que poderia ser usado em coisas muito mais importantes. Isto sem falar na baixaria e na violência que são uma tônica no Carnaval. Conheço gente que gosta, diz que é lindo o desfile no Rio e diz até que Carnaval é cultura. Respeito essa opinião, mas discordo dela.

Felizmente, em nossa cidade não tem carnaval há mais de 20 anos (um ex prefeito tentou reativar esta festa, mas não deu em nada, a população não aprovou), pois seria um gasto totalmente desnecessário numa festa prejudicial, principalmente à família. Como dizia um amigo meu: "O carnaval passa, mas fica a sua desgraça". Aproveitei esse pequeno texto publicado no Face book para desenvolver um tema de vital importância e que todo ano vem à mente e ao dia a dia de milhões de brasileiros: o Carnaval. Afinal, carnaval é brincadeira, ou é coisa séria? Muitos entendem que é uma brincadeira, um passatempo, uma diversão sadia em que a família se reúne e pula e dança e se descontrai aproveitando os três dias (ou mais) do reinado de Momo.

O Carnaval no Brasil é tão sério que leva milhões de pessoas ás ruas todo ano, sem contar que tem o pré carnaval e o pós carnaval. Haja ânimo para tanta folia! E também leva milhões de reais dos cofres públicos através da Lei Rouanet, e esse dinheiro acaba fazendo falta para coisas muito mais importantes na área social. Para muitos, carnaval é coisa séria, para outros é uma simples e inocente brincadeira. E nessa dança entram até alguns crentes, com a desculpa de que é preciso se divertir um pouco. Sei de casos de pessoas que somem das igreja no Carnaval e só voltam depois da quarta feira de cinza. E alguns nem voltam mais.

Entendo que a pessoa precisa brincar de vez em quando, se descontrair, mas isto deve ser feito num ambiente sadio, em família, ou entre amigos e até aproveitar para cultuar a Deus com louvores e pequenas porções bíblicas, afinal, Deus habita no meio dos louvores. Mas isto é muito diferente de "brincadeira de carnaval". E este ano a ideia é levar o enredo para o lado da política criticando o atual presidente, que está fazendo até sacrifícios pessoais para colocar o Brasil nos eixos. Mas os carnavalescos não veem isto e não levam as coisas a sério considerando que é tudo uma brincadeira.

Entra ano, sai ano e a coisa só piora, pois no carnaval tudo é liberado e nem se pode prender as pessoas por se tratar de uma festa popular onde tudo é permitido. Por exemplo, se encontrar uma pessoa totalmente nua andando pelas rua ela será considerada um carnavalesco, as pessoas tiram as roupas e pintam o corpo, colocam o "tapa sexo" que mais mostra do que esconde. Os blocos, as escolas, os bailes tomam conta das ruas e dos salões difundindo a sua alegria em meio a todo tipo de exageros. É o reinado de Momo quando o prefeito, simbolicamente, entrega as chaves da cidade nas mãos desta pessoa e, literalmente, entrega a cidade nas mãos dos carnavalescos, para fazer o que bem entender. Eu pergunto: uma coisa desta pode ser de Deus? Afinal, carnaval é brincadeira ou é coisa séria?

Na verdade, carnaval é uma festa diabólica onde reina a carne no vale de seus desejos mais incontroláveis. É o momento de se esbaldar aproveitando que tudo é permitido. Como fica a igreja no meio de toda essa podridão? Tem gente que faz o chamado "retiro espiritual", mas não sei se isto funciona. Quando eu morava no Rio, na época do carnaval eu não saia de casa nem para ir na esquina. Era uma forma de me preservar e salvar a minha pele literalmente. Enfim, nada se pode fazer contra esta orgia chamada carnaval. Talvez o melhor seja mesmo ficar quietinho em casa e esperar o vento maligno passar. Ainda bem que Deus cuida dos seus filhos!

Tweetar

Opinião do leitor