Palavra do leitor
- 14 de outubro de 2011
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Canudos: O Reino de Deus na Cidade dos Homens- Uma Expressão Apocalipsista no Brasil
Conclusão
Canudos foi a mais gritante expressão de apocalipsismo no Brasil e a confirmação de que a convergência de fatores como miséria, injustiça, omissão religiosa, decepção com as autoridades, fanatismo e líderes carismáticos com capacidade de expressão propiciam o surgimento de propostas apocalípticas. Canudos foi uma proposta apocalíptica com fortes convocações à reflexão espiritual e social e uma rígida e clara proposta de alterar a ordem social vigente, possibilitando a total e plena emancipação dos injustiçados deste país. Ao conciliar esperança escatológica com engajamento histórico-social, Antônio Conselheiro distanciou-se das seitas já conhecidas no Nordeste que se resumiam à pregação fanática e duramente ascética. Canudos era um projeto de Reino. Um projeto de cidade. Um projeto de vida. Era uma utopia possível. Tal conexão com a realidade era ousada e criativa. Ganhou respeitabilidade por sua tentativa de realidade. Atraiu multidões, defensores, adeptos, mas também o ódio e a inveja dos que se sentiam denunciados e ameaçados pela utopia dos sertanejos, seguidores de um Conselheiro, que sonharam e tentaram construir a realidade sonhada nas longínquas terras do interior da Bahia.
Referências:
CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Rio de Janeiro: Martins Claret, 2002.
MONIZ, Edmundo. Canudos: A Guerra Social. Rio de Janeiro: ELO Editora, 1987.
Canudos foi a mais gritante expressão de apocalipsismo no Brasil e a confirmação de que a convergência de fatores como miséria, injustiça, omissão religiosa, decepção com as autoridades, fanatismo e líderes carismáticos com capacidade de expressão propiciam o surgimento de propostas apocalípticas. Canudos foi uma proposta apocalíptica com fortes convocações à reflexão espiritual e social e uma rígida e clara proposta de alterar a ordem social vigente, possibilitando a total e plena emancipação dos injustiçados deste país. Ao conciliar esperança escatológica com engajamento histórico-social, Antônio Conselheiro distanciou-se das seitas já conhecidas no Nordeste que se resumiam à pregação fanática e duramente ascética. Canudos era um projeto de Reino. Um projeto de cidade. Um projeto de vida. Era uma utopia possível. Tal conexão com a realidade era ousada e criativa. Ganhou respeitabilidade por sua tentativa de realidade. Atraiu multidões, defensores, adeptos, mas também o ódio e a inveja dos que se sentiam denunciados e ameaçados pela utopia dos sertanejos, seguidores de um Conselheiro, que sonharam e tentaram construir a realidade sonhada nas longínquas terras do interior da Bahia.
Referências:
CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Rio de Janeiro: Martins Claret, 2002.
MONIZ, Edmundo. Canudos: A Guerra Social. Rio de Janeiro: ELO Editora, 1987.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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