Palavra do leitor
- 16 de setembro de 2010
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Cadê a felicidade?
"As ideias nascem do ser humano e não o oposto!"
A sociedade no espertar do presente cenário da pós-modernidade ou hipermodernidade trilha pelos meandros de uma ironia e um paradoxo. Diga-se de passagem, sem nenhuma viabilidade de alterações e mudanças a contento. Deixo ser mais claro, ou seja, durante séculos a civilização ocidental correu, tresloucadamente, atrás da liberdade, da autonomia, da capacidade e condição de ditar o ritmo das mudanças históricas.
Sem titubear, quantas episódios de conquistas sociais, econômicas, tecnológicas, científias e comportamentais. Neste ínterim, convulsões e colapsos são mosaicos indeláveis e devem permanecer nas reminiscências da humanidade. Basta relembrarmos os conflitos bélicos mundiais (da primeira e segunda guerra mundial). Além de outras mazelas encabeçadas pela cupidez, pela veia egoística e narcisísta do ser humano.
Nisto, a panorâmica geopolítica do oikos sofreu e tem sofrido tenazmente e de forma avassaladora diagnosticamos a bifurcação de uma ética utilitária, individualista, relativista e reificadora e de alguns focos de relutância e irascível contestação diante de uma contextualidade cada vez mais globalizada, uniformizada, adaptada as leis mercadológicas, consumistas e imediatistas.
Lastimavelmente, tudo, no promanar do aclamado século de tantas conquistas e avanços, parece convergir a efeito de ainda arguirmos sobre o por qual motivo prosseguimos insatisfeitos, numa abissal contradição e desumanização?
Ora, a coqueluche do progresso e do multidesenvolvimento tem nos lançado a um estado de caos e perdição.
Deveras, os bolsões de excluídos afluem como contornos e nuances desabonadoras de uma cultura de holofotes, esplendor, massificação.
As nódoas de violência tem se alastrado e arraigado por todas as instãncias sociais, independentemente daqueles considerados afortunados ou infortunados. Não importa e estamos num estado de conformismo, ou, em outras palavras, aceitamos as regras do jogo.
Cumpre notar, em todo o desdobrar dessa situação de ninguém ousar levantar a voz e apresentar alternativas, a Igreja, eu e você, tem ecoado uma mensagem sobre felicidade?
Evidentemente, de maneira alguma faço alusção a uma versão de felicidade de custos e benefícios, de uma felicidade falaciosa, de uma felicidade covarde e omissa.
Em direção oposta, levanto a bandeira por uma felicidade voltada a suscitar a proximidade e familiaridade do ser humano com o próximo.
Eis a tônica, acredito, de maneira particular, e as idiossincrasias contidas no texto de Mateus 05, das bem-aventuranças.
Vale dizer, ao desfiar os versículos do mencionado capítulo, encontramos o Deus ser humano Jesus Cristo nos convidando para uma existência regido pelo sentido, pelo destino e motivo de uma eternidade libertária, revolucionária e prática.
A grosso modo, uma espiritualidade imbuída por uma fé lúdica, descompromissada com os dogmas e legalismos de uma religiosidade sem o pulsar da paixão, o adocicar da poesia, o tempero enigmático do romance, a dinâmica e energia do recomeçar.
Ultimamente, tenho me deparado com uma constelação de templos, ícones pastorais, profetas mais assemelhados a gurus, uma síndrome de pessoas itinerantes (sempre a procura de uma revelação mais adequada, mais acertada, mais viável aos seus interesses).
Tetricamente, a comunhão espiritual do servir, do ouvir e tolerar tem sido abjetada, dentro de muitos arraiais evangélicos. Aliás, muitos porfiam por serem consumidores de sermões grandilouquentes e impetuosos; no entanto, evitar, a todo custo, fazer o simples, ou seja, participar da existência do outro, levar o evangelho da cura da existência humana, reconciliá-la consigo mesmo, com o semelhante, com a vida e o Criador.
Negar seria uma estupidez, não nos falta simpósios, conferências, livros, sites e, malgrado tudo isso, não conseguimos ser discípulos, servos, testemunhas e companheiros do Deus ser humano Jesus Cristo.
Quiçá aqui detectamos o ponto nevrálgico e visceral de uma cristandade pejada de suas razões, suas convicções, suas argumentações, suas interpelações, suas premissas e pouco, pouquíssimo afeiçoada no tocante a abraçar, a sorrir, a permitir o escoar das lágrimas, a se pautar e estribar por uma adoração e prédica coesa da palavra, a primar por uma vida de oração e comunhão inter-relacional, a decidir por uma vida cristã comunitária e não de frequentadores esporádicos de cultos.
Enquanto houver a relutância por compreendermos e discernirmos a relevância de a felicidade preconizada por Jesus representa pessoas dispostas a serem invadidas, banhadas, fecundadas pela simplicidade desse reconciliar com o Criador, bisonhamente, colheremos um discurso evangelical de ideologias e nada mais.
Por fim, ouse parar e ponderar, sobre o quão salutar configura reconhecermos a verdade inquestionável de a felicidade nascer de um coração escancarado para dialogar com Cristo.
A sociedade no espertar do presente cenário da pós-modernidade ou hipermodernidade trilha pelos meandros de uma ironia e um paradoxo. Diga-se de passagem, sem nenhuma viabilidade de alterações e mudanças a contento. Deixo ser mais claro, ou seja, durante séculos a civilização ocidental correu, tresloucadamente, atrás da liberdade, da autonomia, da capacidade e condição de ditar o ritmo das mudanças históricas.
Sem titubear, quantas episódios de conquistas sociais, econômicas, tecnológicas, científias e comportamentais. Neste ínterim, convulsões e colapsos são mosaicos indeláveis e devem permanecer nas reminiscências da humanidade. Basta relembrarmos os conflitos bélicos mundiais (da primeira e segunda guerra mundial). Além de outras mazelas encabeçadas pela cupidez, pela veia egoística e narcisísta do ser humano.
Nisto, a panorâmica geopolítica do oikos sofreu e tem sofrido tenazmente e de forma avassaladora diagnosticamos a bifurcação de uma ética utilitária, individualista, relativista e reificadora e de alguns focos de relutância e irascível contestação diante de uma contextualidade cada vez mais globalizada, uniformizada, adaptada as leis mercadológicas, consumistas e imediatistas.
Lastimavelmente, tudo, no promanar do aclamado século de tantas conquistas e avanços, parece convergir a efeito de ainda arguirmos sobre o por qual motivo prosseguimos insatisfeitos, numa abissal contradição e desumanização?
Ora, a coqueluche do progresso e do multidesenvolvimento tem nos lançado a um estado de caos e perdição.
Deveras, os bolsões de excluídos afluem como contornos e nuances desabonadoras de uma cultura de holofotes, esplendor, massificação.
As nódoas de violência tem se alastrado e arraigado por todas as instãncias sociais, independentemente daqueles considerados afortunados ou infortunados. Não importa e estamos num estado de conformismo, ou, em outras palavras, aceitamos as regras do jogo.
Cumpre notar, em todo o desdobrar dessa situação de ninguém ousar levantar a voz e apresentar alternativas, a Igreja, eu e você, tem ecoado uma mensagem sobre felicidade?
Evidentemente, de maneira alguma faço alusção a uma versão de felicidade de custos e benefícios, de uma felicidade falaciosa, de uma felicidade covarde e omissa.
Em direção oposta, levanto a bandeira por uma felicidade voltada a suscitar a proximidade e familiaridade do ser humano com o próximo.
Eis a tônica, acredito, de maneira particular, e as idiossincrasias contidas no texto de Mateus 05, das bem-aventuranças.
Vale dizer, ao desfiar os versículos do mencionado capítulo, encontramos o Deus ser humano Jesus Cristo nos convidando para uma existência regido pelo sentido, pelo destino e motivo de uma eternidade libertária, revolucionária e prática.
A grosso modo, uma espiritualidade imbuída por uma fé lúdica, descompromissada com os dogmas e legalismos de uma religiosidade sem o pulsar da paixão, o adocicar da poesia, o tempero enigmático do romance, a dinâmica e energia do recomeçar.
Ultimamente, tenho me deparado com uma constelação de templos, ícones pastorais, profetas mais assemelhados a gurus, uma síndrome de pessoas itinerantes (sempre a procura de uma revelação mais adequada, mais acertada, mais viável aos seus interesses).
Tetricamente, a comunhão espiritual do servir, do ouvir e tolerar tem sido abjetada, dentro de muitos arraiais evangélicos. Aliás, muitos porfiam por serem consumidores de sermões grandilouquentes e impetuosos; no entanto, evitar, a todo custo, fazer o simples, ou seja, participar da existência do outro, levar o evangelho da cura da existência humana, reconciliá-la consigo mesmo, com o semelhante, com a vida e o Criador.
Negar seria uma estupidez, não nos falta simpósios, conferências, livros, sites e, malgrado tudo isso, não conseguimos ser discípulos, servos, testemunhas e companheiros do Deus ser humano Jesus Cristo.
Quiçá aqui detectamos o ponto nevrálgico e visceral de uma cristandade pejada de suas razões, suas convicções, suas argumentações, suas interpelações, suas premissas e pouco, pouquíssimo afeiçoada no tocante a abraçar, a sorrir, a permitir o escoar das lágrimas, a se pautar e estribar por uma adoração e prédica coesa da palavra, a primar por uma vida de oração e comunhão inter-relacional, a decidir por uma vida cristã comunitária e não de frequentadores esporádicos de cultos.
Enquanto houver a relutância por compreendermos e discernirmos a relevância de a felicidade preconizada por Jesus representa pessoas dispostas a serem invadidas, banhadas, fecundadas pela simplicidade desse reconciliar com o Criador, bisonhamente, colheremos um discurso evangelical de ideologias e nada mais.
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