Palavra do leitor
- 27 de dezembro de 2022
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Billy Graham: a metralhadora de Deus
1918. A primeira guerra mundial termina em solos europeus, enquanto a gripe espanhola alcança boa parte do ocidente, matando entre 50 e 100 milhões de pessoas. Nesse mesmo ano, nasceu William Franklin Graham, filho de pais presbiterianos. Segundo as suas próprias palavras, na adolescência estava mais preocupado com raparigas e beisebol, até ouvir um sermão que o levou até Deus. Convertido aos dezesseis anos, formou-se em Teologia, aos 21 anos, pelo Instituto Bíblico Flórida, batizando-se numa igreja batista e ligando-se à Convenção Batista do Sul.
Graham sempre pregou nas ruas e em pequenas igrejas com regularidade. Durante um ano, serviu numa igreja e participou de um programa de rádio cristão, mas depois assumiu a vice-presidência da MPC (Mocidade para Cristo) e viajou pregando por todo o país, Canadá e Europa.
Mas foi em 1949, quando organizou uma cruzada de oito semanas em Los Angeles, que passou a ser reconhecido em todo o país. Após o evento, que incluiu a conversão de estrelas de Hollywood, Graham ficou surpreso com uma multidão de repórteres e fotógrafos. Na verdade, o poderoso magnata da mídia, William Randolph Hearst, havia dado ordem aos seus repórteres para que acompanhassem o reverendo. Não se sabe o motivo desse comando, e Graham nunca conheceu Hearst, mas o que se sabe é que o rosto de Graham rapidamente se tornou popular.
Em 1950, o evangelista, com 32 anos, criou a Associação Evangelista Billy Graham, que organizava eventos e publicava impressos em diversos lugares do globo, como Alemanha, Argentina, Austrália, França, Hong Kong, Inglaterra e México. Seu nome e sua fama só aumentavam, bem como seu público. Passou a ser reconhecido como "Metralhadora de Deus" em virtude de sua fala rápida e cortante.
Em 1955, o americano levou sua cruzada evangelista para a Escócia e, durante estada também em Londres, junto com sua esposa, foi convidado pela Rainha para uma cerimônia privada na capela do Castelo de Windsor e um almoço (episódio que foi registrado pela série televisiva "The Crown" em sua segunda temporada). No mesmo ano, foi convidado para liderar uma missão na Universidade de Cambridge com John Stott atuando como seu principal assistente. Esses dois jovens formaram uma amizade que durou a vida toda e que levaria ao lançamento do Movimento de Lausanne. Mais de 2.400 participantes de 150 nações se reuniram em Lausanne, na Suíça, para o encontro que seria descrito pela revista TIME como "um fórum formidável, possivelmente o mais diferente encontro de cristãos já realizado". A partir desse congresso, surgiu a declaração bíblica que Billy Graham esperava: "O Pacto de Lausanne", com John Stott como seu principal arquiteto. O Pacto provou ser um dos documentos mais significativos na história moderna da Igreja, formando o pensamento evangélico pelo restante do século.
O Movimento de Lausanne atua até hoje conectando influenciadores e ideias para a missão global, com a visão do Evangelho para cada pessoa, igrejas fazedoras de discípulos para cada povo e local, líderes como Cristo para cada igreja e setor, e o impacto do Reino em cada esfera da sociedade.
Em 1957, juntou dois milhões de pessoas durante 16 semanas numa cruzada em Nova Iorque. Seria difícil pensar em um nome entre os grandes protestantes da geração atual que conseguiria, sozinho, arregimentar um número tão grandioso de pessoas. Foi, a partir desse mesmo ano de 1957, que suas cruzadas televisivas começaram.
Graham nomeou esses eventos de cruzadas devido às forças cristãs medievais que conquistaram Jerusalém e teve apelo de massa, principalmente porque ele comunicava-se com uma linguagem simples.
O evangelista teve também participação interessante na história política americana, servindo como uma espécie de conselheiro dos presidentes, especialmente para Nixon, sendo apelidado de ‘Pai Espiritual da América’. Graham esteve em terras tupiniquins em duas ocasiões, ambas no Rio de Janeiro: em 1960, participou do X Congresso da Aliança Batista Mundial, que reuniu mais de 170 mil pessoas e, em 1974, realizou uma Cruzada no Maracanã, a qual durou quatro dias, reunindo mais de 600 mil pessoas.
A "Metralhadora de Deus" partiu em 2018, aos 99 anos deixando-nos um legado imensurável: "Minha casa está nos céus. Eu estou apenas viajando por este mundo. Estou contando total e completamente com o Senhor Jesus Cristo, e não com Billy Graham. Não vou para o céu porque li a Bíblia nem porque preguei para muitas pessoas. Vou para o céu por causa do que Cristo fez".
Graham sempre pregou nas ruas e em pequenas igrejas com regularidade. Durante um ano, serviu numa igreja e participou de um programa de rádio cristão, mas depois assumiu a vice-presidência da MPC (Mocidade para Cristo) e viajou pregando por todo o país, Canadá e Europa.
Mas foi em 1949, quando organizou uma cruzada de oito semanas em Los Angeles, que passou a ser reconhecido em todo o país. Após o evento, que incluiu a conversão de estrelas de Hollywood, Graham ficou surpreso com uma multidão de repórteres e fotógrafos. Na verdade, o poderoso magnata da mídia, William Randolph Hearst, havia dado ordem aos seus repórteres para que acompanhassem o reverendo. Não se sabe o motivo desse comando, e Graham nunca conheceu Hearst, mas o que se sabe é que o rosto de Graham rapidamente se tornou popular.
Em 1950, o evangelista, com 32 anos, criou a Associação Evangelista Billy Graham, que organizava eventos e publicava impressos em diversos lugares do globo, como Alemanha, Argentina, Austrália, França, Hong Kong, Inglaterra e México. Seu nome e sua fama só aumentavam, bem como seu público. Passou a ser reconhecido como "Metralhadora de Deus" em virtude de sua fala rápida e cortante.
Em 1955, o americano levou sua cruzada evangelista para a Escócia e, durante estada também em Londres, junto com sua esposa, foi convidado pela Rainha para uma cerimônia privada na capela do Castelo de Windsor e um almoço (episódio que foi registrado pela série televisiva "The Crown" em sua segunda temporada). No mesmo ano, foi convidado para liderar uma missão na Universidade de Cambridge com John Stott atuando como seu principal assistente. Esses dois jovens formaram uma amizade que durou a vida toda e que levaria ao lançamento do Movimento de Lausanne. Mais de 2.400 participantes de 150 nações se reuniram em Lausanne, na Suíça, para o encontro que seria descrito pela revista TIME como "um fórum formidável, possivelmente o mais diferente encontro de cristãos já realizado". A partir desse congresso, surgiu a declaração bíblica que Billy Graham esperava: "O Pacto de Lausanne", com John Stott como seu principal arquiteto. O Pacto provou ser um dos documentos mais significativos na história moderna da Igreja, formando o pensamento evangélico pelo restante do século.
O Movimento de Lausanne atua até hoje conectando influenciadores e ideias para a missão global, com a visão do Evangelho para cada pessoa, igrejas fazedoras de discípulos para cada povo e local, líderes como Cristo para cada igreja e setor, e o impacto do Reino em cada esfera da sociedade.
Em 1957, juntou dois milhões de pessoas durante 16 semanas numa cruzada em Nova Iorque. Seria difícil pensar em um nome entre os grandes protestantes da geração atual que conseguiria, sozinho, arregimentar um número tão grandioso de pessoas. Foi, a partir desse mesmo ano de 1957, que suas cruzadas televisivas começaram.
Graham nomeou esses eventos de cruzadas devido às forças cristãs medievais que conquistaram Jerusalém e teve apelo de massa, principalmente porque ele comunicava-se com uma linguagem simples.
O evangelista teve também participação interessante na história política americana, servindo como uma espécie de conselheiro dos presidentes, especialmente para Nixon, sendo apelidado de ‘Pai Espiritual da América’. Graham esteve em terras tupiniquins em duas ocasiões, ambas no Rio de Janeiro: em 1960, participou do X Congresso da Aliança Batista Mundial, que reuniu mais de 170 mil pessoas e, em 1974, realizou uma Cruzada no Maracanã, a qual durou quatro dias, reunindo mais de 600 mil pessoas.
A "Metralhadora de Deus" partiu em 2018, aos 99 anos deixando-nos um legado imensurável: "Minha casa está nos céus. Eu estou apenas viajando por este mundo. Estou contando total e completamente com o Senhor Jesus Cristo, e não com Billy Graham. Não vou para o céu porque li a Bíblia nem porque preguei para muitas pessoas. Vou para o céu por causa do que Cristo fez".
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