Palavra do leitor
- 21 de fevereiro de 2008
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Brasil, o país da adoração ou da adulação?
É comum ouvirmos os "grandes líderes" ditos cristãos fazerem esta afirmação: "O Brasil é o país da adoração." Alguns gritam em alto e bom som esmurrando o ar, outros fazem dessa declaração um momento de muitas lágrimas expressando bastante emoção, outros ou outras, com os rostos bem maquiados (nada contra), decoram o momento com sorrisos e acrescentam: RoooW, Haleluiá, Brado de Vitória e tantos outros jargões, gemidos e urros que já conhecemos bem.
O fato é que de um tempo pra cá, uns 5 anos, comecei a me incomodar profundamente com essa de que "o Brasil é o país da adoração". Não que eu me oponha ao Brasil ser mesmo um país de adoração a Cristo, eu faria muito gosto se fosse, destaco: "se fosse" uma realidade. Mas a questão é que a nossa realidade não corresponde a essa fábula gospel, pelo menos em partes não corresponde. Explico o porquê apenas em partes: Falando de adoração, no sentido de amor profundo, veneração a qualquer coisa que seja. Nisso podemos dizer que nosso país é bem dotado. Olhando pra uma nação que deposita seu amor profundo, sua adoração em tantas coisas fúteis, e algumas destruidoras o cenário não é bonito, é triste e feio. Há uma postura desumana por parte da grande população, e a frieza dos órgãos governamentais atingi de forma cruel as classes menos favorecidas, o culto a carne domina e para a nação prostrando crianças, jovens, velhos e adultos em frente á velha paixão nacional: "a bunda"; a incredulidade vem aumentando; a prostituição infantil e a exploração sexual têm sido: "eficaz"; o tráfico de drogas gera a tão sangrenta guerra urbana que faz tanto vítimas como culpados perderem a esperança; o descaso com a educação é vergonhoso; a precariedade do sistema de saúde é um absurdo; a corrupção sem vergonha que vemos na política brasileira chega ser incompreensível de tão suja que é. Basta uma pesquisa simples pela net, revistas ou jornais e os inúmeros, reflexos do descaso brasileiro, nos é exposto.
Há um paradoxo, em 2000, o censo realizado pelo IBGE, apontou um número de Evangélicos de 26 milhões, 184 mil e 977 pessoas, representando 15,41% da população brasileira. No início de 2003, 30 milhões de brasileiros eram "evangélicos". A projeção para o ano de 2005 apontara para o número de 33 milhões de evangélicos representando um total de aproximadamente 18% da população.
Diante das tantas necessidades a serem supridas, da miséria tanto da alma como física/material dos nossos compatriotas, fica difícil acreditar que aqui seja "o país da adoração" a Cristo. Números significativos de "fiés", crescimento acelerado das "igrejas evangélicas" e miséria espiritual, física/material da população.
Não serei estúpida em dizer que poderíamos mudar tudo que nos cerca, isso de fato não podemos, mas podemos além de nos mantermos isentos da corrupção do mundo, estender as mãos ao pobre ou necessitado, compartilhar nossa fé em Cristo de modo que vidas sejam restauradas, transformadas, verdadeiramente alimentadas e a sede saciada com a água da vida que quem bebe nunca mais tem sede.
São poucos os homens e mulheres misericordiosos que se dispõem a compartilhar do pão e da água viva. Passam desapercebidos pelos olhos do povo que esta tão preocupado em seguir as palavras do "cara" que prega na TV, ou da guria que gravou um novo CD-DVD, que mal enxergam o verdadeiro trabalho do Reino de Deus que consiste em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Muita coisa poderíamos mudar se tivéssemos nossas prioridades focadas. Mas confundiram adoração a Cristo com música, cada dia surge mais um grupinho musical com as mesmas afirmações, as mesmas declarações, os "mais espertos" criam suas próprias fábulas, mas no geral falam todos a "mesma língua". E a multidão vibra, aplaude, chora, se descabela, se iludem e cegamente seguem as muitas palavras fictícias.
Somos o país da "adulação", onde se louva servilmente a homens que "se dizem" a voz de Deus na terra, que posam como verdadeiros ídolos santos, mas que se negam a falar a Verdade dando espaço pra seus sonhos e desejos do coração. Fazendo como dizia Marx, da "religião" o ópio do povo, que serve pra levar as pessoas a um entorpecimento, distrair os oprimidos da realidade de sua opressão.
Estão iludindo um povo que tem fome e sede dando-lhes pão e circo.
O Brasil não corresponde a essa famosa afirmação gospel. E o interessante é que não é preciso muito esforço pra enxergar isso. Basta sair do êxtase. "É, acho que isso exige certo 'esforço' sim: ficar sóbrio!"
Em João 4.23, Jesus diz que: "O Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade." Se Ele procura esta em falta, são poucos, é preciso achar. Então pergunto: O que significa essa multidão espalhada por ai se dizendo "verdadeiros adoradores"?
"Adoração não se percebe em falas mas em vivencias e vivencias não são faladas mas vividas."
O fato é que de um tempo pra cá, uns 5 anos, comecei a me incomodar profundamente com essa de que "o Brasil é o país da adoração". Não que eu me oponha ao Brasil ser mesmo um país de adoração a Cristo, eu faria muito gosto se fosse, destaco: "se fosse" uma realidade. Mas a questão é que a nossa realidade não corresponde a essa fábula gospel, pelo menos em partes não corresponde. Explico o porquê apenas em partes: Falando de adoração, no sentido de amor profundo, veneração a qualquer coisa que seja. Nisso podemos dizer que nosso país é bem dotado. Olhando pra uma nação que deposita seu amor profundo, sua adoração em tantas coisas fúteis, e algumas destruidoras o cenário não é bonito, é triste e feio. Há uma postura desumana por parte da grande população, e a frieza dos órgãos governamentais atingi de forma cruel as classes menos favorecidas, o culto a carne domina e para a nação prostrando crianças, jovens, velhos e adultos em frente á velha paixão nacional: "a bunda"; a incredulidade vem aumentando; a prostituição infantil e a exploração sexual têm sido: "eficaz"; o tráfico de drogas gera a tão sangrenta guerra urbana que faz tanto vítimas como culpados perderem a esperança; o descaso com a educação é vergonhoso; a precariedade do sistema de saúde é um absurdo; a corrupção sem vergonha que vemos na política brasileira chega ser incompreensível de tão suja que é. Basta uma pesquisa simples pela net, revistas ou jornais e os inúmeros, reflexos do descaso brasileiro, nos é exposto.
Há um paradoxo, em 2000, o censo realizado pelo IBGE, apontou um número de Evangélicos de 26 milhões, 184 mil e 977 pessoas, representando 15,41% da população brasileira. No início de 2003, 30 milhões de brasileiros eram "evangélicos". A projeção para o ano de 2005 apontara para o número de 33 milhões de evangélicos representando um total de aproximadamente 18% da população.
Diante das tantas necessidades a serem supridas, da miséria tanto da alma como física/material dos nossos compatriotas, fica difícil acreditar que aqui seja "o país da adoração" a Cristo. Números significativos de "fiés", crescimento acelerado das "igrejas evangélicas" e miséria espiritual, física/material da população.
Não serei estúpida em dizer que poderíamos mudar tudo que nos cerca, isso de fato não podemos, mas podemos além de nos mantermos isentos da corrupção do mundo, estender as mãos ao pobre ou necessitado, compartilhar nossa fé em Cristo de modo que vidas sejam restauradas, transformadas, verdadeiramente alimentadas e a sede saciada com a água da vida que quem bebe nunca mais tem sede.
São poucos os homens e mulheres misericordiosos que se dispõem a compartilhar do pão e da água viva. Passam desapercebidos pelos olhos do povo que esta tão preocupado em seguir as palavras do "cara" que prega na TV, ou da guria que gravou um novo CD-DVD, que mal enxergam o verdadeiro trabalho do Reino de Deus que consiste em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Muita coisa poderíamos mudar se tivéssemos nossas prioridades focadas. Mas confundiram adoração a Cristo com música, cada dia surge mais um grupinho musical com as mesmas afirmações, as mesmas declarações, os "mais espertos" criam suas próprias fábulas, mas no geral falam todos a "mesma língua". E a multidão vibra, aplaude, chora, se descabela, se iludem e cegamente seguem as muitas palavras fictícias.
Somos o país da "adulação", onde se louva servilmente a homens que "se dizem" a voz de Deus na terra, que posam como verdadeiros ídolos santos, mas que se negam a falar a Verdade dando espaço pra seus sonhos e desejos do coração. Fazendo como dizia Marx, da "religião" o ópio do povo, que serve pra levar as pessoas a um entorpecimento, distrair os oprimidos da realidade de sua opressão.
Estão iludindo um povo que tem fome e sede dando-lhes pão e circo.
O Brasil não corresponde a essa famosa afirmação gospel. E o interessante é que não é preciso muito esforço pra enxergar isso. Basta sair do êxtase. "É, acho que isso exige certo 'esforço' sim: ficar sóbrio!"
Em João 4.23, Jesus diz que: "O Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade." Se Ele procura esta em falta, são poucos, é preciso achar. Então pergunto: O que significa essa multidão espalhada por ai se dizendo "verdadeiros adoradores"?
"Adoração não se percebe em falas mas em vivencias e vivencias não são faladas mas vividas."
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